Moçambique
está sob as ameaças do dirigente da Renamo, Afonso Dhlakama. A guerra pode vir
a ser reatada se os ditames de Dhlakama não forem atendidos, como se entende
das suas ameças. O diálogo político não é o bastante para ele. Muito menos, em eleições recentes, a Frelimo ter obtido muito mais votos que a
Renamo. Ou Nyusi em comparação a Dhlakama para a Presidência da República. Mesmo
dando o alegado desconto à manipulação de votos por parte da Frelimo, facto é
que as diferenças foram abissais e “impossíveis de atingir com algumas manipulações
setoriais”, como afirmou um analista.
Com
tais argumentos Dhlakama não terá razões que justifiquem voltar levar a Moçambique o clima de ferro-e-fogo com uma guerra que ceifa cidadãos
inocentes em ações de guerrilha cobardes que têm por objetivo instabilizar o país
que maioritária e democraticamente o rejeitou nas urnas – e à Renamo - para condutores dos destinos da una e indivisível nação moçambicana.
Acerca
da situação em Moçambique elaboramos e apresentamos uma compilação compacta de
notícias com origem na Agência Lusa e veiculadas por Notícias ao Minuto.
Redação
PG
Segurança
reforçada após Renamo ameaçar tomar governos provinciais
As
cidades de Nampula, norte de Moçambique, e da Beira, centro, apresentam hoje
uma presença policial e militar superior ao habitual, após a Renamo ter
anunciado na quinta-feira a intenção de tomar sedes de governos provinciais
pela força.
Ao
contrário do que sucedeu nos últimos dias, mais de vinte elementos da Força de
Intervenção Rápida (FIR), uma força de elite da polícia moçambicana, estavam
hoje visíveis junto das instalações onde decorre o Conselho Nacional da Renamo
(Resistência Nacional Moçambicana), na cidade da Beira, província de Sofala.
A
reunião do principal partido de oposição deliberou na quinta-feira a criação,
"a bem ou a mal", de autarquias provinciais nas regiões onde o
partido de oposição reclama vitória nas últimas eleições, tendo também aprovado
a criação de uma polícia e a redistribuição do seu efetivo militar para
responder a eventuais ataques do Governo.
Também
em Nampula, a Lusa observou vários carros militares a circular pela maior
cidade do norte do país, com agentes das Forças Armadas de Defesa de Moçambique
altamente armados.
As
forças de defesa e segurança eram igualmente visíveis nas zonas de maior
influência da Renamo em Nampula.
Sem
avançar datas, o porta-voz do Conselho Nacional da Renamo disse na quinta-feira
que o movimento vai evacuar os edifícios estatais onde funcionam os atuais
governos provinciais e aos dirigentes da Frelimo ser-lhe-á dada a oportunidade
de escolha, de se filiarem na Renamo para se manterem nos cargos ou
transferirem o poder para o partido de oposição.
"O
Conselho Nacional deliberou que o partido devia prosseguir com a implementação
das províncias autónomas e governe à força onde ganhou as eleições porque temos
legitimidade para dirigir as províncias", afirmou José Manteigas.
Hoje
em Maputo, o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, anunciou a preparação de uma
nova ronda de contactos com os partidos de oposição.
Sem
mencionar a Renamo, Nyusi reiterou a sua disponibilidade para se encontrar com
os líderes da oposição e representantes da sociedade civil, "com vista a
dar prosseguimento a um diálogo orientado para resultados concretos no domínio
da consolidação da paz".
No
início do seu mandato, Filipe Nyusi avistou-se duas vezes com o líder da
Renamo, Afonso Dhlakama, e também co o presidente do MDM (Movimento Democrático
de Moçambique), Daviz Simango, e representantes de vários partidos
extraparlamentares.
Depois
dos encontros entre o Presidente da República e o líder da oposição, a Renamo
submeteu um anteprojeto de lei ao parlamento, preconizando a criação das
autarquias provinciais em seis regiões do país (Sofala, Manica, Tete, Zambézia,
Nampula e Niassa), mas a proposta foi rejeitada pela maioria da Frelimo.
A
iniciativa da Renamo visava ultrapassar a crise política em Moçambique,
motivada pela recusa do principal partido de oposição em reconhecer os
resultados das eleições gerais de 15 de outubro.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
Nyusi. Presidente moçambicano desafia jovens a encontrar soluções
O
Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, desafiou hoje a Organização da Juventude
Moçambicana (OJM) a encontrar soluções para responder às novas dinâmicas
sociopolíticas do país, enaltecendo a necessidade da manutenção da paz e do
envolvimento dos jovens rumo ao desenvolvimento.
"A
conjuntura atual do país impõe novos desafios à OJM. Neste contexto, a presença
da juventude na base da pirâmide etária constitui um enorme potencial para o
desenvolvimento de Moçambique", disse Filipe Nyusi, também presidente da
Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), falando durante o discurso de
abertura da 2.ª Sessão Extraordinária do Comité Central da OJM, estrutura afeta
ao partido no poder.
De
acordo com o chefe de Estado moçambicano, a OJM tem a missão de "arregaçar
as mangas" e, tendo em conta a limitação dos recursos que o país dispõe,
desenvolver ações com vista a incrementar a esperança no seio da juventude
moçambicana.
"É
uma oportunidade ímpar de decidir o futuro, juntando vontades, articulado
iniciativas e congregando esforços para aumentar a esperança de um Moçambique
melhor", disse o presidente do partido, lembrando que a juventude que
libertou país apresentou os resultados no dia 25 de junho de 1975 e, atualmente,
cabe à nova juventude apresentar os seus feitos.
Filipe
Nyusi enalteceu ainda o papel da OJM na divulgação de valores de paz, justiça e
democracia desde a sua criação, em 1977, assinalando a necessidade de a
organização representar os interesses de toda juventude moçambicano,
independentemente da sua filiação partidária ou origem étnica.
"A
abordagem da OJM deve ser inclusiva, de maneira que qualquer jovem moçambicano
se reveja nela, independentemente da sua cor, partido, raça, grupo étnico ou
religião", afirmou Filipe Nyusi, lembrando que "a imagem da
organização deve espelhar a imagem do partido Frelimo".
O
secretário-geral da OJM, Pedro Cossa, destacou a paz e coesão social como
fatores importantes para o desenvolvimento de Moçambique.
"A
paz e a unidade nacional são fatores basilares para uma convivência pacífica e
para o desenvolvimento da nação. Congratulamos o presidente que, a cada passo
que ele dá, em nome da Frelimo, tem incidido no fator paz como importante para
a nossa consolidação enquanto nação", afirmou Pedro Cossa.
Osvaldo
Petersburgo, antigo presidente do Conselho Nacional da Juventude (CNJ) e atual
vice-ministro do Trabalho, Emprego e Segurança Social, disse à Lusa que a
juventude moçambicana tem como desafio principal o domínio pleno da ciência,
como forma de catapultar o desenvolvimento do país, dependente, atualmente, do
exterior, principalmente no que diz respeito ao setor extrativo.
"Não
podemos ficar à espera que venham pessoas de outros quadrantes do mundo para
explorar os recursos que nós temos. Nós, como jovens, temos de ser sedentos do
saber e de conhecimento para transformarmos as nossas riquezas em
desenvolvimento para o bem-estar do nosso país", assinalou Osvaldo
Petersburgo.
A
2.ª Sessão Extraordinária do Comité Central da OJM termina no sábado e tem a
missão de preparar o I Congresso da organização, a ter lugar entre 26 e 29 de
novembro.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
Moçambique. Frelimo
condena ameaça da Renamo
O
secretário-geral da Frelimo, partido no poder em Moçambique, Eliseu Machava,
condenou hoje a decisão da Renamo, principal partido de oposição, de governar à
força nas províncias em que reclama vitória eleitoral, afirmando que os
moçambicanos anseiam a paz.
"Nem
a Renamo nem o líder da Renamo [Afonso Dhlakama] deviam estar a falar de
conflitos nesta fase em que os moçambicanos anseiam a paz e o bem-estar",
afirmou Machava, em declarações à Lusa, à margem do lançamento das comemorações
dos 40 anos do estabelecimento das relações diplomáticas entre Moçambique e o
mundo, que se assinalam no próximo dia 25.
Lembrando
que o país passou pela destruição e mortes durante 16 anos de guerra civil, que
terminou em 1992, o secretário-geral da Frelimo observou que os moçambicanos
devem empenhar-se em ações visando o progresso e não o retrocesso.
"Ele
próprio [Dhlakama], pela idade que tem, precisa de sossego, precisa de
partilhar as ideias que tem com os moçambicanos, isso é possível sem
conflito", declarou Eliseu Machava, reiterando, ironicamente, que não
acredita que a Renamo tenha tomado a decisão de governar à força em seis
províncias do país
.
O
secretário-geral da Frelimo exortou a Renamo a seguir a via do diálogo para a
resolução de diferendos políticos, sublinhando que o país tem condições para
ultrapassar qualquer crise por via política.
O
Conselho Nacional da Renamo, reunido na Beira, capital da província de Sofala,
centro do país, anunciou na quinta-feira que o partido vai assumir "a bem
ou a mal" o governo das seis províncias em que reclama vitória nas
eleições gerais de 15 de outubro, na sequência do chumbo pela Assembleia da
República, dominada pela Frelimo, da Lei do Quadro Institucional das Autarquias
Provinciais.
Sem
avançar datas, José Manteigas, porta-voz do Conselho Nacional da Renamo, disse
que o movimento vai evacuar os edifícios estatais onde funcionam os atuais
governos provinciais e aos dirigentes da Frelimo ser-lhe-á dada a oportunidade
de escolha de se filiarem na Renamo para se manterem nos cargos ou transferirem
o poder para o partido de oposição.
"O
Conselho Nacional deliberou que o partido devia prosseguir com a implementação
das províncias autónomas e governe à força onde ganhou as eleições porque temos
legitimidade para dirigir as províncias", insistiu José Manteigas.
Paralelamente,
a Renamo anunciou o abandono das negociações de longo prazo com o Governo, ao
fim de mais de cem rondas de diálogo, sem que tenha sido alcançado acordo para
a desmilitarização do movimento.
Hoje
em Maputo, o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, anunciou a preparação de uma
nova ronda de contactos com os partidos de oposição.
Sem
mencionar a Renamo, Nyusi reiterou a sua disponibilidade para se encontrar com
os líderes da oposição e representantes da sociedade civil, "com vista a
dar prosseguimento a um diálogo orientado para resultados concretos no domínio
da consolidação da paz".
Lusa,
em Notícias ao Minuto
Filipe
Nyusi prepara nova ronda de contactos com oposição
O
Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, anunciou hoje a preparação de uma nova
ronda de contactos com os partidos de oposição, numa fase em que a Renamo
ameaça tomar pela força os governos provinciais no centro e norte do país.
"Estamos
a preparar mais uma volta de consultas com todos os intervenientes da paz em
Moçambique", disse Filipe Nyusi, durante a cerimónia, hoje em Maputo, de
celebração de 40 anos do estabelecimento de relações diplomáticas de Moçambique
com o mundo.
Sem
mencionar a Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), Nyusi reiterou a sua
disponibilidade para se encontrar com os líderes da oposição e representantes
da sociedade civil, "com vista a dar prosseguimento a um diálogo orientado
para resultados concretos no domínio da consolidação da paz".
A
Renamo, maior partido da oposição em Moçambique, anunciou na quinta-feira que
vai forçar a criação das autarquias provinciais no centro e norte do país,
através da criação de uma polícia e da redistribuição do seu efetivo militar.
José
Manteigas, porta-voz da V sessão do Conselho Nacional da Renamo, disse que o
quórum reunido na cidade da Beira aprovou a criação, "a bem ou a
mal", das autarquias provinciais, incluindo o uso da ala militar do
partido, que será redistribuída para responder a eventuais ataques do Governo.
Sem
avançar datas, José Manteigas disse que o movimento vai evacuar os edifícios
estatais onde funcionam os atuais governos provinciais e aos dirigentes da
Frelimo ser-lhe-á dada a oportunidade de escolha de se filiarem na Renamo para
se manterem nos cargos ou transferirem o poder para o partido de oposição.
"O
Conselho Nacional deliberou que o partido devia prosseguir com a implementação
das províncias autónomas e governe à força onde ganhou as eleições porque temos
legitimidade para dirigir as províncias", insistiu José Manteigas.
Paralelamente,
a Renamo anunciou o abandono das negociações de longo prazo com o Governo, ao
fim de mais de cem rondas de diálogo, sem que tenha sido alcançado acordo para
a desmilitarização do movimento.
No
início do seu mandato, Filipe Nyusi avistou-se duas vezes com o líder da
Renamo, Afonso Dhlakama, e também co o presidente do MDM (Movimento Democrático
de Moçambique), Daviz Simango, e representantes de vários partidos
extraparlamentares.
Depois
dos encontros entre o Presidente da República e o líder da oposição, a Renamo
submeteu um anteprojeto de lei ao parlamento, preconizando a criação das
autarquias provinciais em seis regiões do país, mas a proposta foi rejeitada
pela maioria da Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique).
A
iniciativa da Renamo visava ultrapassar a crise política em Moçambique,
motivada pela recusa do principal partido de oposição em reconhecer os
resultados das eleições gerais de 15 de outubro.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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