O
Governo acusa a representante do Alto Comissariado das Nações Unidas para os
Refugiados (ACNUR) no Malawi, Monike Ekoko, de mobilizar os 5.600 moçambicanos
refugiados naquele país para não regressarem a Moçambique, apesar das precárias
condições em que vivem no centro de acolhimento.
O
Executivo de Filipe Nyusi, que chamou oportunistas esses moçambicanos que fogem
da guerra envolvendo Forças Governamentais e do partido Renamo, pretende que
eles regressem ao país, mas diz que a representante do ACNUR no Malawi está a
agir em sentido contrário.
De
acordo com a Voz da América, durante a visita efectuada este fim-de-semana ao
centro de refugiados em Kapise, no Malawi, o ministro moçambicano dos Negócios
Estrangeiros e Cooperação, Oldemiro Baloi, teve uma confrontação verbal com
Monike Ekoko, por esta estar, alegadamente, a mobilizar os refugiados
moçambicanos para permanecerem por tempo indeterminado no país vizinho.
Entretanto,
Baloi disse ter constatado no centro de Kapise um verdadeiro drama humanitário.
"Estou,
claramente, incomodado pelo facto deles se encontrarem numa situação bastante
preocupante", lamentou.
O
chefe da diplomacia moçambicana destacou que o seu Governo vai trabalhar no
sentido de criar condições para não só parar com esse crescimento dos números,
como também começar a reduzi-lo,s sobretudo porque entre os deslocados se
encontram jovens capazes de trabalhar mas que estão na ociosidade.
Baloi
enalteceu o apoio das autoridades malawianas aos refugiados moçambicanos.
@Verdade
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