domingo, 5 de novembro de 2023

Gaza | Hamas diz que ataques israelitas mataram "mais de 60" reféns

O exército israelita informou que entrou no sul a Faixa de Gaza, mantendo a ofensiva na região contra o Hamas apesar dos apelos para um cessar-fogo humanitário.

Biden assinala progressos na obtenção de pausa humanitária

O Presidente norte-americano, Joe Biden, assinalou hoje progressos na obtenção da "pausa humanitária" reclamada por Washington para o conflito entre Israel e o movimento islamita Hamas em Gaza.

Questionado pelos jornalistas sobre se havia progressos nessa matéria, Joe Biden respondeu apenas "sim", à saída de uma igreja na cidade de Delaware e levantando o polegar antes de entrar na sua viatura.

A "pausa humanitária" reclamada pelos Estados Unidos destina-se a proteger os civis e a fornecer mais ajuda à sitiada Faixa de Gaza, território palestiniano controlado desde 2007 pelo movimento islamita Hamas.

O Hamas lançou em 07 de outubro um ataque sem precedentes contra Israel, causando a morte de mais de 1.400 pessoas e fazendo 241 reféns, segundo as autoridades israelitas.

Israel tem retaliado com ataques contra Gaza, que já mataram mais de nove mil pessoas, de acordo com o Ministério da Saúde administrado pelo Hamas, movimento classificado pelos EUA e pela União Europeia como uma organização terrorista.

Lusa

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Ricardo Simões Ferreira/DN

Hamas alega morte de mais de 60 reféns devido a ataques israelitas

O porta-voz do braço armado do movimento islamita Hamas alegou hoje que os ataques de Israel contra a Faixa de Gaza causaram a morte de mais de 60 reféns, 23 dos quais ainda sob os escombros.

"Desde 07 de outubro até agora, o bárbaro bombardeamento sionista de Gaza causou a perda de mais de 60 prisioneiros inimigos em Gaza", disse Abu Obeida, porta-voz das brigadas al-Qasam, o braço armado do grupo islamita Hamas.

Em 26 de outubro, Abu Obeida já tinha anunciado a morte de mais de 50 reféns, dos 241 que se acredita estarem nas mãos das Brigadas Al Qasam e de outros grupos armados palestinianos que operam na Faixa de Gaza.

Na breve nota, o porta-voz acrescenta que 23 dos corpos dos reféns continuam desaparecidos sob os escombros dos edifícios e sustenta que é provável que nunca sejam alcançados "devido à contínua e brutal agressão da ocupação contra Gaza".

No entanto, não identifica as vítimas nem avança mais detalhes.

Israel declarou guerra ao Hamas em 07 de outubro, após um ataque massivo do grupo islamita em solo israelita que deixou mais de 1.400 mortos, 5.400 feridos e capturou 241 reféns.

Desde então, as forças aéreas, navais e terrestres de Israel têm atacado o enclave palestiniano, onde já se contabilizam cerca de 9.500 mortos e mais de 24.100 feridos, a maioria crianças e mulheres, de acordo com o ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.

Este anúncio surge um dia depois de o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ter rejeitado um cessar-fogo temporário na Faixa de Gaza se a libertação dos 241 reféns feitos pelo Hamas não for garantida.

Netanyahu fez estas declarações depois de se reunir com o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, que se deslocou à região para tentar negociar uma pausa nos combates.

Lusa

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Ricardo Simões Ferreira / DN

Israel acusa Guterres de duplo standard e de mentir por criticar ataque a ambulância

O embaixador israelita nas Nações Unidas, Gilad Erdan, criticou hoje o secretário-geral da ONU por ter comentado o ataque a uma ambulância em Gaza "ignorando o facto de o Hamas explorar ambulâncias para as suas ações de terror".

Este responsável ainda acusou o português de "mentir relativamente à falta de entrada de ajuda humanitária em Gaza.

No X (ex-Twitter), Gilad Erdan escreve, dirigindo-se a Guterres, que em lugar de querer saber dos factos, "prefere condenar falsamente Israel, enquanto faz dos reféns literalmente uma nota de rodapé. É absolutamente uma desgraça".

E conclui: "Onde estava o seu 'horror' de cada vez que o Hamas atingiu deliberadamente ambulâncias israelitas com RPG e executou paramédicos a sangue frio?

Esta foi a reação à publicação, na mesma rede social, secretário-geral da ONU, deste sábado, em que Guterres escreve ter ficado "horrorizado com o relato do ataque em Gaza a uma caravana de ambulâncias frente ao hospital Al Shifa"

"Agora, após mais de um mês, civis em gaza, incluindo crianças e mulheres, foram cercadas, negadas ajuda e bombardeadas obrigadas a sair de suas casas. Isto tem de acabar,"

Numa segunda publicação, Guterres acrescenta: "Não esqueço os ataques terroristas cometidos em Israel pelo Hamas e os assassinatos e os raptos, incluindo de mulheres e crianças."

"Todos os reféns mantidos em Gaza têm de ser libertados imediata e incondicionalmente."

O exército de Israel reconheceu  na sexta-feira, ter atacado uma ambulância, mas afirmou que se tratava de um veículo que transportava membros do grupo terrorista Hamas.

A utilização deste tipo de veículos por combatentes na região, como forma de iludir os serviços de informações militares, é a antiga e conhecida.

RSF

Diário de Notícias | Imagem: © Mahmud HAMS / AFP

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