A OCDE
fez contas à riqueza que se perde em Portugal por existirem tantos jovens sem
fazer nada.
Os
jovens que não trabalham nem estudam custam a Portugal mais de 2 mil milhões de
euros, cerca de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, da riqueza
produzida anualmente no país.
As
contas são da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE)
num relatório hoje publicado sobre o que está bem e mal na sociedade portuguesa.
Na
vasta parte dedicada ao problema dos chamados "jovens nem-nem" com
idades entre os 15 e os 29 anos, o documento explica que depois do pico durante
a crise (19%) a percentagem de jovens que não trabalham nem estudam até desceu
para 15% em 2015.
Contudo,
continua acima dos valores registados antes da crise com mais de metade a
estarem desempregados e os outros inativos, ou seja, nem estão à procura
trabalho.
Perto
de 70% dos "nem-nem" vivem nas casas dos pais, um valor apenas
ultrapassado pela Itália e Grécia, com os jovens nascidos no estrangeiro a
terem 20% mais de probabilidades de estarem nesta situação.
Feitas
as contas aos custos para o país de ter tantos jovens sem fazer nada, a OCDE
estimou para Portugal um valor que ronda os 1,2% do PIB, um resultados mais
altos da Europa, apenas ultrapassado pela Itália, Bélgica e Grécia.
Feitas
as contas, 1,2% do PIB representa mais de 2 mil milhões de euros por ano.
Nuno
Guedes – TSF
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