O
filho de uma doente com hepatite C que morreu recentemente e um doente que
aguarda o medicamento inovador para a doença estão, esta quarta-feira, a assistir
à audição do ministro da Saúde no Parlamento. No exterior, vários doentes
participam numa manifestação pelo acesso ao fármaco.
Paulo
Macedo está desde as 10.00 horas a ser ouvido, a pedido do PCP, sobre a
situação das urgências hospitalares, tendo sido já questionado por deputados
comunistas e do PS sobre o medicamento inovador para o tratamento da hepatite
C, que os doentes reclamam.
O
laboratório que comercializa esse fármaco e o governo mantêm as negociações com
vista a chegarem a um acordo sobre o preço do medicamento.
O
ministro da Saúde reconheceu a necessidade de alargar os critérios para os
doentes terem acesso aos tratamentos inovadores contra a hepatite C e não
apenas os que estão em risco de vida.
A
assistir a esta comissão está um doente que aguarda o fármaco Sofosbuvir, o
filho de uma doente internada com a doença e o filho de uma outra que morreu
recentemente com esta patologia.
"Estamos
a morrer", afirmava José Carlos Saldanha, que aguarda o medicamento
inovador, enquanto o ministro Paulo Macedo garantia que o governo tudo está a
fazer para os doentes terem acesso ao melhor tratamento.
Nesse
sentido, Paulo Macedo garantiu que, "relativamente aos doentes que têm
indicação da comissão farmácia e terapêutica e critérios para tomar o
medicamento, todos estão a ser tratados".
"O
que precisamos é de alargar os critérios, não para apenas estes doentes que
estão em risco de vida, mas também para os que possam vir a beneficiar mais
deste tratamento", disse.
Sobre
as negociações, o ministro reafirmou: "Não aceitamos que nos imponham uma
política de preços totalmente opaca".
Segundo
Paulo Macedo, estão atualmente a ser tratados 630 doentes, com combinações
entre vários medicamentos, em ensaios clínicos e com fármacos de três laboratórios,
mais os cem tratamentos oferecidos pelo laboratório que comercializa o
Sofosbuvir.
A
presença deste doente e familiares de doentes na comissão ocorre no dia em que
várias pessoas se manifestaram no exterior do Parlamento, pelo direito ao
acesso dos medicamentos contra a hepatite C.
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