“Ministério
público deu exemplo do que há de pior na Justiça”, entende defesa de Sócrates
Depois
de ter acesso aos autos do processo da Operação Marquês, um dos advogados de
José Sócrates disse em entrevista à SIC que, “na primeira parte – até 21 de
novembro de 2014, data da detenção –, não há nada a revelar, não há quaisquer
justificações fundadas para prender alguém ou sequer suspeitar vagamente da
prática de qualquer ato criminoso”.
Um
dia após ter terminado o prazo do inquérito, Pedro Delille garantiu que o
processo contém apenas “especulações fantasiosas”, pelo que conclui que, “na
melhor das hipóteses, prendeu-se para investigar”.
“O
Ministério Público está a fazer deste processo um exemplo do que há de pior na
Justiça: a ação penal portuguesa, que tem por hábito arrastar prazos. Tratou-se
de exibicionismo de abuso de poder”, acusou o causídico, adiantando que vai
“pedir o imediato arquivamento do processo”, uma vez que o prazo de inquérito
chegou ao fim sem que fosse formalizada acusação.
Também
na antena da TVI, João Araújo informou que não teve acesso a todos os autos do
processo, dizendo que não aceita as justificações dadas pelo Ministério
Público. Mais adianta que vai “insistir pelo levantamento de todas as medidas
de coação”.
Pedro
Delille acrescentou, neste âmbito, que a defesa vai apresentar um “requerimento
para ter acesso total” ao processo e que José Sócrates “já pediu” para ser
novamente ouvido “porque o interrogatório anterior foi sem acesso aos autos”.
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