Martinho Júnior, Luanda
1
– Prova do amor rigoroso que os coautores nutrem por África continente-berço da
humanidade e produto de experiências próprias seguindo trajetórias distintas,
assim como de anos de investigação e trabalho sem fronteiras, graças ao enorme
esforço e persistência do camarada António Borges, a quem pessoalmente admiro
pela sua qualidade humana, foi publicado este livro com os olhos resolutos do
sul, honrando a vida e os povos oprimidos da Mãe Terra!
Sou
coautor com nome próprio, embora toda a produção da minha parte tenha sido
feita com o pseudónimo de Martinho Júnior…
A
dívida para com África, para a qual o Comandante Fidel chamou a atenção com o
empenho exemplar da revolução e do povo cubano, é algo que diz respeito a todos
e a cada um de nós, sendo este livro mais uma afirmação dessa enorme
responsabilidade.
A
vida singular dos autores tem que ver com essa dívida, por mais tortuosos que
fossem os seus caminhos, pois o Movimento de Libertação teve implicações
pessoais num processo de formação que não é apenas sócio-política é acima de
tudo histórica e cultural.
Desse
modo ousamos ser um pouco como o Che, como Amilcar Cabral, como Eduardo
Mondlane, como Samora Machel, como Agostinho Neto…
2
– O Presidente Agostinho Neto, lembrava por via dos seus ensinamentos de viva
voz: “o mais importante é resolver os problemas do povo”, “na
Namíbia, no Zimbabwe, na África do Sul está a continuação da nossa luta”…
O
Presidente José Eduardo dos Santos conseguiu trazer a paz finalmente para
Angola e tem lutado para a tornar extensiva a uma vasta região do continente
africano, talvez a mais nevrálgica de todas elas: o nó geo estratégico fulcral
das Grandes Nascentes, matriz maior da água interior e continental, com
implicações na sobrevivência de muitos povos africanos, alguns dos quais
obrigando-se a disputar o acesso a ela e às riquezas circundantes, em prejuízo
de outros, correspondendo a estímulos reitores emanados pelos processos da
hegemonia unipolar!...
A
Luta Armada contra o colonialismo, o “apartheid” e suas sequelas teve
de ser continuada para se fazer face ao choque neoliberal entre 1992 e 2002 e
agora a terapia neoliberal procura criar impactos nocivos nos ambientes
sócio-políticos, económicos e financeiros de Angola e de todo o continente
africano que legitimamente tem lugar nas possibilidades dum universo
multipolar!…
No
caso angolano a luta contra o subdesenvolvimento tira proveito amplo da paz que
foi alcançada e as realizações geo estratégicas que se conseguirem nesse
âmbito, numa constante harmonia do homem para com a natureza, são garantes do
rumo de Angola, em benefício de todo o seu povo e em estreita solidariedade com
os povos progressistas do mundo!...
Este
livro procura levar os leitores a algumas das espectativas que se ajustam às
mais legítimas aspirações dos africanos precisamente nesse sentido!
Foto:
capa do livro.
Nota:
Fico
muito grato a três camaradas: António Borges, coautor, sem o qual este livro
jamais seria publicado, Leopoldo Baio, diretor do desaparecido semanário
luandense que dava pelo nome de ACTUAL, de onde foram extraídos algumas das
minhas intervenções enquanto coautor e a Mário Motta que diligentemente durante
anos publicou uma grande parte das minhas intervenções no Página Global
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