Timor-Leste
"necessita de uma agência de notícias independente" e "a melhor
parceira é a Lusa", afirmou hoje o ex-Presidente timorense José
Ramos-Horta, durante uma visita à sede da agência nacional, em Lisboa.
A futura agência de
notícias timorense, que Ramos-Horta espera venha a ser criada
"rapidamente", deve ser "financiada pelo Estado" e
"altamente dinâmica e criativa".
Para o
"processo complexo" de criar uma agência de notícias, Timor-Leste
deve estabelecer "uma parceria contratual com a Lusa", defendeu o
Prémio Nobel da Paz à saída de um encontro com o presidente do Conselho de
Administração da agência portuguesa, Afonso Camões.
Realçando que, dado
que exerce agora funções ao serviço das Nações Unidas na Guiné-Bissau não está
a acompanhar o processo de criação dessa agência, em curso há já algum tempo,
Ramos-Horta não deixou de dizer que espera que, "qualquer dia,
rapidamente, (...) o Estado timorense e a Lusa estabeleçam um acordo de
parceria".
O ex-chefe de
Estado disse ainda que "o lado timorense tem que dar passos em frente,
urgentes", para que tal aconteça.
A urgência
prende-se, entre outros fatores, com a presidência da Comunidade dos Países de
Língua Portuguesa (CPLP), que Timor-Leste vai assumir a partir do segundo
semestre de 2014 e pelo período de dois anos.
Nessa altura, o
país vai precisar "de uma boa máquina de informação", sendo
"indispensável" que essa máquina comece a trabalhar "pelo menos
seis meses antes", sustentou Ramos-Horta.
Em sua opinião,
"numa primeira fase", os "jornalistas e técnicos da Lusa fariam
funcionar essa agência" timorense, assegurando igualmente a formação de
todos os profissionais que uma agência de notícias exige, "ao longo de um
programa de três a cinco anos".
À chegada à
agência, Ramos-Horta deteve-se, na entrada, a observar as fotografias premiadas
de Manuel Almeida, registadas em Timor, em maio de 2006.
Visitar a Lusa
"é quase fazer uma peregrinação a Fátima", disse Ramos-Horta,
recordando que a agência portuguesa "foi sempre o grande veículo de
divulgação do sofrimento do povo de Timor-Leste", durante os anos da
ocupação indonésia, quando "os grandes media internacionais não queriam
saber, eram indiferentes ou (...) veiculavam informações" do regime de
Jacarta.
"Eu não
esqueço e os timorenses não esquecem", ressalvou, sublinhando que a Lusa
continua a ser "a única grande agência internacional que está
baseada" em Timor-Leste.
Lusa
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