quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Portugal: Finanças destroem documentos 'chave' sobre swaps no Estado – com opinião PG

 


A Inspecção-Geral das Finanças (IGF) destruiu papéis de trabalho dos inspectores sobre contratos swap de seis empresas públicas, essenciais para avaliar o controlo dos produtos tóxicos. Os únicos documentos que restaram, relata a edição desta quinta-feira do jornal Público, reportam apenas à CP e à Carris.
 
Uma auditoria interna levada a cabo na Inspecção-Geral das Finanças (IGF), por sinal, solicitada pela ministra Maria Luís Albuquerque, revelou que parte da documentação produzida em 2008 sobre os swap em empresas públicas foi, entretanto, destruída, avança o jornal Público.
 
Em causa estão oito dossiês cujo papel seria essencial para aferir o controlo que foi feito por aquele organismo no que à celebração de contratos tóxicos por parte de empresas do Estado diz respeito.
 
Segundo o jornal Público, no pedido feito a 31 de Maio, pela então secretária de Estado do Tesouro, para que a auditoria fosse realizada, manifestava-se a necessidade “de consultar papéis de trabalho” dos inspectores sobre os produtos financeiros de alto risco. Mas dos documentos relativos às oito empresas, seis desapareceram, alegadamente em virtude de normas internas, restando apenas aqueles que se referem à CP e à Carris.
 
“Os processos de controlo no âmbito do Sector Empresarial do Estado mantêm-se na fase activa durante três anos”, explica a subinspectora-geral das Finanças, num e-mail a que o Público teve acesso, sendo que são depois fornecidas instruções sobre quais podem ser destruídos.
 
Ora, essa tarefa está a cargo do director operacional, Heitor Agrochão, que confirmou ao Público “que foram dadas instruções para que [os papéis] fossem destruídos”, adiantando ainda que “desconhece os motivos pelos quais os dossiês da Carris e da CP foram poupados.
 
Notícias Ao Minuto
 
PORTUGAL ESTÁ NA POSSE DE SÚCIAS DE MALFEITORES – opinião PG
 
O título que dá corpo à nossa breve opinião assenta que nem uma luva na realidade portuguesa. De Belém a São Bento, passando pelos partidos políticos do “arco da governação”, as súcias de malfeitores instalaram-se com plenos poderes para agirem de acordo com as suas conveniências e interesses delapidando bens materiais em seu benefício, delapidando a justiça, a democracia e tudo aquilo que possa constituir uma sociedade equilibrada, saudável e justa.
 
Não é a primeira vez - nem será decerto a última - que “desaparecem” documentos que interessam no esclarecimento de suspeições. “Desapareceram” convenientemente, tudo indica, documentos relacionados com o “Caso dos Submarinos” e Paulo Portas. Esse é um exemplo mas outros existem. Agora “desapareceram" os documentos relacionados com os Swaps… Muito mais há. Tanto, que seria trabalhoso e fastidioso pesquisar e aqui fazer constar. A lástima a que Portugal chegou é inadmissivel e insuportável. Aquilo que vimos é um povo que elege continuamente as súcias de malfeitores para ocupar os maiores cargos de relevo, de decisão e poderes.
 
De Belém a São Bento, passando pelos partidos do “arco dos poderes”, por banqueiros e por outras mafias em conluio ou digladiando-se em surdina, os seus desempenhos estão à vista: Portugal apodrece perante a passividade de um povo adormecido, anestesiado, acarneirado… ou imensamente estúpido. Escolham.
 
O que fazer?
 
(Redação PG – AV)
 

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