sexta-feira, 6 de outubro de 2023

Angola | SOB O SIGNO “4F” -- Martinho Júnior

Preâmbulos: 1) Reposição de artigo publicado no PG em 14 de Fevereiro de 2023 de autoria de Martinho Júnior, autor que colabora com ediçóes do PG e de outros títulos associados há cerca de 18 anos.

2) Vítor Viegas (Martinho Júnior) é um pensador angolano, grande analista da política doméstica e internacional. Como quase todos os jovens da sua geração lutou na II Guerra de Libertação Nacional (25 de Abril 1974 até 11 de Novembro 1975) e depois nas FAPLA quando começou a Guerra pela Soberania e a Integridade Territorial. Também foi oficial da DISA. Mas naquele tempo, antes de tudo, os jovens eram do MPLA. Hoje Viegas é activista do “Círculo 4 F” uma preciosidade que nos ajuda a compreender a geopolítica mundial sempre com amarração a Angola.  – Artur Queiroz (aqui).

4 DE FEVEREIRO POR AMOR À HUMANIDADE!

Martinho Júnior, Luanda

O conhecimento substantivo que há sobre lógica com sentido de vida em benefício de toda a humanidade só é possível desde logo se o ser consciente de racionalidade dialética, materialista e histórica, mergulhar no estudo até às raízes dos processos produtivos transatlânticos fomentadores de escravatura, de colonialismo e neocolonialismo e assumir por inteiro a luta dos que sendo durante tantos séculos oprimidos, são hoje contribuintes fundamentais para a emergência dos equilíbrios globais a que se aspira e para o respeito tão urgente devido à Mãe Terra!

Não há processo contemporâneo justo algum que assim não tenha de ser, num momento em que com as novas tecnologias se expõe, com cada vez mais evidências, todo o passado próximo e remoto, apesar dos riscos “soft power” das alienações e formatações disseminadas pelo afã dos que persistem dominar de forma hegemónica e unipolar!

Fazer com que África desconheça a trajectória dos afrodescendentes do outro lado do Atlântico a fim de impedir a noção da necessidade de luta de libertação, desconhecer aqueles que foram para levados à força e explorados pela força feitos escravos na América (e no Caribe), faz parte do “soft power” do actual processo dominante, não do “soft power” dos que estão vocacionados para o multi polarismo e multilateralidade!

O relacionamento com os poderes de hoje nos estados que foram colonizadores e pretendem neocolonialismo conforme demonstra seu próprio comportamento, mesmo que dê muitas provas dadas durante muito tempo, responde desde logo mentalmente à opressão que vem de longe, de há mais de 5 séculos a esta parte, algo que os expedientes de poder fazem indelevelmente prevalecer!

No que toca às potências coloniais da Ásia Ocidental tanto pior: há quem propague que está num jardim e os outros estão na selva, justificando a continuação da pirataria, do saque e até do “apartheid” contemporâneo em curso!

Sereia alguma pode iludir o Sul Global, muito menos sereias monárquicas, conforme a última tendência em Angola!

Que relacionamento se pode ter com esses bárbaros?

As três datas 4 de Fevereiro com todos os sentidos e emoções palpitando desde o Sul Global transatlântico, são marcos carregados de evidências, de simbolismos e de ensinamentos: com esses marcos os combatentes da luta de libertação onde quer que seja que ela legítima e dignamente tiver de existir, se podem melhor mobilizar na sua dádiva que tanto tem a ver com amplo amor coerente, consequente e intemporal, como com um exercício saudável de inteligência, enquanto prova de multilateralidade e humanidade.

Esse é o sentido da própria Carta da ONU, que o “hegemon” com suas desesperadas regras tanto teima em subverter!

A luta armada de libertação bebe dessa ética, dessa moral, dessa sabedoria e por isso se distingue da ilegitimidade estupidificante da guerra que é da autoria da barbárie agora com essência de “hegemon” tisnado de nazi! 

Os três 4 de Fevereiro são um alimento para as opções justas do presente e quem não se quiser alimentar desse passado honrando-o, é porque, directa ou indirectamente está absorvido pelos expedientes neocoloniais, tornando a paz vazia de sentido antropológico e histórico!

Há três 4 de Fevereiro que além do mais, são anti imperialistas desde a justeza da aplicação da vontade dos oprimidos contra os opressores, pelo que sua chama se apresenta hoje, na hora decisiva do parto da mudança de paradigma para um mundo multipolar e multilateral, integrando as opções próprias de segurança vital comum que toda a humanidade deve buscar, construir e assumir! 

Os que seguem a doutrina neocolonial, qualquer que ela seja nas suas “nuances” (os propósitos não são variáveis), filiada ou não no engenho e na arte da hegemonia unipolar, são a causa da acumulação de todos os desequilíbrios, tensões, conflitos e guerras e, enquanto bárbaros, demonstram a impraticabilidade de diálogo em busca de consensos, por que subvertem todas as letras da essência da democracia!

Essa justeza do Sul Global é tanto mais veemente quanto o “hegemon” de novo agita o espantalho nazi, fascista e (neo)colonial! 

4 DE FEVEREIRO DE 1794, ENTRE OS FRUTOS DA REVOLUÇÃO HAITIANO-FRANCESA

Os ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade só se puderam fazer sentir substantivamente na sua dimensão anti colonial e anti imperial quando tocou a hora da Revolução dos escravos no Haiti, em função dos próprios ideais enunciados desde a raiz da Revolução Francesa.

Entre os oprimidos, os escravos nem eram considerados como seres humanos, ou seja, os mais oprimidos entre os oprimidos, sujeitos a todo o tipo de vexames, miséria, repressão e morte, pelo que os ideais da Revolução Francesa no Haiti foram sentidos como uma inaudita força telúrica, desde o momento das primeiras revoltas em 1791!

Três anos depois delas, as revoltas foram dando espaço ao fermento da Revolução Haitiana, sob comando dos mais esclarecidos e capazes de não só operar vitoriosamente pelas armas, mas com lucidez para detectar as contradições suas e principalmente as do campo adversário, a fim de melhor jogar com elas, pavimentando o caminho da independência do Haiti!

A Revolução dos escravos no Haiti trouxe lições imprescindíveis e por isso continuam a estar na ordem do dia e a ser inspiradoras!

A única aliada de então dos escravos revolucionários, foi a não preparação das forças militares antagónicas para fazer frente a doenças tropicais como a febre-amarela, nem saber avaliar a vontade de Liberdade, Igualdade e Fraternidade dos escravos, que se manifestou além do mais na condução inteligente das opções para cada momento em função da ameaça e dos riscos e tirando partido dum sacrifício indómito nas confrontações, quer nos campos de batalha, quer quando tiveram que partir para a guerrilha ou para a negociação!

A Revolução dos escravos no Haiti foi violenta quando foi necessário usar a violência contra a opressão e repressão das forças dominadoras, mas foi subtilmente inteligente quando foi necessário negociar!

No Haiti foram sucessivamente derrotados os mais poderosos exércitos colonial-escravocratas: o britânico, o francês (Napoleão) e o espanhol!

Os revolucionários haitianos fizeram face a sucessivas guerras, invasões e traições, mas venceram sucessivamente forças que procuraram uma vez mais submetê-los pelas armas ou pelo engano, os exércitos mais bem armados, equipados e terríveis de três das quatro potências coloniais implicadas na América e os poderes mais sinistramente cínicos e hipócritas do momento!

Venceram portanto os contraditórios que traziam o sinal de interesses e conveniências que obstruíam a Liberdade, a Igualdade e a Fraternidade, sedentas de lógica com sentido de vida!

A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, paradigma da Revolução Francesa, tornou-se também bandeira para a Revolução Haitiana, o que conferiu uma dimensão transatlântica, sacudindo teluricamente os poderes dos impérios coloniais de então, cujos ecos se estendem até hoje como bandeira-matriz de todo o Sul Global!

Em princípios de 1794 a Revolução Haitiana, jogando com as contradições do campo adversário, contribuiu para que, com as massas libertárias francesas, se criassem as condições para na Convenção Nacional em Paris se decidir pela Declaração do fim da escravatura no império colonial francês, a 4 de Fevereiro de 1794, dez anos antes do Haiti chegar por fim à independência, proclamada a 1 de Janeiro de 1804!

O fim da escravatura chegou dez anos antes da independência, com os haitianos ainda a ser considerados franceses…

… Julgavam os colonialistas que a sede de liberdade iria ficar por aí!

Para a Liberdade, a Igualdade e a Fraternidade, para que não houvesse dúvidas e espaço para as omissões, ou para as interpretações ou argumentos subversivos de interesses espreitando por detrás dos arbustos, faltava todavia a autodeterminação, a independência e a soberania: as contradições haviam que ser as suas próprias e não as inerentes aos impérios coloniais, ou aos expansionistas dos Estados Unidos que conspiravam a norte por via do genocídio aplicado aos povos autóctones e prolongando a escravatura dos que haviam sido arrancados à força de África e a mão-de-obra barata chinesa que era também empregue na construção dos caminhos de ferro leste-oeste, algumas das ossaturas dessa mesma expansão ao mesmo tempo apanágio da revolução industrial que então despontava!

As contradições inerentes aos estatutos sociais gerados pelos processos produtivos dos regimes colonial-escravocratas, por muito que fossem tentadas e experimentadas, haveriam também de se esbater, esvaindo-se os seus quadros de manipulação! 

O 4 de Fevereiro de 1794 foi a primeira janela de Liberdade, de Igualdade e de Fraternidade aberta pela Revolução Haitiana para todo o Sul Global!

4 DE FEVEREIRO DE 1961 EM ANGOLA, MARCO DA LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE PARA TODA A ÁFRICA SUB-SAHARIANA

Os princípios que se colocavam aos oprimidos angolanos só podiam ser próximos daqueles que foram tão legitimamente evocados com a Revolução dos escravos no Haiti e há uma explicação histórica e antropológica para isso: era o colonial-fascismo português o regime retrógrado que mais se podia aproximar no séculos XX ao carácter dos regimes colonial-escravocratas que começaram a ter seu eclipse no século XIX.

Não chegava substituir a força muscular do escravo pela máquina: aqueles que dominavam deveriam ética e moralmente, depois de formalmente pôr fim à escravatura e ao colonialismo, que fazer tudo para se limparem mentalmente duma forma que jamais houvesse espaço para recriar o neocolonialismo por via dum atroz cinismo, ou duma subversiva hipocrisia!

As culturas do açúcar, do café, do algodão e do tabaco, entre outras mais, exigiram tráfico de escravos e mão-de-obra escrava na América, a fim de todos os excedentes reverterem a favor da riqueza criada nas potências coloniais e só um regime retrógrado poderia ir buscar esse tipo de culturas a fim de sustentar colonial-fascismo em África!

Os regimes retrógrados continuaram muito mais dependentes do músculo humano, porque eram por si incapazes de o substituir pelas máquinas!

Em Angola o regime colonial-fascista português fê-lo com tanto esmero que assim emitiu despudoradamente muitos sinais e evidências, por exemplo: fundou o casco urbano de “Moçâmedes” (nome dum escravocrata), ou transpôs (no sentido geográfico inverso ao tráfico de escravos), o modo de produção similar para as fazendas de café, de algodão e para as açucareiras filtradas até pela polícia política colonial-fascista (conforme os casos mais evidentes da Catumbela, a sul da cidade do Lobito e da Tentativa, no Caxito).

As revoltas de 1961 em Angola, sequência directa da efervescência libertadora desencadeada após a IIª Guerra Mundial, ocorreram nos campos do algodão, nos cafezais e nos ambientes suburbanos de Luanda, onde o antagonismo dos oprimidos para com os opressores eram mais gritantes, até por códigos legais a condizer com o espírito colonial, como a assimilação, o indigenato, os colonatos, as “sanzalas da paz” e o contrato, na essência eram fórmulas “soft power” para tentar esconder escravatura, opressão e repressão, sobretudo das massas angolanas camponesas e suburbanas de então, completamente expostas à devassa!

Os patriotas angolanos agiram e pensaram de forma similar a Toussaint Louverture e a Dessalines dois dos que dirigiram a Revolução dos escravos no Haiti, consolidando as opções de luta libertária, tirando partido dos contraditórios existentes no campo inimigo opressor, mobilizando as classes mais oprimidas pelo colonialismo fascista e de todos os que com maior ou menor grau de consciência tinham aprendido com os outros e consigo próprios, as terríveis lições e o pungente significado da contínua opressão e repressão transatlântica!

O peso substantivo da necessidade de ruptura existiu no Haiti como em Angola!

No 4 de fevereiro de 1961, até as armas dos que desencadearam a luta armada de libertação eram as mesmas (catanas, instrumentos agrícolas) das primeiras revoltas dos escravos no Haiti!

Se em Angola houve espaço e tempo para gerar uma consciência mais contemporânea que fosse capaz de passar a orientar a luta, é preciso não esquecer que no século XX havia fermentado a antropologia cultural típica dos processos e expedientes da Revolução Industrial, mas mesmo assim era retrógrado o colonial-fascismo porque era imposto recorrendo a mão-de-obra de tal modo barata, que de facto era mesmo mão-de-obra escrava!... 

… Todas as potências coloniais se haviam de animar pelo mesmo espírito e bitola em ambas as margens do Atlântico Sul e Central e delas foi possível perceber que a luta armada de libertação só podia vencer se passasse a ser também anti neocolonialista e anti imperialista!...

4 DE FEVEREIRO DE 1992 NA VENEZUELA, A EVOCAÇÃO DE SIMON BOLIVAR PARA A LUTA CONTRA O NEOCOLONIALISMO E IMPERIALISMO

A luta contra o colonialismo na América ocorreu na primeira metade do século XIX sob a inspiração da revolução dos escravos no Haiti (apenas Cuba e Porto Rico são retardatária excepção).

Embora os Estados Unidos se tivessem tornado independentes antes do Haiti, o genocídio dos povos autóctones, a escravatura dos africanos e o expansionismo para oeste eram, à data dessa luta, marcas que denunciavam desde as origens, o carácter do poder instalado em Washington, um poder que começou logo por afectar o México, o Caribe (Cuba e Porto Rico) e as Filipinas!

A noção da necessidade de luta contra o neocolonialismo e o imperialismo foi surgindo em função do expansionismo dos Estados Unidos e da deriva transatlântica das poderosas casas bancárias da aristocracia financeira mundial, ela própria implicada nos processos coloniais surgidos no seguimento da Revolução Industrial.

Não bastou derrotar o colonialismo!

Essa aristocracia financeira mundial lidou na América com a libertação das colónias espanholas tentando sempre subverter a favor do seu domínio, enquanto em África promovia a Conferência de Berlim, retalhando o continente africano, o inerte que sobrava ao seu dispor e de acordo exclusivamente com seus interesses, conveniências e poder! 

O expansionismo dos Estados Unidos na América por via do neocolonialismo, acompanhou a formulação das moedas fortes anglo-saxónicas, a Libra e sobretudo o Dólar… 

O Dólar passou a ser instrumentalizado como veículo para agenciar as oligarquias de feição da aristocracia financeira mundial, que se tornaram fantoches dos processos políticos, económicos e financeiros de domínio, na esteira histórica do expansionismo!

Em África, berço da humanidade e berço do tráfico de escravos transatlânticos, simultaneamente a matriz colonial chegava até à artificiosa divisão e partilha do continente, sem qualquer sinal de ética, de moral e de justo respeito para com os povos africanos!

Como em todo o Sul Global, à aristocracia financeira mundial interessava o saque das matérias-primas e a frenética exploração de mão-de-obra barata, tirando partido das dependências criadas, pelo que após as independências das colónias espanholas, esse processo dominante vocacionava-se enquanto neocolonialismo, fosse através de regimes ditatoriais, fosse através das “democracias representativas” que não passavam de fórmulas expeditas de “levar a água ao seu moinho”!

Na Venezuela, cujo território possui a maior reserva de petróleo do planeta, tudo isso foi humanamente sentido, (sentido também por via económica, financeira e socialmente, neste caso por via duma artificiosa estratificação social), mas em função de sua própria luta libertadora sob a égide de Simon Bolivar e das lições que advinham da fermentação do império dos Estados Unidos em relação ao México, ao Haiti, a Cuba, a Porto Rico e a toda a América, a visão da necessidade duma nova luta de libertação impunha-se.

Essa foi a leitura do jovem Hugo Chavez que desencadeou o projecto duma aliança-cívico militar Boilivariana capaz de revitalizar a libertação do povo venezuelano e abrir, com uma aliança cívico-militar, a democracia à participação e ao protagonismo, ao mesmo tempo capaz de luta contra as oligarquias fantoches que moldavam o neocolonialismo subserviente ao império da hegemonia unipolar, barricadas na deliberadamente formatada “democracia representativa”!

A força telúrica dessa aliança cívico-militar que tanto foi buscar aos ideais de Simon Bolivar teve o primeiro estampido a 4 de Fevereiro de 1992, precisamente na altura em que o neoliberalismo impante sacudia o campo socialista, provocando a implosão da União Soviética, acabando com o Pacto de Varsóvia, destruindo a Jugoslávia e obrigando Cuba Revolucionária ao período especial!...

Todas as resistências foram fragilizadas e tornadas vulneráveis!

O 4 de Fevereiro de 1992 na Venezuela, que foi vitorioso em Maracaibo, Valência e Maracai… e perdeu em Caracas, havia de ser o primeiro estampido da Revolução Bolivariana, despertando a consciência popular e por isso o desgaste do regime corrupto ocorreu a ponto de nos processos eleitorais que se foram seguindo, a expressão Bolivariana ganhar e assumir o poder, dando o salto para a inspiração socialista geradora de resistência e identificando-se com a aliança cívico-militar capaz de democracia participativa e protagonismo, capaqz de luta contra o neocolonialismo e o imperialismo!

“Por ora” havia-se perdido a 4 de fevereiro de 1992, mas o processo revolucionário Bolivariano estava em marcha e para uma América saturada de neocolonialismo, a mudança de paradigma a favor da autodeterminação, da independência, da soberania, de respeito pela Carta da ONU, da multilateralidade e do imenso respeito devido à Mãe Terra, não mais parou!

Há que se avaliar melhor a amplitude da capacidade de libertação que está em curso por todo o Sul Global e, no momento em que a Federação Russa se tonifica no actual processo de luta pelo multilateralismo, a emergência e a cooperação, a memória dos três 4 de Fevereiro é por si uma dádiva de dignidade para toda a humanidade!

Círculo 4F, Martinho Júnior, 12 de Fevereiro de 2023

Imagem da visita de Martinho Júnior ao Mausoléu de Hugo Chavez, inspirador e Comandante da Revolução Socialista Bolivariana – 5 de Março de 2018, Quartel 4F na Montanha, Caracas, capital da Venezuela.

Ligações:

Hino do Haiti – https://www.dailymotion.com/video/x8ffajo;  

Hino de Angola – https://www.youtube.com/watch?v=KgppoKTseoE; 

Hino da Venezuela – https://www.youtube.com/watch?v=pCT67kA7NRk.  

Sem comentários:

Mais lidas da semana