A União Africana
(UA) quer que as autoridades da Guiné-Bissau e os partidos políticos
"façam tudo" para que as eleições gerais possam ter lugar no dia 16
de março, declarou hoje Ovídio Pequeno, representante da organização em Bissau.
O diplomata
são-tomense falava aos jornalistas no final de uma reunião com embaixadores e
representantes de organizações internacionais sediadas na capital, aos quais
deu conta da posição da UA relativamente à Guiné-Bissau tomada na cimeira da
organização realizada na última semana.
No encontro de
hoje, estiveram presentes, entre outros, o encarregado de negócios de Portugal
e o representante do secretário-geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau, José
Ramos-Horta.
A questão das
eleições, sobretudo o andamento do processo de recenseamento eleitoral, dominou
a reunião, tendo Ovídio Pequeno salientado aos presentes que a UA recomenda às
autoridades guineenses e partidos políticos que "façam tudo" para que
a data de 16 de março não seja alterada.
O responsável da UA
afirmou que, tanto o próprio como os presentes no encontro, compreenderam que
os prazos previstos na lei eleitoral têm que ser alterados para permitir que
seja recenseado "o maior número possível" de eleitores.
"É preciso
alterar os prazos de entrega das candidaturas no Supremo Tribunal de Justiça,
de fixação dos cadernos eleitorais, de inalterabilidade dos cadernos, das
reclamações, mas nunca mexer com a data de 16 de março", observou.
Ovídio Pequeno
destacou, no entanto, que pelas informações de que dispõe, já estão registados
mais de 700 mil eleitores, número que considera aceitável para realizar
eleições.
O diplomata
africano lembrou que nenhum país consegue recensear cem por cento de potenciais
eleitores, aludindo-se ao facto de as autoridades guineenses terem previsto
registar 810 mil.
O representante da
UA enfatizou que, da parte dos parceiros internacionais da Guiné-Bissau,
"o empenho é total" no sentido de as eleições terem lugar na data
marcada pelo Presidente de transição, Serifo Nhamadjo.
Ovídio Pequeno não
aceita que se diga que os parceiros não disponibilizaram o dinheiro para as
eleições.
"Uma coisa são
os procedimentos dos financiadores para o desbloqueamento das verbas, outra coisa
é dizer que não há dinheiro, o que não é o caso", notou o representante da
UA.
Lusa, em RTP
1 comentário:
A UNIAO AFRICANA DEVERIA EM PRIMEIRO LUGAR ACABAR COM OS GOLPES MILITARES NAO SO GUINE MAS SIM EM AFRICA INTEIRA. NA GUINE SEI BEM QUE PRECISAMOS DESSA ORGANIZACAO PORQUE AINDA SOMOS CRIANCAS E UMA CRIANCA QUE NAO SABE ANDAR TEM QUE SE AGARRAR NUM ADULTO PARA SE LEVANTAR.A CEDEAO E RESPONSAVEL DE TUDO O QUE SE PASSA NESTE MOMENTO EM AFRICA.CENTRO AFRICA,SUDAO,GUINE BISSAU,CONGO,MOCAMBIQUE ETC ETC.EQUANTO ESSA ORGANIZACAO CONTINUA A DAR APOI AOS GOLPISTAS EM AFRICA PENSO QUE NUNCA ACABAREMOS COM GOLPES MILITARES.A GUINE E O PIOR PAIS DO CONTINENTE PORQUE ERA DE SEIS EM SEIS MESES PORQUE TEMOS MILITARES QUE SAO OS MAIS VALENTES DO MUNDO.TRISTE GUINE. O CAMINHO AINDA E MUITO LONGE§!... ABRACO E CORAGEM A TODOS.
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