Balneário Público
“Críticos
preparam revolta se Seguro não conseguir mais câmaras”. É título no jornal
i, texto assinado por Luís Claro. E diz: “Seguro não quis misturar autárquicas
com legislativas, mas PS pode voltar às guerras internas se PSD conseguir ter
mais câmaras”. Guerras se não ganhar mais câmaras e assim punem Seguro. Por
isso. O que eles querem é mais câmaras, mais tachos, mais oportunidades de
dominar, de controlar, de “negociar”. Não ameaçam de entrarem em guerra por
haver ausência e muita falta de socialistas no PS. É interessante, um
autodenominado Partido Socialista sem socialistas (ou quase). Os que ainda por
lá constam nas fichas de militância estão velhos e alguns até já são defuntos.
O Partido Socialistas encafuou há muito o socialismo na gaveta e nem se
apercebe disso? Façam guerra, sim, por terem eleito um basbaque jotinha que de
socialista só tem alguma conversa, de resto… Socialista o tanas. Façam guerra,
sim, por haver falta de fidelidade aos propósitos e intenções, aos estatutos
elaborados na fundação do partido. Que já há muito subverteram para
socializarem-se e conluirem-se com o grande capital, com a exploração
desregrada dos que trabalham, com a falta de respeito pelos mais antigos (os
velhos), com o desprezo a que os têm votado - apesar de terem sido eles e os
anteriores que repuseram a liberdade e a democracia em Portugal, vos pagaram
estudos, que agradados e esperançados vos deram as mãos e aceitaram-vos como a
esperança do futuro de Portugal. Um futuro progressista, justo, democrático,
transparente, ausente de corrupção, de cambalachos, de negociatas… Seguramente
que não é Seguro o socialista, o capaz. Mas também não se vislumbra no Partido
Socialista um socialista que possa vir a ser eleito para secretário-geral. Não
existe! O melhor que os do atual PS poderiam fazer, respeitando os fundadores e
os estatutos, a Declaração de Príncipios, seria aderirem ao PSD do Passos e do
Cavaco, o tal que colaborou com a PIDE, que se refere ao Dia da Raça, o tal
fascistoide que ocupa Belém para mal de Portugal. Mas que o PS deixa à solta na
sementeira do saudosismo salazarista. Ou… Existem várias soluções para que tudo
acabe em bem, direiteinho, certinho, limpinho. A mais evidente: O PS tem por
dever procurar socialistas para a sua direção, para seus militantes. Melhor
será usar apelos na comunicação social (publicidade paga porque de borla já
andam a viver há demasiados anos). Um anúncio simples: “Socialistas,
precisam-se. Resposta ao Largo do Rato”.
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