sexta-feira, 22 de dezembro de 2023

Vamos ter de gramar durante mais uns meses largos a cachorrada e os mastins


A 'novela' das gémeas luso-brasileiras que o SNS de Portugal ajudou a tentar o milagre (que não aconteceu) continua a servir de estopa para incendiar a política e o que não se devia fazer com "cunhas" mas sim ser por via de processo normal para todos os portugueses e/ou para prestar ajuda a quem precise. A direita decidiu cavalgar o acontecimento e optou por se lançar como gato a bofe ao PR Marcelo e a seguir ao governo, concretamente a Lacerda Sales, então secretário de estado do governo de Costa. Atualmente não larga o osso e vai roendo, roendo, latindo, latindo sem parar. Os órgãos de comunicação social acolheram a tal 'novela' através dos seus escribas e ainda passados tantos meses e meses também não largam o osso. A tal ponto que a matilha continua a reproduzir-se. Espera-se que a este ritmo tão aumentativo ainda descambe num caso de saúde pública por excesso de insalubridade causada por tantos dejectos dos quadrupedes caninos, por raiva e também por sarna, entre outras maleitas.

É isso mesmo, o Curto de hoje também vem afetado outra vez e lá vem o Sales à baila. Béu, béu... Notícia que não é notícia ou que só é devido a tudo fazerem para conservarem a inopinada contenda em banho-maria com vista à longínqua proximidade da data das eleições (10 de março) que o PR Marcelo marcou, aproveitando a boleia da PGR/Ministério Público para chatear António Costa e fazer cair o governo, sabido que é que Costa PM não brinca em serviço com coisas sérias. Já sabem: vamos ter de gramar durante mais uns meses largos a cachorrada e os mastins. Chega.

Chega de chegar ou por este soar de teclas ainda daqui sai um livro de enredos e cenas malaicas de facas e alguidares com cheiros retardados a beduns. Basta. Adiante.

Hoje é véspera de sábado. Estamos também em vésperas de natal, a quadra mais hipócrita da vida em que quase todos alinham e em que os preços sobem, sobem, ainda mais que o balão cantado por Manuela Bravo no Festival da Eurovisão de mil novecentos e troca o passo. Aiiió! Béu, béu...

O Expresso Curto a seguir. Vem embalado em papel manteiga para escorregar melhor. Trás Cadernos. A Economia vem logo à cabeça com todos os pitons apontados aos plebeus famintos desta pseudodemocracia e pseudorepública logo explicitada esta manhã pelo presidente camarário da capital Carlos Moedas - a quem pintaram um memo na fachada do edifício histórico nas merdas e intrigas, golpes e contragolpes ali gizados (a bem da nação, pff) na sua chafarica. Que bom para ele, alentejanito de berço a pastorear os rebanhos de carneirada que por aí abundam. Pintaram de vermelho a fachada com um memo. Destacaram o genocídio em Gaza, implicitamente Netanyhau e sua horda de criminosos, e reivindicaram uma Palestina Livre. Moedas bufou como pão de centeio alentejano acabado de tirar da fornalha. República e democracia, edifício único... aquele pardieiro degenerado que é usufruto duns quantos e não dos lisboetas de facto. Moedas Papo Seco de farinha fina é ele agora. O centeio de antes é só destinado aos plebeus, não aos queques, aos copos de leite e às avantesmas da alta sociedade política, económica e financeira do burgo que se vai assemelhando cada vez mais a um real-casino em que só sempre os mesmos é que ganham e põem e dispõem. O costume, a modos de uma grande alcaponada.

Saltem para o Curto, do Expresso do tio Balsemão Bilderberg. Leiam até nas entrelinhas. Por isso: A TSF está nas lonas tio. Porque será? O Galinha D' Ouro saberá mas não quer dizer. Global Média ou Global Merda? Ora porra! Volta Rangel e todos os "fazedores de antanho da TSF". Foi bom, companheiros, camaradas.

António Veríssimo | Redação PG


Lacerda Sales teve duas reuniões com filho de Marcelo, julgamento de Sócrates pode arrancar em mês de eleições. Expresso nas bancas

Paula Santos, diretora-adjunta | Expresso (curto)

Bom dia!

Esta sexta-feira, em vésperas de Natal, estamos nas bancas com mais uma edição do seu jornal.

E começamos por falar de Justiça e de Política, uma mistura que tanto tem vindo a dar que falar nas últimas semanas e que promete continuar a marcar a atualidade nos próximos meses.

O Tribunal Criminal de Lisboa quer julgar Sócrates no mês das eleições legislativas. São as novidades da Operação Marquês, que se arrasta no tempo. E é por aí que seguimos nos destaques de mais uma edição.

A Justiça ainda avalia recursos pendentes, quer do lado do Ministério Público, quer da defesa do ex-primeiro-ministro, com conclusões previstas para o final de janeiro.

Ainda assim, a expectativa do Tribunal, sabe o Expresso, aponta para um calendário de início do julgamento coincidente com a data prevista para as eleições.
Tudo depende, nesta fase, da decisão de duas juízas do Tribunal da Relação de Lisboa.

Há mais em matéria de Justiça.

No caso Tutti Frutti, haverá novos arguidos no início do ano, políticos incluídos.

O processo acelerou e vai trazer novidades depois da inquirição das últimas testemunhas. Em causa, suspeitas de alegadas trocas de favores entre PS e PSD na preparação das listas das autárquicas de 2017 em Lisboa. Entre os políticos investigados estão Fernando Medina, Duarte Cordeiro e Luís Newton, presidente da concelhia de Lisboa do PSD.

Com as legislativas em contagem decrescente, medimos o pulso às estratégias eleitorais.

No PS, Pedro Nuno Santos cola-se a António Costa. O foco está colocado na ideia de um partido unido, em torno do legado do primeiro-ministro (já mais distante das primeiras ondas de choque da Operação Influencer).

De olhos postos no PS, mas sem vestir a camisola de uma nova versão da ‘geringonça’, a esquerda começa a desenhar uma espécie de “caderno de encargos”.

No PSD, Montenegro ignora Passos e Ventura e recupera a AD. A intenção da liderança laranja passa por não se desviar do rumo traçado, sobretudo no que toca à relação do PSD com o Chega. E andar em frente significa, para o PSD, fechar nova aliança com o CDS.

Há uma guerra aberta na IL por causa da elaboração das listas e ainda pelo posicionamento do partido em relação ao PSD.

E nesta indefinição sobre o futuro político, revelamos ainda que Marcelo Rebelo de Sousa já admite acordos escritos para um futura solução de Governo.

Lacerda Sales revela ao Expresso que se reuniu duas vezes com o filho do Presidente da República, a pedido de Nuno Rebelo de Sousa e que o tema das gémeas luso-brasileiras fez parte da agenda do primeiro encontro. Em entrevista exclusiva, o ex-secretário de Estado da Saúde continua a negar que tenha dado qualquer indicação para um pedido de consulta.

Tribunal dá nacionalidade portuguesa a refém do Hamas. A decisão é o resultado de uma interpretação que aponta para a inconstitucionalidade do decreto-lei que regulamenta a Lei da Nacionalidade.

Urgências mantêm constrangimentos no atendimento, apesar do acordo alcançado entre o SIM e o ministério da Saúde. A indisponibilidade dos médicos em relação às horas extraordinárias continua a ser elevada.

Falta de pedopsiquiatras deixa hospitais sem capacidade de resposta para casos urgentes. Há distritos sem um único especialista.

Há uma sentença judicial que deixa o futebol na incerteza. O Tribunal de Justiça da UE decidiu contra a FIFA e a UEFA, a favor da criação de uma Superliga de Futebol. E agora?

Noite infeliz em Belém. As festividades foram canceladas na cidade onde Jesus nasceu. Belém fica no território palestiniano da Cisjordânia e o presidente da câmara não teve dúvidas: “não podemos celebrar enquanto o nosso povo está a ser morto”. Por estes dias, impera o silêncio.

Antes de passar para o Caderno de Economia, deixo-lhe uma pergunta: há quanto tempo não escreve uma carta? A prática caiu em desuso mas ainda há quem escreva ao Pai Natal.

O impasse provocado pela dissolução do Parlamento e a convocação de novas eleições acaba por ter efeito nos planos empresariais.

No Caderno de Economia, revelamos que a entrada em Bolsa da Luz Saúde só vai concretizar-se depois de ser conhecido o novo Governo.

Tome nota de outros destaques:

Altice Portugal pode vir a ser vendida em parte separadas. As propostas de compra já chegaram a Patrick Drahi. Uma delas coloca António Horta Osório, associado ao fundo americano Warburg Pincus, na corrida.

Mais 2,6 mil milhões a caminho do PRR. O cheque prepara-se para engordar e em breve serão libertadas mais duas tranches. Fazemos o balanço da distribuição da ajuda de Bruxelas.

De céu ao inferno em cinco anos. A ascensão e queda da Farfetch, a evolução em bolsa e o cenário que se segue.

Presidente dos CTT assegura melhoria nos serviços prestados. João Bento rejeita a narrativa de incumprimento e diz que a gestão não se oporia à entrada do Estado no capital.

Com o Natal à porta, fazemos as contas ao consumo do bacalhau. E se em Portugal batemos todos os recordes, é nesta época que os números ganham maior dimensão. Fomos conhecer os dados e os bastidores do negócio.

A importância da Saúde Mental. Especialistas recomendam psicólogos nas empresas, perante o aumento dos casos de depressão e ansiedade.

Estações de comboio desativadas ganham nova vida. Museus, residências e hotéis estão entre a maioria das conversões.

A poesia do silêncio

A entrevista ao Prémio Pessoa, José Tolentino Mendonça, faz a capa da Revista esta semana. O cardeal fala da Igreja, do sacerdócio no feminino, de política e de poesia e revela ainda duas coisas que o Papa Francisco lhe pediu.

Tolentino Mendonça considera que “a palavra” é a maior invenção da humanidade e diz que se olha para a política “de uma forma que não lhe faz justiça”.

Contamos-lhe a história das vítimas mais improváveis da guerra entre Israel e o Hamas. Há milhares de cães a deambular, abandonados, pelas zonas destruídas. O olhar da jornalista Clara Ferreira Alves deteve-se nos animais e nos cidadãos que se dedicam a salvá-los.

Humanizar os direitos humanos. Um ensaio de Rui Tavares para descobrir nesta edição, quando passam 75 anos do nascimento da Declaração Universal de Direitos Humanos.

Utopias que criaram distopias. É Francisco Louçã, o autor deste outro ensaio sobre a procura de uma sociedade perfeita.

A primeira grande exposição sobre a pintura espanhola em Portugal foi inaugurada recentemente no Museu Nacional de Arte Antiga. O Expresso foi descobrir os principais desafios e o trabalho para reunir o espólio.

Concluído o roteiro de alguns dos nossos destaques na edição semanal, tome nota de outros temas da atualidade:

Operação Influencer – Equipa que investiga António Costa no Supremo vai reportar diretamente à PGR, quando sabemos que o inquérito foi dividido em três partes e está a ser investigado por equipas mistas da PJ, PSP e AT.

Tiroteio em Praga fez, pelo menos 15 mortos e mais de 20 feridos. Um jovem de 24 anos, aparentemente inspirado por ataques semelhantes, terá sido o único atacante e está entre as vítimas.

PODCASTS A NÃO PERDER

Miguel Poiares Maduro ao Expresso da Manhã sobre a Superliga: “O Tribunal não dá razão a ninguém

Liberdade para Pensar. A ciência ao serviço da humanidade nos finais do século passado

Miguel Sousa Tavares de Viva Voz: Os civis que pagam a fatura das guerras, a Ucrânia em dificuldades militares e o momento mais negro da história de Israel

Não me despeço sem deixar de lhe desejar excelentes leituras.

Uma ótima sexta-feira, um belo fim de semana e um Natal Feliz, Sempre com o Expresso por perto!

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