Balneário Público
Os inimigos deste
governo Passos-Portas não se cansam de inventar motivos para exigir a demissão
da ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, já conhecida por bastantes
como a Maria Swaps. A razão do nikname advém das grandes confusões acerca dos
swaps que eram e são tão tóxicos e nocivos à natureza que a camada de ozono –
já tão debilitada – se recentiu com alarme. Alegam que a senhora ministra
mentiu à comissão, ao parlamento, aos portugueses… Vai daí os inimigos exigem a
demissão de tão valorosa ministra. Exigem irreversivelmente que a senhora se vá
e não volte, como o ex-ministro Gaspar – que se demitiu alegando que o governo
Passos era uma esterqueira. Não usou aquela palavra mas deu para entender o
sentido da carta de demissão de Gaspar distribuida aos portugueses. Para já, a
oposição (inimiga) esqueçe que o sentido da palavra irreversível tem por
significado objeto diferente de antes do ex-ministro dos Negócios Estrangeiros,
Paulo Portas, também ter escrito a Passos a demitir-se irreversívelmente.
Irreversível, atualmente, significa, ficar no governo mas ser promovido a
escalão superior. Pois então não se admirem que a atual ministra Swaps
Albuquerque se demita irreversivelmente das Finanças e passe a vice-PM mantendo
a pasta das Finanças e mais umas quantas pastas em regime de troika. Na prática
passariam a existir oficialmente e de facto três primeiros-ministros. E depois?
Qual seria o mal? O Bloco de Esquerda não tem uma liderança bicéfala? Tem. É a
Catarina e o João – trato-os assim tão familiarmente, mas sem abuso, porque
andei com ambos na modista a apanhar agulhas, linhas e alfinetes. Voltando à
Luís Swaps. Essa, a Maria Luís Albuqerque. Ora a ministra até nem mentiu,
simplesmente faltou à verdade. Que mal tem isso? Não exijam que a senhora se
demita porque depois lá temos que aturar três primeiros-ministros. Sabem muito
bem que o presidente Cavaco Silva assina de cruz tudo que Passos e Portas lhe
levam. Se não é tudo é quase tudo. Não digam que não avisei – como costuma
dizer Cavaco Silva. Verdadinha é que perante este desaforo em pedir a demissão
da ministra e acusá-la de ter mentido até já é manchete jornalistica que
“Inquérito/’Swap’: PSD admite agir contra quem mentiu sobre papel da ministra
das Finanças”. Muito bem. Ou seja: Quem anda por aí a difamar a senhora
ministra está tramado(a), ou no plural se forem mais que um inventor de toda
esta confusão para baralhar português. Cá para mim isto já é perseguição demais
ao governo, aos ministros do governo, aos partidos da maioria para lamentar.
Corrijindo: parlamentar. Deixem trabalhar o governo. Deixem trabalhar o
Presidente da República. Convém. Já viram que se os despedissem iam provocar o
aumento dos índices de desemprego? E depois? E depois? Calem-se! Pouco barulho!
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