Elaboramos
uma pequena nota alusiva às comemorações da Implantação da República Portuguesa
com o propósito de assinalar a efeméride. Recorremos à Wikipédia e de lá
extraímos um texto de abertura que pode servir de aliciante aos que se
interessam por acontecimentos históricos que marcam os avanços e recuos das
sociedades quase sempre dominadas por revolucionários e idealistas que após a
tomada dos poderes se constituem mais ou menos perceptivelmente em pequenos ou
grandes “reis” rodeados de seus séquitos de apoiantes e parasitas que
enriquecem abusadamente daquilo que retiram aos povos e aos países que visaram
libertar. A ganância sobrepõe-se ao purismo do anterior idealismo e capacidade
de luta e muitos existem – desses “libertadores” – que aderem a personalidades alternativas de ditadores mais ou menos declarados.
Na
suposta democracia em que Portugal sobrevive a República é demasiadas vezes
espezinhada pelas elites que se vieram construindo. Elites económicas e
político-partidárias que atualmente já se assemelham a máfias e aos seus
secretismos e debulhos. A contaminação devasta a democracia e o poder de facto
das populações, dos povos, dos eleitores. A crise é global nesse aspeto e
arrasta consigo outros males que enxameiam o mundo com crimes que servem os
interesses dos senhores da guerra, do tráfico de armamento, do tráfico de
drogas, do tráfico humano, da corrupção, da lavagem de dinheiro, da destruição
do planeta e natureza em busca de lucros fáceis, do assassinato de milhões de
cidadãos do mundo. Mais aqui que ali ou mais ali que aqui, para recomeçarem
novas guerras quando alguma finda em determinado país, em determinado setor. É
quase regra que os crimes dessas elites sucedem-se impunemente por todo o
mundo. Em Portugal também. Que República? (AV / MM)
Implantação
da República Portuguesa
A Implantação
da República Portuguesa foi o resultado de uma revolução organizada
pelo Partido Republicano Português,
iniciada no dia 2 de outubro e vitoriosa na madrugada do dia 5 de
outubro de 1910, que destituiu a monarquia constitucional e
implantou um regime republicano em Portugal.
A subjugação do país aos interesses coloniais
britânicos,[1] os
gastos da família real,[2] o
poder da igreja, a instabilidade política e social, o sistema de
alternância de dois partidos no poder (o Partido Progressista e o Partido Regenerador), a ditadura de João
Franco,[3] a
aparente incapacidade de acompanhar a evolução dos tempos e se adaptar à
modernidade — tudo contribuiu para um inexorável processo de erosão da monarquia portuguesa[4] do
qual os defensores da república,
particularmente o Partido Republicano, souberam tirar o
melhor proveito.[5] Por
contraponto, o partido republicano apresentava-se como o único que tinha um
programa capaz de devolver ao país o prestígio perdido e colocar Portugal na
senda do progresso.[6]
Após
a relutância do exército em combater os cerca de dois mil soldados e
marinheiros revoltosos entre 3 e 4 de outubro de 1910, a República foi
proclamada às 9 horas da manhã do dia seguinte da varanda dos Paços do Concelho de Lisboa.[7]Após
a revolução, um governo provisório chefiado
por Teófilo Braga dirigiu os destinos do país até à
aprovação daConstituição de 1911 que deu
início à Primeira República.[8] Entre
outras mudanças, com a implantação da República, foram substituídos os símbolos nacionais: o hino
nacional, a bandeira e a moeda.[9][10]
Imagem:
Litografia colorida, da autoria de Cândido da Silva (?) alusiva à revolução que
deflagrou na noite de 3 de Outubro de 1910, em Lisboa, e que conduziu à
proclamação da República Portuguesa - Cândido da Silva
(uncertain) - Obra do próprio (own photo)
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