segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Avião da LAM: Número de portugueses mortos em queda de avião sobe para sete

 


O número de portugueses mortos na sexta-feira num acidente de avião das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) aumentou para sete, já que dois tinham dupla nacionalidade, afirmou hoje à Lusa o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas.
 
"Temos cinco cidadãos nacionais e dois com dupla nacionalidade até ao momento e, quanto às diligências, neste momento está a ser feita a identificação dos corpos", adiantou José Cesário, salientando que as famílias já foram contactadas.
 
José Cesário disse também que as famílias "já têm quem as represente" no contacto com as autoridades.
 
"Vamos aguardar que os corpos sejam disponibilizados para poder ser feita a trasladação para o local que as famílias escolherem", indicou ainda, acrescentando que a secretaria de Estado está a acompanhar a situação e a dar apoio às famílias.
 
O secretário de Estado disse ainda ser impossível dizer quanto tempo vai demorar a identificação de todos os corpos.
 
As Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) indicaram domingo em Maputo que ainda não foi definida a data do início da entrega aos familiares dos corpos das 33 vítimas da queda de uma aeronave da companhia no norte da Namíbia.
 
O Embraer 190, de fabrico brasileiro, fazia a ligação Maputo-Luanda, quando se despenhou na sexta-feira, numa floresta da zona fronteiriça entre a Namíbia e o Botsuana, matando 33 pessoas.
 
O aparelho foi encontrado no sábado, no Parque Nacional de Bwabwata.
 
Segundo as autoridades namibianas, os corpos das 33 vítimas do desastre já foram transferidos para a capital, Windoek, estando em curso o trabalho de identificação.
 
Em comunicado, a LAM acrescenta que as suas equipas de assistência às famílias em Maputo e Luanda continuam a fornecer toda a informação actualizada sobre o estado da operação de recuperação.
 
Lusa
 
Namíbia acusa Botsuana de atraso na identificação do local do despenhamento
 
As autoridades de tráfego aéreo da Namíbia responsabilizam o Botsuana pela demora na localização do local onde o avião das LAM se despenhou na sexta-feira, alegando que aquele país não comunicou o desaparecimento da aeronave dos seus radares.
 
O controlador-chefe de Tráfego Aéreo do Ministério de Obras e Direção da Aviação Civil da Namíbia, Victor Likando, disse, no domingo, que o Botsuana nunca comunicou o desaparecimento do voo TM-470 das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), entre Maputo e Luanda, e que foram as autoridades da Namíbia que contactaram os departamentos congéneres em Gaborone e em Luanda (respetivamente, capitais do Botsuana e de Angola) para saber do avião.
 
"O Botsuana nunca nos disse. Eles deviam-nos ter avisado, mas nunca o fizeram", disse Likando, citado pelo diário The Namibian, que adianta que o responsável acrescentou que, no momento do desaparecimento dos radares, a aeronave se encontrava dentro do espaço aéreo do Botsuana.
 
Na sexta-feira, um avião das LAM que fazia a ligação Maputo-Luanda despenhou-se no Parque Nacional de Bwabwata (PNB), limitado a norte por Angola e a sul pelo Botsuana, tendo os 33 ocupantes do avião morrido.
 
Entre as vítimas, há sete cidadãos de origem portuguesa, de acordo com o Governo português.
 
As equipas de socorro chegaram ao local dos destroços 21 horas depois do acidente, que se presume ter ocorrido por volta das 13:00 [11:00 de Lisboa].
 
Likando disse ainda que a tripulação do avião não tinha necessidade de contactar as autoridades da Namíbia, porque, naquele percurso, a aeronave demora cerca de três minutos a atravessar o país [região onde o avião se despenhou].
 
Os aeroportos de Katima Mulilo e Rundu nunca receberam alertas de emergência, sublinhou o responsável, acrescentado que o avião voava à altitude de 36.000 pés (10.973 metros) antes de desaparecer dos radares e que demorou cerca de 12 minutos a embater no solo.
 
Entretanto, um dos responsáveis pela operação de socorro, Ben Shikongo, confirmou que, até ao momento, as autoridades namibianas só localizaram 31 dos 33 corpos dos ocupantes do voo.
 
"Só descobrimos 31 corpos e não sabemos onde estão os outros [dois]. Pode ser que tenham caído [numa outra zona] enquanto o avião estava a descer. Teremos uma imagem clara com os testes de DNA", disse Shikongo.
 
A Namíbia vai liderar a unidade de investigação do acidente com o voo TM-470 das LAM, que terá ainda investigadores de Moçambique e Angola (respetivamente, países de origem e destino do voo), do Brasil (país onde a aeronave Embraer 190 foi produzida) e Estados Unidos da América (país onde foram fabricados os motores da avião).
 
Lusa
 

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