Raul
Diniz, opinião
A
componente de maior risco na campanha estridente do MPLA, é o próprio candidato
João Lourenço, escolhido a dedo pelo chefe do regime e, autor confesso do
estado de calamidade institucional e de miséria moral que o país vivência.
De
facto João Lourenço é o mais profundo gargalo mediático, que pôde colocar em
risco a vitalidade do MPLA no poder há 41 anos ininterruptos. A mania das
grandezas e do chicoespertismo enviesado, são a marca registada do MPLA, agora
usada orgulhosamente por João Lourenço, o candidato escolhido para ocupar o
poleiro presidencial.
Não
se pôde constranger infindavelmente mentindo-lhe sistematicamente, que estamos
a construir uma nação, quando na verdade, sequer conseguimos construir uma
república qualquer. Não existe nenhuma nação, temos o país muitíssimo mal
administrado, e dividido em duas grandes franjas desiguais. Em 15 anos, o MPLA
conseguiu atirar 90% dos angolanos para o estado de miséria calamitosa, onde
vegetam milagrosamente com menos de USD 2 dólares por dia. Do outro lado da
balança encontram-se os nutridíssimos muito ricos, nesse grupinho se incluem a
ladra bilionária Isabel dos Ovos Santos, e seus apaniguados multimilionários
meios irmãos, e demais familiares, e amigos diletos do ditador, estes juntos
somam apenas 10% de convivas iluminados com direito a viver faustosamente a
nossa custa.
Por
outro lado, no país existem vários partidos, muitos deles novíssimos, fica
incompreensível, e inaceitável ou até mesmo incabível, que numa república, o
partido no poder há 41 anos.
Afronte
descaradamente a estabilidade institucional, numa clara violação da lei.
Numa
demonstração de forças, o candidato João Lourenço percorre várias capitais
provinciais do país, incluindo Luanda, sem que as eleições tenham sido
decretadas nem definitivamente aprazadas oficialmente. É vergonhosa a forma
como o candidato do MPLA exaure ríspidos recados mal direcionados, e observado
a rigor nos seus horripilantes pronunciamentos hostis.
Porém,
os gargalos do MPLA e de João Lourenço não se ficam por aqui, eles são
inúmeros, e permanecem como feridas profundas e incuráveis. Essa demonstrada
arrogância da parte dos donos de Angola, podem causar arrelias graves aos
demais atores, que eventualmente possa retirar legitimidade ao processo
eleitoral em causa. Não adianta JL tentar branquear a realidade com
discursos aleivosos, dos quais nenhum angolano no seu perfeito juízo acredita.
Aliás, nem mesmo JL acredito na sonoridade de seus injuriosos discursos que em nada
são profícuos em matéria credível de produtividade.
Senão
vejamos, João Lourenço afirmou que fará um cerco apertado contra a corrupção,
mais tarde deu-nos a conhecer que combaterá sem tréguas os traficantes de
drogas, por fim veio a promessa baluarte das promessas, onde afirmou baixar os
preços das obras públicas, como também os preços excessivos dos materiais de
construção. Felizmente a mentira em Angola já não prospera. Afinal o que se
pôde esperar de um candidato subalternizado?
O
candidato a presidência do partido-estado há 42 anos no poder, tem consciência
que os presidentes nesses partidos são considerados pelos seus adjutores como
semideuses de um limbo “olimpo” qualquer, seja da kimbandaria e/ou da
feitiçaria afro-ancestral, tanto faz. A força de regimes ditatoriais por outro
lado, firma-se na ação multiforme do absolutismo ortodoxo
político-partidária-disfuncional.
Como
poderia JL apertar o cerco a corrupção, quando o dono do país e seu patrão, é o
corrupto mor, ladrão e branqueador de capitais ilícitos, sem esquecer que JES
juntamente com suas filhas e filhos são os principais exportadores
internacionais da corrupção para o ocidente.
Como
poderia JL estancar o tráfico de drogas, quando se sabe, que os principais
barões da droga, são os generais e empresários nacionais, e estrangeiros, que
de certo modo ajudam a desenvolver a parca economia do país. Já está mais que
comprovado, que essas altas patentes, são prósperos lavadores de dinheiro. Como
acreditar que João Lourenço, vai baratear os materiais de construção, quando a
cimenteira maior de África, outrora pertencente do estado angolano, passou por
artes magicas para as mãos da filha do PR, Isabel dos Ovos Santos?
Que
razões estão na base do impedimento de JL vir a público falar verdade,
sobretudo dissertar acerca do fim do monopólio da informação do estado
angolano, há 41 anos controladas pelo MPLA-partido-estado?
Qual
é afinal o posicionamento de João Lourenço acerca à permanência ou não da
Isabel dos Ovos Santos na Sonangol? Essa visão é de todo fantasmagórica,
assistirmos impávidos a raposa Isabel dos Santos, assenhorar-se do Galinheiro
desprotegido, no caso a Sonangol.
Qual
é o pensamento político de JL, acerca da permanência de Filomeno dos Santos
Zenú, afrente do fundo Soberano angolano? Diga-se de passagem, que de
“ANGOLANO” o fundo soberano apenas tem o nome.
Outra
pergunta que não quer calar é acerca do canal 2 da televisão pública do estado,
que se encontra ilegalmente nas mãos de outros dois dos filhos do presidente da
ditadura, vai tudo ficar na mesma meu camarada João Lourenço, tudo fica como
está agora?
Sem comentários:
Enviar um comentário