A Inspecção-Geral
das Finanças (IGF) destruiu papéis de trabalho dos inspectores sobre contratos
swap de seis empresas públicas, essenciais para avaliar o controlo dos produtos
tóxicos. Os únicos documentos que restaram, relata a edição desta quinta-feira do
jornal Público, reportam apenas à CP e à Carris.
Uma auditoria
interna levada a cabo na Inspecção-Geral das Finanças (IGF), por sinal,
solicitada pela ministra Maria Luís Albuquerque, revelou que parte da
documentação produzida em 2008 sobre os swap em empresas públicas foi,
entretanto, destruída, avança o jornal Público.
Em causa estão oito
dossiês cujo papel seria essencial para aferir o controlo que foi feito por
aquele organismo no que à celebração de contratos tóxicos por parte de empresas
do Estado diz respeito.
Segundo o jornal
Público, no pedido feito a 31 de Maio, pela então secretária de Estado do
Tesouro, para que a auditoria fosse realizada, manifestava-se a necessidade “de
consultar papéis de trabalho” dos inspectores sobre os produtos financeiros de
alto risco. Mas dos documentos relativos às oito empresas, seis desapareceram,
alegadamente em virtude de normas internas, restando apenas aqueles que se
referem à CP e à Carris.
“Os processos de
controlo no âmbito do Sector Empresarial do Estado mantêm-se na fase activa
durante três anos”, explica a subinspectora-geral das Finanças, num e-mail a
que o Público teve acesso, sendo que são depois fornecidas instruções sobre
quais podem ser destruídos.
Ora, essa tarefa
está a cargo do director operacional, Heitor Agrochão, que confirmou ao Público
“que foram dadas instruções para que [os papéis] fossem destruídos”, adiantando
ainda que “desconhece os motivos pelos quais os dossiês da Carris e da CP foram
poupados.
Notícias Ao Minuto
PORTUGAL ESTÁ NA
POSSE DE SÚCIAS DE MALFEITORES – opinião PG
O título que dá
corpo à nossa breve opinião assenta que nem uma luva na realidade portuguesa. De
Belém a São Bento, passando pelos partidos políticos do “arco da governação”, as
súcias de malfeitores instalaram-se com plenos poderes para agirem de acordo
com as suas conveniências e interesses delapidando bens materiais em seu benefício,
delapidando a justiça, a democracia e tudo aquilo que possa constituir uma
sociedade equilibrada, saudável e justa.
Não é a primeira
vez - nem será decerto a última - que “desaparecem” documentos que interessam no
esclarecimento de suspeições. “Desapareceram” convenientemente, tudo indica,
documentos relacionados com o “Caso dos Submarinos” e Paulo Portas. Esse é um
exemplo mas outros existem. Agora “desapareceram" os documentos relacionados com
os Swaps… Muito mais há. Tanto, que seria trabalhoso e fastidioso pesquisar e
aqui fazer constar. A lástima a que Portugal chegou é inadmissivel e insuportável. Aquilo que vimos é um povo que elege continuamente as súcias de malfeitores
para ocupar os maiores cargos de relevo, de decisão e poderes.
De Belém a São
Bento, passando pelos partidos do “arco dos poderes”, por banqueiros e por
outras mafias em conluio ou digladiando-se em surdina, os seus desempenhos estão
à vista: Portugal apodrece perante a passividade de um povo adormecido,
anestesiado, acarneirado… ou imensamente estúpido. Escolham.
O que fazer?
(Redação PG – AV)
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