No
dia em que arranca o congresso do MPLA em Luanda, os 17 activistas angolanos
que tinham sido condenados a penas de prisão por rebelião vão dar uma
conferência de imprensa apresentada como um “contraponto positivo ao congresso
do MPLA”. Os jovens também querem mostrar como a prisão fortaleceu a
"metodologia de luta em termos de activismo”.
A
conferência de imprensa dos 17 activistas angolanos que tinham passado um ano
na cadeia acusados de rebelião coincide com o primeiro dia do congresso do MPLA
para a reeleição de José Eduardo dos Santos.
Nuno
Álvaro Dala disse à RFI que a data é “mera coincidência” mas que acaba por ser
um “contraponto positivo ao congresso do MPLA”.
“Escolhemos
o dia 17 por mera coincidência. Soubemos que a data coincide com o congresso do
MPLA há alguns dias, quando alguém nos alertou para esse facto. Mas, pronto,
para nós acaba sendo uma coincidência que nos leva naquela lógica de termos a
nossa conferência de imprensa como um contraponto positivo ao congresso do MPLA”,
declarou.
O
activista sublinhou que “o objectivo principal consiste em mostrar em que
medida a experiência da prisão desempenhou um papel positivo na estrutura de
valores e metodologia de luta em termos de activismo” e também vão ser
denunciadas as más condições nas prisões angolanas e durante a prisão
domiciliária.
Nuno
Dala disse, também, que na conferência se pretende apresentar “uma mensagem
para os angolanos sobre o momento que o país vive” e “caminhos para a saída da
crise”.
O
activista angolano reiterou que os activistas não se revêem na amnistia por
estarem inocentes e lembrou que na próxima semana vai ser entregue no Supremo
Tribunal uma petição para libertar “Dago Nível”, o qual está a cumprir uma pena
de oito meses de cadeia por ter gritado na sala de audiências que o julgamento
dos 17 activistas era uma “palhaçada”.
Carina Branco - RFI
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