13 de Fevereiro de
2014, 11:20
A ministra das
Finanças cabo-verdiana considerou "um acto de bruxaria" a previsão da
Economist Intelligence Unit (EIU) que, num relatório, considerou ser possível
que o Governo de Cabo Verde só avance com algumas reformas depois das eleições
de 2016.
"Isso é o que
eu chamo de um acto de bruxaria. Não comento actos de bruxaria. Se o EIU acha
que não vamos fazer as reformas está a adivinhar, é um acto de bruxaria e,
então, a responsabilidade é da EIU", afirmou Cristina Duarte, indicando
que, até às três eleições de 2016 - presidenciais, legislativas e autárquicas
-, o Governo tem previsto avançar com uma série de reformas importantes.
Segunda-feira, a agência internacional de análise económica referiu que o Governo está a preparar-se para avançar com as reformas destinadas a conter as despesas do Estado, melhorar a competitividade e aumentar a sua atractividade para os investidores estrangeiros.
No entanto, no relatório, a EIU indica que as reformar estão a contar com "dura resistência" dos sindicatos, lembrando a manifestação de protesto a nível nacional de 20 de Janeiro, bem como a greve geral prevista para fins de Abril.
Nesse sentido, a EIU conclui que, devido ao aproximar das eleições, e para não defraudar os eleitores, o Governo pode não avançar com algumas das políticas mais impopulares.
Entre elas figuram o novo Código Laboral e as privatizações das três empresas públicas que estão a pôr em causa a sustentabilidade do défice, previsto para se situar em 2014 em torno dos 98% do Produto Interno Bruto (PIB), facto que tem levado à contestação dos sindicatos, que temem o aumento do desemprego.
Hoje, citada pela RTP África, Cristina Duarte defendeu que o Governo tem em curso uma série de reformas e garantiu que todas elas estão a avançar.
"Continuamos com a mesma vontade política em levar avante as reformas nos sectores portuário, aeroportuário e das tecnologias da informação e comunicação (TIC). O Parque Tecnológico vai arrancar e vai alavancar o desenvolvimento do respectivo cluster", afirmou.
No sector energético, Cristina Duarte argumentou que o Ministério do Turismo, Indústria e Energia já está a fazer as reformas necessárias para que a Electra (empresa pública de produção e distribuição de água e energia) comece com a área das energias renováveis e afirme Cabo Verde como "uma referência" na região oeste-africana.
No domínio portuário, acrescentou, o Ministério das Infra-estruturas e Economia Marítima já reviu a Lei de Concessão de Portos e deu início às negociações com um grupo económico, que não nomeou, para a privatização das operações portuárias.
Cristina Duarte sustentou que, a nível fiscal, o Governo já aprovou os novos códigos Geral Tributário, de Processo Tributário e de Execução tributária e que, em 2013, foi também aprovado o novo Código de Benefícios Fiscais e realinhado o IVA (único de 15%).
"Estamos a fazer uma profunda reforma da administração tributária. Lançamos o projecto e conseguimos financiamento do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e do ICM (Investment Climate Facility). Como disse, só pode ser um ato de bruxaria da EIU", concluiu.~
Lusa, em Sapo CV
Segunda-feira, a agência internacional de análise económica referiu que o Governo está a preparar-se para avançar com as reformas destinadas a conter as despesas do Estado, melhorar a competitividade e aumentar a sua atractividade para os investidores estrangeiros.
No entanto, no relatório, a EIU indica que as reformar estão a contar com "dura resistência" dos sindicatos, lembrando a manifestação de protesto a nível nacional de 20 de Janeiro, bem como a greve geral prevista para fins de Abril.
Nesse sentido, a EIU conclui que, devido ao aproximar das eleições, e para não defraudar os eleitores, o Governo pode não avançar com algumas das políticas mais impopulares.
Entre elas figuram o novo Código Laboral e as privatizações das três empresas públicas que estão a pôr em causa a sustentabilidade do défice, previsto para se situar em 2014 em torno dos 98% do Produto Interno Bruto (PIB), facto que tem levado à contestação dos sindicatos, que temem o aumento do desemprego.
Hoje, citada pela RTP África, Cristina Duarte defendeu que o Governo tem em curso uma série de reformas e garantiu que todas elas estão a avançar.
"Continuamos com a mesma vontade política em levar avante as reformas nos sectores portuário, aeroportuário e das tecnologias da informação e comunicação (TIC). O Parque Tecnológico vai arrancar e vai alavancar o desenvolvimento do respectivo cluster", afirmou.
No sector energético, Cristina Duarte argumentou que o Ministério do Turismo, Indústria e Energia já está a fazer as reformas necessárias para que a Electra (empresa pública de produção e distribuição de água e energia) comece com a área das energias renováveis e afirme Cabo Verde como "uma referência" na região oeste-africana.
No domínio portuário, acrescentou, o Ministério das Infra-estruturas e Economia Marítima já reviu a Lei de Concessão de Portos e deu início às negociações com um grupo económico, que não nomeou, para a privatização das operações portuárias.
Cristina Duarte sustentou que, a nível fiscal, o Governo já aprovou os novos códigos Geral Tributário, de Processo Tributário e de Execução tributária e que, em 2013, foi também aprovado o novo Código de Benefícios Fiscais e realinhado o IVA (único de 15%).
"Estamos a fazer uma profunda reforma da administração tributária. Lançamos o projecto e conseguimos financiamento do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e do ICM (Investment Climate Facility). Como disse, só pode ser um ato de bruxaria da EIU", concluiu.~
Lusa, em Sapo CV
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