Fernando Teixeira
dos Santos defende que Portugal deve optar por um programa cautelar e que só
questões eleitorais podem justificar que não o faça, considerando ainda que a
alternativa da chamada saída 'limpa' é uma ilusão.
O antigo ministro
das Finanças lembra, em entrevista à agência Lusa, que a conjuntura
internacional levanta muitas incertezas, tal como a sustentabilidade da
economia portuguesa e que, apesar de Portugal já ter dado os primeiros passos
de regresso aos mercados, a grande questão é saber se o país pode, de uma forma
sustentável, assegurar os elevados níveis de financiamento que vai precisar.
“Essa é a grande
questão que se coloca e quando o país, e particularmente o Governo, tomar a
decisão se - sim ou não - vamos ter um programa cautelar, isso tem de ser
avaliado”, lembra, adiantando que ainda se vive "numa situação onde há um
conjunto de riscos que pairam sobre a economia portuguesa e mesmo sobre as
Finanças Públicas que aconselham a alguma cautela”.
Assim, “o país
ficará melhor protegido se tiver uma rede de segurança. Até porque a existência
dessa rede de segurança será ela própria um fator que reforçará a confiança que
pretendemos dos mercados”, defende Teixeira dos Santos defende.
Lusa
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