O
Presidente da República afirmou que não considera provável uma crise política
que possa obrigar a eleições legislativas antecipadas, apoiando-se em sondagens
políticas e nas previsões de cumprimento das metas estabelecidas em termos de
défice.
"É
possível dizer que a meta que é o compromisso nacional de um défice inferior a
3%, eventualmente até inferior a 2,7%, até agora é possível", disse
Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas à margem de uma homenagem à escritora
Lídia Jorge que decorreu hoje em Loulé.
Um
cenário que leva o Presidente da República a afirmar que não vê sinais de crise
política ou de qualquer risco de incumprimento nacional apoiando-se nos números
de junho relativos às receitas e despesas que apontam que "a execução
orçamental está sob controlo".
"Continuo
a entender que eleições agora no futuro são as dos Açores, em outubro, e são as
para as autarquias em outubro do ano que vem", sublinhou.
Marcelo
Rebelo de Sousa vai receber os partidos com assento parlamentar e os parceiros
sociais entre segunda e quarta-feira para uma análise da situação política.
Questionado
sobre esta iniciativa, o Presidente da República disse tratar-se de uma rotina
que quis implementar durante o seu mandato com intervalos de dois meses e meio.
"Terminou
a sessão legislativa, houve o debate do Estado da Nação, vai arrancar a elaboração
do orçamento para 2017 e portanto é uma grande ocasião para ouvir todos os
partidos com assento na Assembleia da República e todos os parceiros económicos
e sociais", explicou.
Os
partidos vão ser recebidos no Palácio de Belém na segunda-feira, com intervalos
de uma hora, entre as 12:00 e as 18:00, por ordem crescente da sua
representação no parlamento: PAN - Pessoas-Animais-Natureza, Partido Ecologista
"Os Verdes", PCP, CDS-PP, Bloco de Esquerda, PS e PSD.
Os
parceiros sociais CGTP, CIP, CCP, CTP serão ouvidos na terça-feira, entre as
14:00 e as 17:00, e a CAP na quarta-feira às 17:00, adiantou a mesma fonte da
Presidência da República, referindo que a UGT já foi recebida pelo chefe de
Estado na quarta-feira, às 14:00.
Desde
que tomou posse, a 09 de março, Marcelo Rebelo de Sousa já chamou por duas
vezes os partidos com assento parlamentar a Belém, a última das quais há menos
de um mês, a 27 e 28 de junho, por imposição constitucional, no quadro da
marcação da data das eleições para a Assembleia Legislativa da Região Autónoma
dos Açores.
Há
cerca de três meses, a 26 de abril, Marcelo Rebelo de Sousa reuniu-se com cada
um dos sete partidos com assento parlamentar para debater temas específicos na
agenda política, o Programa de Estabilidade e o Programa Nacional de Reformas
apresentados pelo Governo do PS, com um intervalo para ir a um jogo de ténis do
Estoril Open.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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