Havana, 11 abr
(Prensa Latina) Cuba tem sido historicamente um laboratório para a aplicação de
métodos de guerra não convencionais estadunidenses, denunciam hoje meios
nacionais a propósito da repercussão do recém desmascarado programa ZunZuneo.
Tentativas de
magnicídio, introdução de doenças, apoio a grupos armados
contrarrevolucionários, invasão e aplicação de um bloqueio econômico,
financeiro e comercial por mais de 50 anos documentam o histórico de agressões
de Washington a Havana.
Soma-se à lista o caso do ZunZuneo, concebido pela Agência Estadunidense para o
Desenvolvimento Internacional (Usaid) como um serviço de mensagens digitais
para telefones celulares em Cuba, com a finalidade de incentivar a
desestabilização no país mediante uma plataforma similar à do Twitter.
De acordo com o jornal Granma, chama a atenção a similaridade entre dados do
programa revelados pela agência Associated Press e os documentos reitores da
Guerra não Convencional das Forças Armadas dos Estados Unidos, como a Circular
de Treinamento (TC) 18-01.
Esta explica que a primeira fase de qualquer guerra não convencional é a
preparação psicológica para unir a população contra o governo no poder e
prepará-la para aceitar o apoio dos Estados Unidos, menciona.
Depois da descoberta da profundidade do ZunZuneo, muitos perguntam-se o que
fazia a Usaid -organização que se autoproclama promotora da ajuda humanitária-
distribuindo programas ao estilo dos desenvolvidos pela Agência Central de
Inteligência (CIA).
O ZunZuneo é parte de uma longa lista que inclui projetos na Sérvia, Irã,
Egito, Ucrânia e Venezuela, dirigidos à ingerência na política dos países.
No entanto, o debate nos Estados Unidos devido ao caso concentra-se mais em
como foi aplicada a plataforma de telecomunicações e na difusão das mensagens
políticas, e não na ingerência nos assuntos internos cubanos.
Mas, em sentido contrário aos interesses do governo estadunidense, uma pesquisa
realizada na nação do norte mostra que 56 por cento dos cidadãos desse país
desejam a normalização das relações entre Cuba e Estados Unidos.
Prensa Latina - Tgp/es
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