Maputo, 22 out
(Lusa) - A Renamo, principal partido da oposição moçambicana, exige o fim da
"perseguição militar" ao seu líder, Afonso Dhlakama, para o
relançamento de negociações com o governo de Maputo, disse hoje um dos
mediadores das negociações entre os dois lados.
Em declarações à
imprensa, no final de um encontro com alguns dirigentes da Resistência Nacional
Moçambicana (Renamo) em Maputo, Lourenço do Rosário, que tem atuado como
"intermediário" no processo negocial entre o principal partido da
oposição e o governo, disse à imprensa que Afonso Dhlakama exige o fim da
perseguição militar de que está alegadamente a ser alvo, para o reatamento das
negociações com o governo.
"Durante estas
duas horas em que estivemos reunidos com a delegação da Renamo, pediram-nos
para transmitir ao Presidente (de Moçambique) a vontade de dialogar, mas há
questões que se modificaram. Gostariam de ver do lado do governo alguns sinais
de desanuviamento para permitir que o presidente da Renamo possa reaparecer,
porque neste momento, para todos os efeitos, está a ser militarmente
perseguido", afirmou Lourenço do Rosário, que é igualmente reitor da
Universidade A Politécnica.
Lusa
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