Nos
primeiros seis meses do ano, os lucros do Deutsche Bank caíram para menos 98
por cento face ao primeiro semestre de 2015. Os resultados - 20 milhões de
euros de lucro - foram divulgados hoje.
De
acordo com o relatório, registou-se também uma redução de nove por cento no que
diz respeito aos depósitos durante os primeiros seis meses do ano, no maior
banco da Alemanha.
A
análise refere que, além da queda dos depósitos e da redução das taxas de juro
a nível europeu, inseridos "num mercado difícil", existe também
"incerteza macroeconómica" por causa do referendo no Reino Unido que
determinou o triunfo do 'Brexit' (saída da União Europeia).
Segundo
o relatório, trata-se de fatores que afetaram as decisões estratégicas do
Deutsche Bank, sendo que as perdas de provisões relacionadas com créditos
problemáticos aumentaram 53 por cento entre janeiro e junho, correspondendo a
um valor de 564 milhões de euros.
"As
reformas no banco reduziram os nossos resultados, mas estamos satisfeitos com
os progressos alcançados. Reduzimos riscos, investimos em questões internas e
modernizamos a nossa infraestrutura", afirmou John Cryan, o novo
presidente do Deutsche Bank.
Mesmo
assim, o presidente do banco alertou que caso se mantenha "o fraco
ambiente económico" é preciso mostrar mais ambição na rapidez e na
intensidade das reformas internas da instituição.
O
documento mostra também que os custos relacionados com litígios baixaram no
segundo trimestre do ano (120 milhões de euros), em relação ao mesmo trimestre
de 2015.
Os
custos ligados à reestruturação e indemnizações atingiram os 207 milhões de
euros, também no segundo trimestre de 2016, um valor mais elevado do que os 45
milhões que foram dispendidos em igual período de 2015.
John
Cryan preside o Deustche Bank desde o passado mês de maio.
TSF
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