A
televisão estatal chinesa divulgou imagens de novas armas do exército para o
combate naval e aéreo, no que poderá ser considerado um aviso para os Estados
Unidos após a recente decisão de arbitragem sobre o Mar do Sul da China.
Os
EUA têm aumentado sua presença militar neste mar e pedido a Pequim que respeite
a decisão do tribunal que rejeitou suas reivindicações territoriais.
A
televisão estatal chinesa mostrou tropas e armas do Comando do Sul, responsável
pela região do Mar do Sul da China, durante a visita de oficiais superiores,
incluindo o general Fan Changlong, vice-presidente da Comissão Militar Central,
e o general Ma Xiaotian, o comandante da Força Aérea, informou nesta sexta (22)
o jornal de Hong Kong South China Morning Post.
O
general Fan Chanlong pediu aos soldados para estarem preparados para qualquer
contingência.
"As
patrulhas do mar e do espaço aéreo devem ser organizadas para lidar com todos
os tipos de emergência e garantir a segurança do mar e da fronteira",
afirmou ele.
As
armas, mostradas pela televisão, são defensivas, de curto ou médio alcance (até
1.500 quilômetros), confirmaram analistas, o que pode ser considerado como um
elemento de advertência para os Estados Unidos.
As
tropas também estavam carregando mísseis DF-16 de alcance até 1.000
quilômetros, o que é suficiente para atingir bases dos EUA em Okinawa. Estes
mísseis foram apresentados para o público durante a última parada militar em
Pequim dedicada ao fim da Segunda Guerra Mundial.
Nas
imagens também foram mostrados bombardeiros H-6K e caças destinados à patrulha
da região.
Em
12 de julho, o Tribunal
Permanente de Arbitragem de Haia determinou que Pequim não tem
"direitos históricos" sobre os territórios em disputa no Mar do Sul
da China. As autoridades chinesas, no entanto, rejeitam a jurisdição de
Haia para resolver a questão, e anunciaram que vão ignorar a decisão do tribunal.
Vários
países, incluindo a China, o Japão, o Vietnã e as Filipinas, têm
desacordos sobre as fronteiras marítimas e zonas de influência no mar do
Sul da China e mar da China Oriental. A China acredita que alguns deles, como
as Filipinas e o Vietnã, aproveitando o apoio dos EUA, escalam a tensão na
região. Em janeiro de 2013, as Filipinas contestaram unilateralmente
as reclamações da China em relação a uma série de territórios no Mar da
China do Sul no Tribunal Internacional do Direito do Mar, mas Pequim se recusou
oficialmente a abordar essas questões no âmbito jurídico internacional.
Sputnik
– AP Photo / Xinhua
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