Damiao
Trape, da AIM, em Harare
Harare (Zimababwe), 21 Ago (AIM) - O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, é um dos diversos chefes de Estado e de Governo que vão testemunhar, esta quinta-feira, a investidura de Robert Mugabe, para mais um mandato de cinco anos no Zimbabwe, na sequência da sua vitória nas eleições havidas a 31 de Julho último naquele país.
Para o efeito, Guebuza é esperado na manhã de quinta-feira em Harare e, segundo fonte da Presidência moçambicana, far-se-á acompanhar pelo Ministro dos Ministros dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Oldemiro Baloi, da Defesa Nacional, Filipe Nyusi, entre outros quadros do seu gabinete.
A cerimónia de investidura terá lugar no Estádio Nacional dos Desportos (National Sport Stadium), em Harare, e espera-se, segundo a imprensa local, a participação de vários Chefes de Estado e de Governo de diferentes partes do mundo.
A investidura contará como outras personalidades e representantes de organizações regionais, continentais e internacionais, alguns dos quais já se encontram na capital zimbabweana.
Mugabe toma posse depois de o Tribunal Constitucional ter rejeitado o recurso interposto pelo líder do Movimento para a Mudança Democrática (MDC) e Primeiro-Ministro cessante no governo da unidade nacional, Morgan Tsavangirai, que alegava a ocorrência de fraude nas eleições.
Tsvangirai, derrotado pela terceira vez por Mugabe, apresentou um recurso aos tribunais para tentar invalidar o escrutínio de 31 de Julho, por considerar que as listas eleitorais, boletins de voto e a inscrição dos eleitores tinham sido manipuladas de forma a favorecer a vitória de Mugabe e do partido União Nacional Africana do Zimbabwe-Frente Patriótica (ZANU-PF).
O líder da oposição no Zimbabwe viria a retirar o seu recurso como que a prever um desfecho desfavorável, algo que aconteceu, pois Tribunal rejeitou as alegações, tendo validado os resultados e declarado, oficialmente, Mugabe Presidente da República para os próximos cinco anos.
Na sua deliberação, o Tribunal considerou as eleições “livres, justas e credíveis”, vincando que os resultados do sufrágio são um verdadeiro reflexo da vontade do povo de Zimbabwe.
Neste pleito, Mugabe venceu folgadamente com 61,09 por cento, deixando para trás o seu principal rival e Primeiro-Ministro cessante, Morgan Tsvangirai, que obteve 33,94 por cento, enquanto todos os outros concorrentes não foram para além de 4,97 por cento dos votos.
Por sua vez, o partido de Mugabe, a ZANU-FP assegurou a maioria qualificada ao conquistar 160 dos 210 assentos na Assembleia Nacional.
Para além da oposição, alguns países do ocidente, entre os quais os Estados Unidos e o Reino Unido, duvidam da credibilidade do processo eleitoral zimbabweano, tendo já anunciado a manutenção das sanções ao governo de Mugabe que mantém há anos.
DT/le
Harare (Zimababwe), 21 Ago (AIM) - O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, é um dos diversos chefes de Estado e de Governo que vão testemunhar, esta quinta-feira, a investidura de Robert Mugabe, para mais um mandato de cinco anos no Zimbabwe, na sequência da sua vitória nas eleições havidas a 31 de Julho último naquele país.
Para o efeito, Guebuza é esperado na manhã de quinta-feira em Harare e, segundo fonte da Presidência moçambicana, far-se-á acompanhar pelo Ministro dos Ministros dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Oldemiro Baloi, da Defesa Nacional, Filipe Nyusi, entre outros quadros do seu gabinete.
A cerimónia de investidura terá lugar no Estádio Nacional dos Desportos (National Sport Stadium), em Harare, e espera-se, segundo a imprensa local, a participação de vários Chefes de Estado e de Governo de diferentes partes do mundo.
A investidura contará como outras personalidades e representantes de organizações regionais, continentais e internacionais, alguns dos quais já se encontram na capital zimbabweana.
Mugabe toma posse depois de o Tribunal Constitucional ter rejeitado o recurso interposto pelo líder do Movimento para a Mudança Democrática (MDC) e Primeiro-Ministro cessante no governo da unidade nacional, Morgan Tsavangirai, que alegava a ocorrência de fraude nas eleições.
Tsvangirai, derrotado pela terceira vez por Mugabe, apresentou um recurso aos tribunais para tentar invalidar o escrutínio de 31 de Julho, por considerar que as listas eleitorais, boletins de voto e a inscrição dos eleitores tinham sido manipuladas de forma a favorecer a vitória de Mugabe e do partido União Nacional Africana do Zimbabwe-Frente Patriótica (ZANU-PF).
O líder da oposição no Zimbabwe viria a retirar o seu recurso como que a prever um desfecho desfavorável, algo que aconteceu, pois Tribunal rejeitou as alegações, tendo validado os resultados e declarado, oficialmente, Mugabe Presidente da República para os próximos cinco anos.
Na sua deliberação, o Tribunal considerou as eleições “livres, justas e credíveis”, vincando que os resultados do sufrágio são um verdadeiro reflexo da vontade do povo de Zimbabwe.
Neste pleito, Mugabe venceu folgadamente com 61,09 por cento, deixando para trás o seu principal rival e Primeiro-Ministro cessante, Morgan Tsvangirai, que obteve 33,94 por cento, enquanto todos os outros concorrentes não foram para além de 4,97 por cento dos votos.
Por sua vez, o partido de Mugabe, a ZANU-FP assegurou a maioria qualificada ao conquistar 160 dos 210 assentos na Assembleia Nacional.
Para além da oposição, alguns países do ocidente, entre os quais os Estados Unidos e o Reino Unido, duvidam da credibilidade do processo eleitoral zimbabweano, tendo já anunciado a manutenção das sanções ao governo de Mugabe que mantém há anos.
DT/le
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