O DIABO ESTÁ A PASSAR POR AQUI!
Ayer vino el Diablo aquí, (risas
y aplausos) ayer estuvo el Diablo aquí, en este mismo lugar. Huele a azufre
todavía esta mesa donde me ha tocado hablar. Ayer señoras, señores, desde esta
misma tribuna el Señor Presidente de los Estados Unidos, a quien yo llamo “El
Diablo”, vino aquí hablando como dueño del mundo. Un psiquiatra no estaría de
más para analizar el discurso de ayer del Presidente de los Estados Unidos.
Como vocero del Imperialismo vino a dar sus recetas para tratar de mantener el
actual esquema de dominación, de explotación y de saqueo a los pueblos del
mundo. Para una película de Alfred Hitchcok estaría buena, incluso yo
propondría un título: “La receta del Diablo”. – Discurso del Presidente de
“COSA NOSTRA GLOBAL”
Martinho Júnior, Luanda
Para o exclusivismo e a impunidade do “hegemon” a humanidade e o planeta só existem se cumprirem com seu “diktat”… se assim não é, então a mão itinerante da não declarada IIIª Guerra Mundial aproximar-se-á implacável, apta à barbárie e ao extermínio até à subjugação e montagem das “reservas índias” da ocasião!
Essa opção tornou-se um princípio das regras da exclusividade e impunidade imperial!
Dessa maneira, ao jeito dum extensivo Far West, humanidade e planeta estão reféns da vontade dominante habituada ao genocídio desde o berço do expansionismo na formação dos Estados Unidos: todos os outros são nações e povos autóctones que há que subjugar, cumprindo sem alternativas com as regras que são determinadas pelo domínio autoarvorado no único padrão possível à face da Terra!
Borrel aprendeu bem a lição do “jardim” face à “selva”, no momento em que o “jardim” é do Diabo!
O Departamento de Estado dos Estados Unidos, assim como as relações exteriores dos seus vassalos subjugados, são instrumentos dessa aptidão para a barbárie e jamais tiveram outra compostura particularmente desde a explosão das bombas atómicas sobre Hiroxima e Nagasaki em 1945!
O medo é parte essencial desse comportamento e de sua barbárie e se não poderem inculcar esse medo por via “hardpower”, o vício é tanto que o inculcam por via das palavras, por via da propaganda… “quem não se subjuga a mim é meu inimigo”!
Pode-se considerar que a alucinada hegemonia unipolar de nossos dias, tem origem nessa engenharia mental que se tornou “genética” e integra a essência da barbárie de que se serve para prevalecer, alongando a escravatura, o colonialismo e “apartheid” século XXI adentro, de prática de conspiração em prática de conspiração!
Se as mensagens no terreno não forem “hardpower”, por via de tensões agudizadas, conflitos, ou guerras estimuladas por todo o tipo de subversões ou corrupções, (conforme o exemplo gritante na “formulação straussiana” da Ucrânia golpista, fantoche e neonazi), então há a guerra psicológica “softpower”, “comunicacional”, podendo disseminar desde “revoluções coloridas” e “primaveras árabes”, até injectar, formatar e repetir até à exaustão o que é de seu exclusivo interesse e conveniência abafando tudo o demais!
A propaganda sulfúrica, um dia
exposta
Cheira a enxofre por aqui!
O Diabo está (também) a passar por aqui!
A ÁFRICA DO SUL É UM GARANTE INTERNACIONAL E MULTILATERAL DE SEGURANÇA DUMA ROTA DO CABO PACÍFICA AO DISPOR DE TODA A HUMAHNIDADE!
Desde o fim do “apartheid” na África do Sul que o poder do estado saído desse caos se determinou na criação física, estrutural e humana de condições para que, dada a situação geográfica geoestratégica para as ligações marítimas ao longo de sua costa em torno do Cabo (abrangendo a passagem do Índico para o Atlântico), haja garantia de segurança para todos os que por lá rumam, (que necessariamente cruzam dentro de sua Zona Económica Exclusiva)!
A reestruturação das bases navais
de suporte a esse mecanismo de apoio com amplitude até
Pela rota do Cabo passam todo o tipo de navios e uma parte importante do comércio internacional, (principalmente nas rotas Sul-Sul) que utiliza os transportes marítimos, aproxima-se do Cabo quando há que vencer distâncias interoceânicas para chegarem aos seus destinos!
Desde que as interconexões multilaterais de comércio levaram à criação do espaço económico conhecido por BRICS (que este ano vai conhecer expansão), que a rota do Cabo mereceu outra acrescida atenção com as obrigações de segurança correspondentes, o que não impedia, nem impede que haja ainda outras motivações por parte de outros naquela imensa região marítima, que obrigatoriamente se têm de sintonizar com a África do Sul!
Interligar os componentes dos BRICS obriga a um aturado exercício de comércio marítimo intercontinental e interoceânico, o que leva por seu turno à necessidade de segurança, uma segurança que deve-se tornar num processo inteligente integrado, correspondendo às opções pacíficas que são de carácter multilateral, próprios dos países desse grupo e de outros que estão em fase de aderência!
Em 2019, já com os BRICS constituídos, a África do Sul recebeu o primeiro exercício naval tripartido correspondente, com navios da África do Sul, da China e da Rússia, três dos componentes, com as motivações de segurança intermodal num primeiro plano!
A África do Sul tem feito exercícios navais com outros, inclusive bilaterais com a Índia, a Alemanha, ou os Estados Unidos, a título de exemplo, mas os membros dos BRICS, à medida que cresce o comércio marítimo entre os seus componentes, precisam de garantir segurança também no nó que é a rota do Cabo!
Foi assim que surgiu o exercício Mosi (2019) – a tradução do título é “Fumaça”…
Os três países que levam avante esse programa acordaram na sua periodicidade (que passará a ser anual), pelo que o Mosi II, decidido após o combate à pandemia Covid, ocorre neste momento, entre 20 e 27 de Fevereiro de 2023…
As Marinhas de Guerra dos três países escolheram para o “Fumaça” II a seguinte composição operacional que corresponde ao modelo de garantia de segurança pretendido:
Marinha Sul-Africana – uma fragata e dois navios de apoio;
Marinha da China – um destroier, uma fragata e dois navios de apoio;
Marinha Russa – uma fragata e um navio-tanque de apoio.
O cenário do exercício ocorre na região marítima á ilharga de Durban e Richards Bay, dois portos sul-africanos no Índico, a sul do canal de Moçambique!
Se o porto de Durban é o maior da África do Sul, o de Richards Bay permite seu alargamento, o que implicará num aumento de vectores a favor da disponibilidade dos BRICS+, uma nova fórmula para acionar a pretensão “do Cabo ao Cairo”, desta vez multilateral e não mais debaixo da imposição de império algum!
Do “Cabo ao Cairo” é possível: o corredor multilateral está vivo por que o corredor colonial está morto!
A Nova Rota da Seda africana, “do Cabo ao Cairo” está a desenhar-se no horizonte próximo e o “Fumaça” II é também uma fórmula de garantir sua exequibilidade!
O esforço nada tem a ver com o que quer que aconteça por parte da hegemonia e por isso os da “cosa nostra global” tinham propaganda a fazer para marcar a estupidez de sua arrogância e a sua inépcia para as opções de paz, pelo que o condenam como “inconveniente” (não são capazes de ir mais longe) o “Fumaça” II!
Com a multilateralidade varrendo a Ásia, é (também) em função da posição geoestratégica da África do Sul que ela vai varrer em África, numa visão de sul para norte e desde logo pelo miolo do espaço SADC!
Nos próximos anos, os exercícios “Fumaça” tendem a ser alargados a outros parceiros do BRICS+ e até da SADC!
PRIMEIRO BALANÇO
Se para a “cosa nostra global” é “inconveniente”, o deslocamento dos navios russos pelo Atlântico desde os pontos de apoio da Frota do Norte, neste caso já houve uma conveniência – o navio-tanque russo socorreu um náufrago francês que em solitário fazia a viagem num pequeno veleiro entre a França e a Guiana Francesa, ao largo das ilhas de Cabo Verde!
Esse náufrago acabou por desembarcar do navio-tanque Kama na cidade do Cabo, antes do exercício ter começado.
Essa teria sido uma boa altura para os da “cosa nostra global” fazerem parar os dois navios russos da Frota do Norte, impedindo-os de chegar à área do “Fumaça” II… mas tal parece que é neste momento no mínimo contraproducente: é que além do mais a fragata russa recém-inaugurada é portadora de mísseis hipersónicos Kinzal e por muito que seja uma tentação pará-la, há que pensar duas, três vezes nas possíveis consequências!
Do lado do Índico a aproximação dos navios da Marinha de Guerra da República Popular da China é não menos “inconveniente” para os da “cosa nostra global”: se demonstram o crescimento exponencial da China nos mares, foi ainda por cima feito com desdobramentos de outras várias naves que se dirigiram a outros destinos nas suas missões de representação e intercâmbio…
… Que afronta!
Não sendo fisicamente parados, os navios russos e chineses, respectivamente via Atlântico e Índico, afluíram à África do Sul do “Fumaça” II pelo que restava à “cosa nostra global” a fumaça sulfurosa de sua propaganda que agora se vai também expondo ao ridículo, tal a dimensão da idiotice de quem está a gerir o “diktat” tipo “cão que ladra, não morde”!
Por que a sulfurosa fumaça da propaganda corresponde a esse domínio, uma vez mais o hegemon expõe o seu etéreo génio neocolonial em completa irracionalidade, nem que seja pela via do fumo!
Todo o fumo da propaganda está a ser estabelecido com base nas análises da Rand Corporation, com os “straussianos” a fazer as aplicações!
Neste caso o exercício tripartido responde em função dos BRICS+ e de todo o Sul Global… se a África do Sul é a anfitriã, são os russos, com a fragata “Almirante Gorshkov”, que vão comandar o exercício uma vez que essa decisão comporta o disparo demonstrativo dum míssil hipersónico Kinzal, mas são os chineses a ampliar a força-tarefa com capacidade tática e estratégica!...
Em Agosto de 2023 os BRICS+ reunir-se-ão com novos impulsos adquiridos na África do Sul e nada os vai deter!
… Com o Kinzal eles, os da Rand Corporation e os “straussianos”, estão mesmo a ver fumo e a desfazer-se de raiva: “Mosi” II com eles!
O Diabo neocolonial passa por aqui!
Círculo
Imagem:
. Fragata Almirante Gorshkov, capitânia do exercício naval “Fumaça” II – Exercício militar Mosi II arranca hoje em Durban – https://www.jornaldeangola.ao/ao/noticias/exercicios-militar-mosi-ii-arranca-hoje-em-durban/.
A consultar:
. Ex Mosi II coincidirá com o Dia das Forças Armadas 2023 – https://www.defenceweb.co.za/featured/ex-mosi-11-to-coincide-with-armed-forces-day-2023/;
. África do Sul: EXERCíCIO MILITAR ALARMA OCIDENTE – https://paginaglobal.blogspot.com/2023/02/africa-do-sul-exercicio-militar-alarma.html;
. Exercícios navais da África do Sul com Rússia e China não são aceitáveis, diz ex-conselheira dos EUA – https://sputniknewsbrasil.com.br/20230216/exercicios-navais-da-africa-do-sul-com-russia-e-china-nao-sao-aceitaveis-diz-ex-conselheira-dos-eua-27663162.html;
. Estendendo demais e desequilibrando a Rússia – https://www.rand.org/pubs/research_briefs/RB10014.html;
. The Great Powers’ Military Potentials – https://valdaiclub.com/multimedia/infographics/the-great-powers-military-potentials/;
. África do Sul nomeia nação líder para exercícios navais tripartidos – https://fr.sputniknews.africa/20230219/lafrique-du-sud-designe-le-pays-leader-des-exercices-navals-tripartites-1057957140.html;
.Aproximação político-militar: qual é o significado dos exercícios conjuntos Rússia, China e África do Sul – https://russian.rt.com/world/article/1112026-ucheniya-rossiya-kitai-yuar;
. China se junta à Rússia e África do Sul em exercícios navais em meio a intensas interações estrangeiras – https://www.globaltimes.cn/page/202302/1285684.shtml;
. "Gratidão ilimitada": diz o francês resgatado pela frota russa no Atlântico – https://fr.sputniknews.africa/20230218/une-gratitude-sans-limite-le-francais-secouru-par-la-flotte-russe-dans-latlantique-raconte-1057954543.html;
. Les manœuvres navals Russie-Chine-Afrique du Sud débutent dans l’océan Indien – https://fr.sputniknews.africa/20230217/les-manuvres-navals-russie-chine-afrique-du-sud-debutent-dans-locean-indien-1057939092.html;
. Fragata russa Almirante Gorchkov chega a Richards Bay para exercícios navais tripartidos – vídeo – https://fr.sputniknews.africa/20230222/la-fregate-russe-amiral-gorchkov-arrive-a-richards-bay-pour-des-exercices-navals-tripartites---1057986898.html.
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