Afropress, da redação
S.
Paulo – A chefe da Coordenação das Políticas para as Populações Negra e
Indígena da Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania, professora Elisa Lucas
Rodrigues, juntamente com os promotores Christiano Jorge Santos e Eduardo
Santos, reuniram-se nesta quinta-feira (23/10), com o secretário adjunto da
Secretaria de Segurança Pública, Antonio Carlos da Ponte (foto na capa), para
pedir uma atenção especial do Estado nos casos de crimes de racismo e
intolerância, praticados por meio da Internet.
A
reunião foi motivada pelos mais recentes ataques racistas à Afropress e
teve também a participação da advogada Juliana Ogawa, da Comissão de Combate à
Intolerância da OAB/SP, de João Paulo Schwandner, da assessoria técnica do
gabinete da Secretaria da Justiça, e do advogado Dojival Vieira, editor da
Agência de Notícias – a única no Brasil com produção de conteúdo jornalístico
focado na temática étnicorracial.
A
mais recente onda de ataques e invasão aconteceu no último dia 14/10 e o caso
está sendo apurado pela Polícia de S. Paulo. O Adjunto prometeu fazer os
esforços que forem necessários para identificar e entregar a Justiça para que
sejam punidos na forma da lei os responsáveis pelos ataques racistas.
Propostas
Na
reunião foram definidas propostas como a designação de um técnico com
especialização em Tecnologia da Informação (TI) para atuar junto à Delegacia de
Crimes Raciais (DECRADI) com o objetivo de atender os casos de racismo,
intolerância e discriminação, além da capacitação dos agentes da Polícia nas
Delegacias para atender esse tipo de ocorrência cada vez mais frequente.
A
coordenadora de Políticas para as Populações Negra e Indígena, Elisa Lucas,
considerou a reunião produtiva. “Além do caso do crime de racismo, por
meio eletrônico ampliamos a pauta ao falar da necessidade de profissionais
capacitados na questão eletrônica dentro da Delegacia. Quem trabalha no
combate à discriminação racial não tem o direito de desistir", afirmou.
O
advogado e jornalista responsável pela Afropress, Dojival Vieira, expôs ao
adjunto toda a trajetória de ataques e invasões que vem sendo sofridos pela
Agência de Notícias desde 2006 e pediu que o Estado dê respostas à altura e utilize
o aparato repressivo disponível – inclusive com o uso da inteligência – para
identificar e desmantelar os grupos que ele chama de praticantes do “racismo
extremado”. “O que estamos assistindo é uma escalada de ataques
inadmissíveis num Estado Democrático de Direito”, afirmou, lembrando que só
este ano, de acordo com estatísticas, há um aumento em torno de 84% dos crimes
relacionados a racismo e intolerância na Rede Mundial de Computadores.
Leia
mais em Página Global
Sem comentários:
Enviar um comentário