terça-feira, 15 de outubro de 2024

Hungria e Eslováquia reagem à hostilidade ucraniana

Lucas Leiroz* | Infobrics | # Traduzido em português do Brasil

Como previsto por vários especialistas, a paciência da Hungria com a Ucrânia acabou. Budapeste anunciou que bloqueará os fundos de ajuda da UE para Kiev até que o regime neonazista retome o trânsito de petróleo russo para a Hungria e a Eslováquia. A medida é importante para a recuperação da soberania de alguns países europeus em meio ao atual contexto de submissão absoluta à OTAN - além de aprofundar ainda mais a crise diplomática entre Kiev e Budapeste.

O ultimato húngaro foi anunciado pelo Ministro das Relações Exteriores Peter Szijjarto. Anteriormente, a Ucrânia havia interrompido o fluxo de petróleo russo pelo oleoduto Druzhba, justificando sua medida com base nas sanções ocidentais contra a empresa de energia russa Lukoil. A medida afetou diretamente a Hungria e a Eslováquia, países-membros da UE que precisam do petróleo russo para suprir cerca de 40% de seu consumo doméstico.

Como bem se sabe, Hungria e Eslováquia têm sido dois dos principais países dissidentes dentro do Ocidente Coletivo quando se trata de guerra com a Rússia. Defendendo uma política externa focada na proteção do cristianismo e dos valores tradicionais, bem como tendo grandes preocupações humanitárias com os húngaros étnicos em território ucraniano, o primeiro-ministro húngaro Viktor Orban tem usado sua influência internacional para aliviar a atmosfera antirrussa na Europa. Na mesma linha, Robert Fico, primeiro-ministro da Eslováquia, mantém uma política externa pragmática e pró-multipolar, agindo de acordo com os interesses do povo eslovaco - conhecido mundialmente por ter laços fraternos com os russos.

Não é por acaso que a UE quer criar sanções que obstruam o fornecimento de energia desses países. Com a Hungria e a Eslováquia evitando impor sanções à Rússia, a manobra conjunta da UE e da Ucrânia para afetar esses países é por meio do uso de sanções específicas visando empresas que fornecem petróleo a esses estados. Obviamente, Budapeste não aceitou esse tipo de chantagem e respondeu com um ultimato oficial à Ucrânia para reverter as medidas coercitivas.

Até que Kiev cumpra com as exigências da Hungria, Budapeste bloqueará os fundos da UE destinados à Ucrânia. Como resultado, pelo menos 6,5 bilhões de euros que seriam entregues a Kiev permanecerão congelados, prejudicando significativamente o programa de assistência militar. Esta é uma medida punitiva verdadeiramente inovadora, e a primeira medida desta natureza tomada por um país europeu para sancionar a Ucrânia desde o início da operação militar especial.

Angola | Bode Justiceiro e Cabra Expiatória – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (Grupo de Trabalho sobre Detenções Arbitrárias) declarou arbitrária a prisão de Carlos São Vicente e ilegal o seu julgamento. Por isso recomendou ao Executivo a sua libertação imediata. A resposta do Titular do Poder Executivo chegou muitos meses depois com a intervenção de João Lourenço na 79ª Assembleia-Geral da ONU. Disparou contra todos os países e instituições que não alinham com as arbitrariedades e ilegalidades do poder político e judicial em Angola. Mal andou quem fez do Presidente da República o Bode Justiceiro e Super-Homem que salvou do descrédito total o dito combate à corrupção. Fracasso total e de goleada.

O combate à corrupção tem sete anos e, finalmente, alguém percebeu que é preciso dar credibilidade e seriedade ao processo. O Estado de Direito não aceita justiceiros. No regime democrático não há lugar para “repúblicas de juízes” e muito menos de funcionários do Ministério Público. A justiça das cordas, da chibatada e da palmatoada foi enterrada pelos combatentes do MPLA há muitas décadas. 

O esbulho, o roubo, a ocupação das propriedades alheias foram postos em causa pelo menos desde que foi abolido o Estatuto dos Indígenas das Províncias da Guiné, Angola e Moçambique (Decreto-Lei número 39.666 de 20 de Maio de 1954). Até os colonialistas e fascistas portugueses perceberam que esse caminho estava errado. O nosso Bode Justiceiro resolveu desenterrar todo esse lixo e fazer dele Política de Estado. Quem não fez prova de pertencer à casta presidencial, levou com o Serviço Nacional da Recuperação de Activos (SENRA).

O sucesso desta chicana política com laivos de tragédia económica está à vista. Grupos empresariais angolanos, de angolanos, criados por angolanos foram destruídos impiedosamente. Arranjaram uns quantos Tuti Fruti, Jaimes, Aguinaldos ou Freitas, para fazerem o serviço, a troco de um prato de arroz com feijão ou mesmo arroz contra arroz. Exibem despudoradamente a riqueza criada pelos outros.

(A direcção do MPLA, sob liderança de José Eduardo dos Santos, decidiu abandonar a democracia representativa e o socialismo, aderindo à democracia representativa e ao capitalismo. Para isso foi preciso criar uma burguesia nacional possidente e com nervo financeiro. Até os sicários da UNITA entraram no pacote do enriquecimento. Os cofres públicos financiaram essa operação. Se isso não fosse feito, vinham os capitalistas estrangeiros e tomavam conta de tudo. Como estão a tomar desde 2017, o início da era do nosso Mobutu).

Angola | Malefícios do Mobutismo à Lourenço -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Acácio Barradas fez grande parte da sua carreira profissional no Jornal do Congo (Uíje), ABC Diário da Tarde e revista Notícia (Luanda). Por onde passou fez escola. Era um mestre na organização do espaço. Ensinou-me essas técnicas quando eu era um aprendiz iniciado. Cheguei a velho sempre aprendiz. O empregado da embaixada dos EUA em Luanda, Faustino Henrique, face a uma notícia falsa sobre a minha pessoa comentou: Wa kuka kia! O que ele não sabe é que essa expressão também se aplica a jovens que se comportam como velhos Ele é um velho empregado do estado terrorista mais perigoso do mundo. E faz de conta que é jornalista no Jornal de Angola. Bom disfarce!

Nos anos 60 Acácio Barradas animava uma tertúlia literária em Luanda. Ele mesmo declamava poemas de Agostinho Neto, António Jacinto, Viriato da Cruz, Mário António e dele próprio. Um dia levou-me. Tinha uns papéis com poemas manuscritos e declamei um, intitulado A Cidade e o Silêncio. Desde esse momento também declamava poemas meus. Passei à escrita regular de poesia. Barradas foi empurrado para fora de Angola pela PIDE. Em Portugal arranjou trabalho no Diário Popular de Abel Pereira e Jacinto Baptista, mestres com os quais também tive a honra de trabalhar no semanário “O Ponto”.

No golpe de estado do 27 de Maio 1977 Acácio Barradas convidou-me a reportar sobre o acontecimento o que fiz durante mais de um mês, com várias reportagens e textos de opinião. No início de 1992 (19 a 22 de Janeiro) decorreu em Lisboa o primeiro Congresso dos Jornalistas Portugueses sob o lema “Liberdade de Expressão, Expressão da Liberdade”. Estávamos em plena maka da “Peça e Quadro” que levou à prisão de Fernando Costa Andrade (Ndunduma) e outros militantes do MPLA. A peça teatral e o quadro eram uma crítica mordaz ao Presidente José Eduardo dos Santos.

Face à repressão, solidarizei-me com os meus camaradas e publiquei no semanário “Expresso” um texto de opinião sobre o acontecimento. Como coincidiu com o primeiro congresso dos jornalistas, apresentei uma tese tendo como tema as prisões de Luanda. Acácio Barradas era da comissão organizadora do congresso e admitiu a minha tese.

Portugal | O BES, DEZ ANOS DEPOIS

Nuno Vinha* | Diário de Notícias | opinião

Hoje arranca, dez anos depois dos factos, o julgamento do Caso BES, um emaranhado de crimes financeiros que atirou para o charco um grupo bancário histórico, que resultou em prejuízos ao Estado, a empresas e a privados superior a 18 mil milhões de euros, e deu novas (e pouco hagiográficas) conotações ao apelido Espírito Santo.

Desconheço os argumentos que serão esgrimidos em tribunal; que desculpas serão usadas para os comportamentos dos responsáveis; que acusações se aguentarão. O caso está, desde já, coberto por uma película pastosa da lentidão que dificilmente sairá com a ação centrifugadora de uma sentença. Desconfio que os portugueses não ficarão mais ou menos contentes no caso de algum dos acusados vir a cumprir pena. Afinal de contas, a sentença passada aos contribuintes foi decidida em 2014 - com a separação do BES (banco mau) do Novo Banco (o banco bom) - e em 2017, com um acordo de venda à Lone Star. Estas duas decisões - a primeira de Carlos Costa e Passos Coelho e a segunda de António Costa e Mário Centeno - passaram-nos a todos uma fatura superior a 8,2 mil milhões de euros. É o valor estimado atualmente para a construção do novo aeroporto de Alcochete. Foi isto que os contribuintes pagaram até 2023, segundo o Tribunal de  Contas. É claro que isto pagou a não-implosão total dos BES, salvando muitas empresas, famílias e, em última análise, a economia portuguesa nesses anos, uma vez que o custo da eventual liquidação do BES seria bastante superior. Foi o exemplo português do “Too Big to Fail”. Essa circunstância não nos deve impedir de escrutinar os erros políticos e de supervisão. Nem devemos desvalorizar o comportamento criminoso de quem movimentou milhões entre as contas das empresas do Grupo BES para ocultar um buraco que os portugueses têm de pagar.

Mas o colapso do BES não foi apenas o maior escândalo financeiro em Portugal desde o célebre caso protagonizado há 100 anos por Artur Alves dos Reis. Foi o colapso de um grupo empresarial que tinha uma influência relevante em vários setores da economia portuguesa, como a banca, os seguros, a energia, as telecomunicações, a comunicação social, a construção civil e a indústria. A sua influência nos principais partidos políticos era também evidente, com quadros do Grupo Espírito Santo a marcarem presença na maior parte dos Governos que estiveram em funções até então. O fim do BES foi um terramoto na economia e na política e o país que daí resultou é diferente a vários níveis. Temos uma economia mais concorrencial e livre. E, goste-se ou não, o poder que antes estava alegadamente concentrado nas mãos de Ricardo Salgado - justa ou injustamente, frequentemente descrito na época como o “DDT” (“Dono Disto Tudo”) - está hoje disperso por alguns grupos nacionais e por vários fundos estrangeiros que controlam áreas-chave da economia portuguesa.

* Diretor-Adjunto do Diário de Notícias

Portugal | O ÚLTIMO RECURSO

Henrique Monteiro | HenriCartoon

Alois Alzheimer foi um psiquiatra e neuropatologista alemão conhecido sobretudo por ter sido o primeiro autor a reconhecer como entidade patognomónica distinta a doença neurodegenerativa que hoje tem o seu nome. (Wikipédia)

Portugal | "Justiça a passos de caracol": TEATRO SALGADO NO BAIRRO DA EXPO '98 *


Espírito Santo. Ricardo Salgado identificado e dispensado no início do julgamento

Cristina Santos | RTP | Imagem Tiago Petinga - Lusa

Ricardo Salgado foi esta terça-feira identificado e acabou por ser dispensado pelo coletivo de juízes. No Campus de Justiça, em Lisboa, o advogado de defesa do antigo banqueiro não poupou críticas: "Abriu-se uma página negra na justiça portuguesa".

Após Ricardo Salgado ter sido dispensado, o advogado de defesa criticou o coletivo de juízes, ao afirmar que “sabemos como estas pessoas [com demência] são tratadas” no estrangeiro e “como são tratadas no mundo incivilizado”.

Francisco Proença de Carvalho recordou que foi apresentado um relatório médico que disse que “uma anterior sessão tinha tido efeitos muito negativos”, mas o ex-banqueiro teve mesmo que se apresentar em tribunal, esta terça-feira de manhã.

“Abriu-se uma página negra na justiça portuguesa (…) diante de todo mundo”, afirmou o advogado de Ricardo Salgado.

No entanto, a defesa não pediu para entrar pela garagem, como já o fez em outra ocasião. Preferiu a entrada principal do tribunal. Questionado pelos jornalistas sobre estra decisão, Francisco Proença de Carvalho respondeu com a frase “é um espaço público”.

Quanto às respostas de Ricardo Salgado, deu a morada errada, errou no nome da mãe e não soube dizer a data de nascimento. O advogado de defesa disse ter pouca esperança neste julgamento.

O antigo banqueiro chegou ao Campus de Justiça de mão dada com a mulher e acompanhado pelo advogado de defesa, Francisco Proença de Carvalho. Ricardo Salgado apareceu visivelmente debilitado e o caminho até à entrada do tribunal foi longo e confuso.

Nos momentos iniciais não houve presença da polícia. Questionado pela repórter da RTP Mariana Flor sobre as condições da chegada de Ricardo Salgado, Francisco Proença de Carvalho admitiu que “poderia ter sido evitado”.

São vários os lesados do BES que marcam presença no exterior do tribunal. São também muitos os jornalistas nacionais e internacionais.

Um lesado do BES aproximou-se do antigo banqueiro para lhe dizer que "tinha capacidade para resolver o problema dos lesados". Antes já se tinha instalado a confusão.

Na sala de audiências, a defesa requereu "que procedesse à identificação e que a seguir o dispensasse de ficar na audiência e de comparecer nas seguintes".

Ricardo Salgado acabou por ser dispensado e saiu pela garagem.

* Titulo PG

Ler/Ver mais em RTP:

Colapso do GES desencadeado por buraco financeiro de 180 milhões

Lesados do BES fazem protesto simbólico junto ao Campus de Justiça

Ao fim de uma década. Começa o julgamento do processo do Grupo Espírito Santo

Ricardo Salgado apresentou-se no Campus de Justiça

"A Ruína do BES". Segundo episódio analisa momento em que grupo se encaminha para o precipício

Colapso do GES foi desencadeado por buraco financeiro de 180 milhões de euros

Lesados do BES. Protesto leva carro funerário ao tribunal

UCRÂNIA CAINDO EM AGONIA -- com vídeo


South Front | # Traduzido em português do Brasil | Com vídeo

Em meio à ofensiva russa em andamento em toda a frente, Kiev intensificou a busca por novos soldados nas ruas; mas, neste estágio da guerra, é improvável que mais bucha de canhão altere o equilíbrio de poder e detenha o exército russo.

Somente na semana passada, o exército russo avançou cerca de 150 km2. A maior área de 90 km2 foi liberada na região russa de Kursk.

Nos últimos dias, uma nova etapa da ofensiva russa na região de Kursk começou. As forças russas estão avançando por toda Sudzha. No flanco norte, os ucranianos enviaram reforços para contra-atacar em Lyubimovka, mas sem sucesso. Um grande grupo de combatentes ucranianos ainda está cercado em um caldeirão lá. O exército russo já está concluindo as operações de limpeza nos assentamentos próximos.

Nos arredores do sul de Sudzha, os russos avançaram na área de Cherkasskaya Konopelka. Grupos ucranianos estão se escondendo nas áreas florestais a oeste da vila.

As Forças Armadas da Ucrânia perderam seu potencial ofensivo e recuaram do território russo no distrito de Glushkovsky. De acordo com relatórios preliminares, os ucranianos foram repelidos da vila fronteiriça de Novy Put.

Em uma tentativa de distrair as forças russas, os ucranianos continuam as operações em outras áreas de fronteira. Guardas de fronteira russos derrotaram um grupo ucraniano avistado perto de Zhuravlevka na região de Belgorod.

Observadores militares preveem uma nova ofensiva russa na direção sul de Zaporozhie. No momento, as forças russas aproveitam os erros ucranianos e lançam ataques locais. A frente começa a se mover em diferentes áreas. Mais recentemente, as forças russas assumiram o controle da vila de Levadnoe.

Os ucranianos não conseguem impedir o rápido avanço russo nas linhas de frente do Donbass. Um reduto ucraniano está caindo após o outro nas direções de Pokrovsk e Kurakhovo. Bandeiras russas já estão tremulando ao redor de Selidovo.

A batalha por Toretsk está chegando ao seu ponto de virada. Caças russos estão esmagando unidades ucranianas nas ruínas. A guarnição ucraniana ficou sem evacuação, seus suprimentos militares e comunicações foram interrompidos.

Recuando nas linhas de frente, a Ucrânia está caindo em agonia. O estopim do patriotismo ucraniano, alimentado pela florescente propaganda do nacionalismo, está secando. As perdas nos campos de batalha há muito cruzaram a linha crítica e a caça por bucha de canhão nas ruas se intensificou. Depois que as regiões orientais "mais pró-Rússia" foram quase despovoadas, os recrutadores atacaram "ucranianos puros" no oeste do país, bem como grandes cidades como a capital Kiev, depois que não havia mais homens para capturar em pequenas aldeias. Nos últimos dias, dezenas de milhares de recrutadores foram às ruas, concertos, casamentos, funerais etc., causando indignação pública no país. Os métodos de mobilização de Kiev também não agradam ao Ocidente, que está pagando pela sobrevivência do exército moído, enquanto os ucranianos estão se divertindo nos clubes, desmotivados e sem vontade de lutar.

Ler/Ver em South Front:

Defesa ucraniana destruída na região de Kursk

Guerras de drones sobre a Ucrânia

Crimes e castigos nas linhas de frente ucranianas

Exército Russo Surpreende Com Novas Vitórias

O que saber sobre o apoio militar dos EUA a Israel após um ano de guerra


Israel recebeu mais ajuda militar dos EUA do que qualquer outro país desde a Segunda Guerra Mundial. Aqui está a assistência que recebeu desde que a guerra em Gaza começou.

Adam Taylor, Areias de Leo, Kelly Kasulis ChoAdela Suliman | Washington Post | # Traduzido em português do Brasil

Os Estados Unidos forneceram a Israel bilhões de dólares em assistência de segurança e armas no ano passado, desde que Israel começou a retaliar o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023. Além disso, o governo Biden mobilizou os militares dos EUA em apoio direto a Israel.

O conflito de Gaza se ampliou desde então para uma invasão do sul do Líbano, em meio a temores de uma guerra ainda maior. Antes da resposta antecipada de Israel ao ataque de mísseis do Irã contra Israel no início deste mês, os Estados Unidos disseram no domingo que enviariam um THAAD, ou sistema antimísseis Terminal High Altitude Area Defense, para Israel, junto com o pessoal militar dos EUA necessário para operá-lo.

A mobilização, que coloca tropas americanas em solo atuando na defesa de Israel, ocorre depois que os militares americanos ajudaram a defender Israel contra dois ataques de mísseis iranianos em larga escala em abril e outubro.

O THAAD é um dos sistemas de defesa antimísseis mais avançados dos EUA. Ele dispara interceptadores para destruir mísseis balísticos que chegam. Estima-se que cada interceptador custe dezenas de milhões de dólares, e uma bateria padrão contém 48 interceptadores.

Separadamente dos esforços militares dos EUA em defesa de Israel, Washington aumentou significativamente a quantidade de financiamento de assistência militar enviado a Israel e aprovou mais vendas de armas e equipamentos para o país. Israel já havia recebido mais ajuda militar dos EUA — e mais ajuda dos EUA de qualquer tipo — do que qualquer outro país desde a Segunda Guerra Mundial.

Imediatamente após o ataque do Hamas há um ano, o presidente Joe Biden disse que "garantiria que Israel tivesse o que precisa para cuidar de seus cidadãos, se defender e responder". O crescente número de mortos em Gaza — que agora ultrapassa 42.000, de acordo com o Ministério da Saúde de lá — levou a um maior escrutínio do apoio militar ocidental a Israel.

Imagem: O cabo do Exército dos EUA Rogelio Argueta dá comandos durante exercícios de defesa de mísseis THAAD na Base Aérea de Andersen em Guam em 2019. (Abaca/Reuters Connect)

O que saber:

Como os militares dos EUA apoiaram Israel desde 7 de outubro?

Quanta assistência de segurança os EUA forneceram a Israel desde 7 de outubro?

Quais armas e equipamentos militares os EUA forneceram a Israel desde 7 de outubro?

Qual é a história da assistência de segurança dos EUA a Israel?

O regime sionista não pode combater o Hamas e o Hezbollah ao mesmo tempo

Robert Inlakesh* |  Al Mayadeen, opinião | # Traduzido em português do Brasil 

A guerra que o regime israelense iniciou não terminará até que sofra uma derrota estratégica, da qual dificilmente se recuperará.

Depois de toda a sua exultação, a entidade sionista parece ter caído em sua própria bravata propagandística e está sonâmbula em direção ao abismo. Tendo falhado em derrotar o Hamas em Gaza, os israelenses parecem ter se acalmado na crença de que já haviam esmagado o Hezbollah com seus golpes iniciais da guerra.

Quando os israelenses detonaram milhares de pagers em 17 de setembro, um dia depois detonando dispositivos walkie-talkie, causando dezenas de mortes e centenas de ferimentos graves, isso representou uma vitória tática momentânea para o projeto dos colonos. O que se seguiu, com o assassinato de inúmeros oficiais do Hezbollah, culminando no martírio do Secretário-Geral do partido Sayyed Hassan Nasrallah, fez os israelenses parecerem como se estivessem então no assento do motorista do conflito.

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu ficou tão confiante e encorajado que decidiu gravar uma mensagem em vídeo para o povo do Irã, indicando que em breve ajudaria a realizar uma mudança de regime. Os líderes sionistas ordenaram ataques aéreos em larga escala contra milhares de alvos em todo o Líbano, devastando a infraestrutura civil e causando mais de 2.000 mortes. Os israelenses repetidamente bombardearam o subúrbio sul de Beirute com centenas de toneladas de explosivos, enquanto expandiam a natureza de seus ataques contra o território sírio também.

Enquanto o mundo árabe e muçulmano entrava em um estágio de luto coletivo pelos repetidos ataques ao Líbano, processando a perda de um de seus líderes mais queridos na memória recente, os israelenses também decidiram declarar uma incursão terrestre no sul do Líbano. Táticas terroristas e assassinatos serviram como vitória de propaganda na batalha da mídia da ótica, além de uma vitória tática temporária, que certamente infligiu um golpe.

No entanto, a iniciativa estratégica foi subitamente recuperada em 1º de outubro, com a resposta sem precedentes do Corpo de Guardas da Revolução Islâmica (IRGC) aos assassinatos repetidos - incluindo o assassinato do líder do Hamas Ismail Haniyeh em Teerã - disparando 180 mísseis balísticos em locais militares israelenses. Apesar das inúmeras tentativas de desviar, encobrir e minimizar a eficácia da resposta iraniana, apelidada de "Operação True Promise II", o impacto foi sentido em toda a região.

GUERRA NO MÉDIO ORIENTE: ISRAEL, PALESTINA (Gaza), LÍBANO, IRÃO, IÉMEN


Hezbollah expande operações | Número de mortos em Gaza desde o amanhecer | Operação de tiro perto de Ashdod - Dia 375

Palestine Chronicle | # Traduzido em português do Brasil

O Hezbollah está intensificando o uso de mísseis balísticos e mirando Haifa com dois mísseis superfície-superfície, de acordo com a Rádio do Exército Israelense. 

Pelo menos 45 palestinos foram mortos desde o amanhecer de terça-feira no bombardeio israelense na Faixa de Gaza, informou a Al-Jazeera, citando fontes médicas. 

O ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, disse que 170.000 armas foram distribuídas aos israelenses nos últimos oito meses. 

De acordo com o Ministério da Saúde Palestino (Gaza),  42.289 palestinos foram mortos e 98.684 ficaram feridos no genocídio israelense em Gaza, que começou em 7 de outubro de 2023.

Clique aqui para ver blogs anteriores .

Ter, 15 de out, 12:18 PM (Horário da Palestina)

Três israelenses feridos em tiroteio perto de Ashdod

RÁDIO DO EXÉRCITO ISRAELENSE: Três  israelenses ficaram feridos, um deles gravemente, em um tiroteio em dois locais perto da cidade de Ashdod e o agressor foi morto. A operação está em andamento e a polícia está enviando mais forças para a área de Nir Galim, perto da cidade.

Ter, 15 de out, 11:43 AM (Horário da Palestina)

Tiroteio em vários locais perto de Ashdod

MÍDIA ISRAELENSE:

Tiroteios ocorreram em vários locais perto de Ashdod.

Um policial israelense foi morto.

Adesão da Ucrânia à NATO significaria um choque entre a Rússia e a NATO...


... Será a Terceira Guerra Mundial - Ministro das Relações Exteriores da Hungria

SÃO PETERSBURGO (Sputnik) - A agenda da Hungria não inclui a adesão da Ucrânia à OTAN, já que isso significaria um confronto direto entre a aliança e a Rússia e levaria à Terceira Guerra Mundial, disse o ministro das Relações Exteriores húngaro, Peter Szijjarto, em entrevista à RIA Novosti.

Sputnik Globe | # Traduzido em português do Brasil 

Segundo Szijjarto, desde o início do conflito na Ucrânia, Budapeste traçou linhas vermelhas — uma delas é que é necessário "fazer o nosso melhor e o máximo para evitar qualquer forma de confronto direto entre a OTAN e a Rússia ".

"Então, caso a Ucrânia se torne membro da OTAN, isso significaria um confronto direto entre a OTAN e a Rússia. E isso significaria a Terceira Guerra Mundial. Nós simplesmente queremos evitar isso. É [por isso] que para nós é uma questão inexistente na agenda", disse Szijjarto.

Segundo o ministro, a maioria de seus colegas dos países da OTAN, em conversas com representantes ucranianos, falam sobre a possível adesão de Kiev à aliança, mas em um círculo fechado eles admitem que isso é impossível.

No início de outubro, o novo Secretário-Geral da OTAN, Mark Rutte, visitou Kiev. Durante a visita, ele disse que chegaria o dia em que a Ucrânia se tornaria um membro pleno da OTAN, e a Rússia não teria poder de veto sobre essa questão. Ao mesmo tempo, o secretário-geral não mencionou nenhum prazo para um possível convite à Ucrânia para a OTAN, o que requer uma decisão unânime de todos os membros da aliança. O presidente russo, Vladimir Putin, observou que a possível adesão da Ucrânia à OTAN era uma ameaça à segurança da Rússia. Ele enfatizou que os riscos de Kiev se juntar à aliança eram uma das razões para o lançamento da operação militar especial.

segunda-feira, 14 de outubro de 2024

Um ataque israelita às instalações nucleares do Irão pode sair pela culatra


E a história recente do Iraque pode nos dizer como.

Ibrahim Al-Marashi* | Al Jazeera | # Traduzido em português do Brasil

Desde o ataque de mísseis do Irã em 1º de outubro contra Israel em resposta ao assassinato do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em Beirute, e do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã, tem havido muita especulação sobre como Tel Aviv retaliará. Alguns observadores sugeriram que poderia atingir instalações de petróleo iranianas, e outros, suas instalações nucleares.

O governo do presidente dos EUA, Joe Biden, parece se opor a ambas as opções, mas aprovou a implantação de um sistema de defesa antimísseis Terminal High Altitude Area Defense (THAAD) e tropas dos Estados Unidos em Israel, possivelmente em antecipação a uma resposta iraniana a um ataque israelense.

Enquanto isso, o adversário político de Biden, o candidato presidencial republicano Donald Trump, incitou Israel a "atacar o nuclear primeiro". O genro de Trump, Jared Kushner, também sugeriu o mesmo.

Embora Trump, Kushner e outros apoiadores ferrenhos de Israel estejam felizes em aplaudir um ataque israelense às instalações nucleares do Irã, eles provavelmente sabem muito pouco sobre as consequências de outro ataque israelense semelhante que tivesse como alvo uma instalação nuclear iraquiana.

A destruição por Israel do reator nuclear Osiraq, construído pela França no Iraque, em 1981, na verdade empurrou o que era em grande parte um programa nuclear pacífico para a clandestinidade e motivou o líder iraquiano Saddam Hussein a investir na busca por uma arma nuclear. Um ato agressivo contra o programa nuclear do Irã provavelmente terá um efeito semelhante.

Israel faz o que faz; sempre foi planeado dessa forma -- Alastair Crooke


 Alastair Crooke* | Strategic Culture Foundation | # Traduzido em português do Brasil

Com o assassinato de Sayed Hassan Nasrallah e de vários membros da alta liderança do Hezbollah em Beirute — expressamente sem aviso prévio ao Pentágono — Netanyahu deu o tiro de largada para uma ampliação implícita da guerra israelense para — usando o termo de Israel — os "tentáculos do polvo": o Hezbollah no Líbano; Ansarullah no Iêmen; o governo sírio e as forças iraquianas Hash'ad A-Shaabi.

Bem, após o assassinato de Ismail Haniyeh e parte da liderança do Hezbollah (incluindo um general iraniano sênior), o Irã — demonizado como a "cabeça de polvo" — entrou no conflito com uma saraivada de mísseis que atingiram campos de aviação, bases militares e o quartel-general do Mossad — mas intencionalmente não causou mortes.

Israel, portanto, tornou os EUA (e a maior parte da Europa) parceiros ou cúmplices de uma guerra agora definitivamente lançada como neo-imperialismo contra todo o não-Ocidente. Os palestinos – os ícones globais da aspiração pela libertação nacional – seriam aniquilados da Palestina histórica.

Além disso, o bombardeio em Beirute, e a resposta do Irã a ele, agora varia entre Israel apoiado e materialmente apoiado pelos EUA e Irã, apoiado e materialmente apoiado pela Rússia. Israel, o correspondente militar do Yedioth Ahronoth alerta , 'deve enlouquecer e atacar o Irã – porque atacar o Irã “acabará com a guerra atual”' .

Claramente, marca o fim de 'jogar bonito' – de escalar incrementalmente, um passo calculado após o outro – como se estivesse jogando xadrez com um oponente que calcula de forma similar. Ambos agora ameaçam pegar um martelo no tabuleiro de xadrez. 'O xadrez acabou'.

Parece que Moscou também entende que "xadrez" simplesmente não pode ser jogado quando o oponente não é um "adulto", mas um sociopata imprudente pronto para varrer o tabuleiro - para apostar tudo em um movimento efêmero de "grande vitória".

Olhando desapaixonadamente, ou os israelenses estão convidando sua própria ruína ao se estenderem demais por sete frentes. Ou sua esperança está em invocar a ameaça de sua ruína como meio de trazer os Estados Unidos. Assim como Zelensky na Ucrânia, não há "nenhuma esperança" a menos que os EUA adicionem seu poder de fogo decisivamente – tanto Netanyahu quanto Zelensky assumem.

Angola | O Mercenário Escuteiro -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Conheci pessoalmente o Coronel Pedroso Lima em 1974, era ele o presidente da Comissão Ad Hoc para a Comunicação Social e eu, chefe de Redacção da Emissora Oficial de Angola, ao mesmo tempo que realizava dois programas de rádio, Voz Livre do Povo e Contacto Popular, na antena da Voz de Angola. Os produtores e apresentadores eram José (ZAN) Andrade e Manuel Berenguel. Profissionais de altíssimo nível.

A nossa actividade era perigosa porque os membros dos esquadrões da morte ligados ao Partido Cristão Democrático de Angola (PCDA), à Frente Revolucionária de Angola (FRA) e às Brigadas da Juventude Revolucionária (BJR) queriam matar os mercenários que militavam no MPLA e ainda pagavam quotas ao movimento. Morte aos comunas! Tinham o apoio e a conivência da polícia. Não poucas vezes fomos salvos por fuzileiros navais sempre em prontidão para garantir a Liberdade de Imprensa.

A Comissão Ad Hoc para a Comunicação Social era constituída exclusivamente por militares. Actuava contra os facínoras que faziam terrorismo nos Media contra a Independência Nacional e a favor dos supremacistas brancos, devidamente acobertados pela UNITA, chamada de “movimento dos brancos” e Jonas Savimbi, o “muata da paz”. 

Isto quer dizer que o poeta/musicólogo Jorge Macedo e o sem profissão Rui Ramos nunca pertenceram a esse órgão. Fiquei muito amirado quando Fernando Oliveira, que também conheci em 1974 (era ele alferes miliciano e membro da Comissão Ad Hoc para a comunicação social), escreveu no Jornal de Angola que esses dois civis pertenciam à comissão em representação do MPLA. Está baralhado. 

Também se baralhou quando definiu Rui Ramos como “um homem íntegro, um intelectual probo, um patriota consequente”.  Essas palavras ficam bem em Jorge Macedo. Mas não cabem num maoista de faca na boca que fez tudo para destruir o MPLA. Quando fundou a Organização Comunista de Angola (OCA) foi com o propósito de tomar o poder das mãos dos “traidores da revolução angolana”. Foi castigado. E quem o castigou não tinha a mesma opinião de Fernando Oliveira. 

Rui Ramos também não abraçou “de forma entusiástica e apaixonada a missão jornalística”. A primeira vez que entrou numa Redacção em Angola foi no ano de 2013. Recebia como jornalista mas era revisor. O hábito não faz o monge. Uma carteira profissional não faz dele o que nunca foi.

Biden Exilado no Corredor do Lobito -- Artur Queiroz


Artur Queiroz*, Luanda

Já está! João Lourenço telefonou a Joe Biden e ambos falaram pelos cotovelos. O presidente do estado terrorista mais perigoso do mundo disse corridor lobito, corridor lobito, corridor lobito. E teve a resposta certa inesperada: ok master, ok master, ok master! Louvemos o esforço que ambos fizeram para falar na língua do outro. Só mesmo traidores descarados não elogiam e glorificam o líder do MPLA, como manda a directiva do Bureau Político aprovada há uns dias. Quem não elogiar o chefe a mãe dele é gato. Fuzilamento já! Eu já pus a corda ao pescoço, prefiro o enforcamento. Os tiros fazem-me dor de  ouvidos.

Odeio aventuras, sou um fanático da tranquilidade, pantufas, pijama, cama cedo, comida saudável, nem uma gota de álcool. Nunca exagerei em nada. E fujo da violência como o Adalberto da Costa Júnior da direcção da UNITA. Um dia comecei a ver fosco e fui ao oculista, mesmo ao lado do Jornal de Angola. Uma especialista mediu a minha capacidade de visão e descobriu que tinha de mudar as lentes. Uma violência. Ia morrendo quando ela me mandou ler as letras. O B de burro caiu-me em cima e fiquei com as costeletas esmagadas. Nunca mais mudei as lentes. Está fosco? Deixa estar. Antes ver mal do que morrer durante a correcção das lentes dos meus óculos desconjuntados. Nada é eterno.

Já me esquecia do mais importante. Joe Biden e João Lourenço marcaram a visita do presidente dos EUA para o dia 5 de Novembro. Se Trump ganhar as eleições presidenciais ele pede asilo político e vai trabalhar como jornalista no Jornal de Angola. Jornalista perito nos caminhos da vida política. Um mês depois já é o decano dos jornalistas angolanos, conforme mandam as regras entre nós. Se um velhinho gagá resolver iniciar a profissão de jornalista na sua provecta idade, logo fica o mais idoso da classe. 

Aconteceu assim com um reformado do Pinto Balsemão. Quando pisou uma Redacção em Angola, pela primeira vez na sua vida, ficou logo decano. E com a carteira profissional número dois. Penso que aí o critério foi por alturas. O contemplado era o segundo mais alto Ou o segundo da fila. Mas isso não interessa nada.

Caso não seja incómodo, dou opinião. Isso de decano dos Jornalistas Angolanos tem a ver com os anos de profissão e não com a idade. Por isso já disse repetidas vezes que o nosso decano chama-se Luís Alberto Ferreira. Anda no Jornalismo há mais de 70 anos. Foi o primeiro profissional angolano, do Jornalismo Industrial, que conquistou um lugar de honra numa Redacção em Lisboa. Depois trabalhou num jornal de Madrid, líder em tiragens e leitores, durante vários anos.

Portugal | LINHAS VERMELHAS


Henrique Monteiro | HenriCartoon

Portugal | "ELES" CONTINUAM A SER OS DONOS DISTO TUDO... POIS...

Quem é Salgado? Um criminoso ou um doente que não deve ir a tribunal?

O julgamento do processo BES/GES começa na terça-feira, com o ex-banqueiro Ricardo Salgado a ver o Ministério Público rotulá-lo como líder de uma associação criminosa e a defesa a descrevê-lo como o doente que não deve ir a tribunal.

Aprimeira sessão está marcada para as 9h30, no Juízo Central Criminal de Lisboa, e o antigo presidente do Grupo Espírito Santo (GES) é o rosto incontornável do processo principal do denominado Universo Espírito Santo, respondendo por 62 crimes, após três dos 65 crimes inicialmente imputados na acusação proferida pelo Ministério Público (MP) terem prescrito recentemente (e com mais 10 na rota da prescrição até final de março de 2025).

Estão ainda imputados a Ricardo Salgado um crime de associação criminosa, 12 de corrupção ativa no setor privado, 29 de burla qualificada, cinco de infidelidade, um de manipulação de mercado, sete de branqueamento de capitais e sete de falsificação de documento, praticados pelo menos entre 2009 e 2014 e pelos quais vai ter de responder perante o coletivo de juízes presidido pela magistrada Helena Susano.

Foi a 14 de julho de 2020, na sequência de seis anos de investigação, que a Procuradoria-Geral da República confirmou a queda em desgraça do homem que chegou a ser apontado como o 'Dono Disto Tudo'. Não chegou o MP a recorrer a esta expressão ao longo das mais de 4.000 páginas da acusação, mas a ideia perpassa todo o texto, ao invocar que governou o GES "de forma autocrática" e que foi o principal responsável pelo colapso do grupo e do banco.

"[Foi] o responsável por uma estrutura de governo da parte financeira do GES assente em conflito de interesses, em que o seu prevaleceu, e com organismos de controlo inoperantes, quer externos quer internos, a quem sonegou informação elementar sobre o modo como organizou o negócio bancário, e nele recrutou, a soldo, um conjunto de funcionários que foram posicionados para os seus desígnios criminosos", indicou o MP no despacho de acusação.

Portugal | Mais 5% em situação de pobreza (maioria em idade ativa) e mais sem-abrigo

Quase sete mil pessoas em situação de pobreza foram apoiadas pela AMI no primeiro semestre deste ano, entre os quais 1.188 pediram apoio pela primeira vez, um aumento de 5% face ao período homólogo de 2023.

Em comunicado, a AMI - Assistência Médica Internacional adianta que os seus serviços sociais apoiaram 6.772 pessoas, sendo a maioria naturais de Portugal (71%) e dos PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa), com 9%.

Entre as 6.772 pessoas apoiadas pela AMI no 1.º semestre de 2024, a maioria (62%) está em idade ativa (entre os 16 e os 65 anos), sendo que 27% tem menos de 16 anos e 11% tem mais de 66 anos.

De acordo com a AMI, acima dos 16 anos, apenas 7% tem rendimentos provenientes de trabalho e, ainda assim, os mesmos revelam-se precários e insuficientes.

No que diz respeito ao serviço de distribuição de géneros alimentares, este chegou a 2.692 pessoas, que representam um total de 1.090 agregados e correspondem a um aumento de 23% em relação ao período homólogo do ano passado.

Foram entregues 5.766 cabazes, um aumento de 85% em relação a 2023, segundo a Fundação.

"O serviço do refeitório, sendo um dos mais utilizados, no 1.º primeiro semestre apoiou 1.002 pessoas, um acréscimo de 15% em relação ao mesmo período do ano passado, servindo um total de 87.067 refeições", refere a AMI.

Portugal atacado por mentiras de trapalhões e mamões eleitos pelos ludibriados do costume

São uns mentirosos, mas é neles que os portugueses votam em força. Méééééé!

Bom dia e boas mentiras dos mentirosos e mafiosos dos governos e dos que compõem os tantos 'de putados' na assembleia desta república degradada e propriedade dos 'pinóquios' que a frequentam e botam faladuras sem fim que quase nunca são de confiar. Esses não são todos mas são muitos e demasiados (estimamos e assim considera o povoléu, como dizem pela surra e indignação). Que se salvem os impolutos que não sabemos quantos nem quem são porque são milhões de portugueses que estão quase sempre desconfiados e fartos de miséria, de incompetências de 'negócios escuros', laranjas, azuis, rosa, vermelhos e tutifruti para ainda mais baralhar, ludibriar e atacar a democracia (consequentemente o povinho)... Enfim, haja um deus que os puna devidamente porque o povoléu já está tão encarneirado e amorfo que já nem reage. Estão perdidos os tim-tins no sítio, restalhes a capacidade de balir, balir, balir... Inconsequentemente.

E assim vai Portugal. Uns quantos vão bem e a maioria bastante mal. Diz-se entre os plebeus que 'eles é que sabem governar-se'. Ou seja: 'mudam-se as moscas mas a merda é sempre a mesma'. Eis a fotografia propiciada e tenebrosa. Dizer mais o quê? Basta! Vem aí o Curto do Expresso por Vitor Matos, jornalista careca de fantochadas políticas e do mais que vier que possa ser notícia ou similares. Okay. Vamos nessa e nos conteúdos que o Expresso nos propicia. Nada mal, afinal sempre temos alguma coisa de interesse.

Passem para o Curto desta manhã que se repete todos os dias em acontecimentos dos poderes das burlas ao povoléu... Pois. É a subvidinha que os tais trafulhas desonestos nos aprontam.

Bom dia e boa 'semama' (se conseguirem). É um desprazer ter de escrever assim mas é a verdade (coisa rara nos tempos que correm).

Saltem para o Expresso, vão lá.

MM | PG

domingo, 13 de outubro de 2024

Portugal | O LABIRINTO DO CHEGA

Tiago Franco* | Página Um | opinião 

Que as guerras no Leste da Europa e no Médio Oriente fazem vítimas inocentes, já ninguém duvida. A novidade, aqui, nesta minha crónica julgo, é André Ventura ser, na minha opinião, uma dessas vítimas.

Calma jovem fã dos tik-toks da Rita Matias; calma ancião que vês no Ventura o Moisés que abrirá os mares da expulsão de nepaleses. Calma. Não fiquem por aqui e leiam até ao fim.

André Ventura é dos políticos com mais tempo de antena na comunicação social portuguesa. Já o era antes de o Chega ter eleito cinquenta deputados e, também por essa ordem de razão, continua a ser daqueles que mais vemos no pequeno ecrã.

Não é que ele tenha muito para dizer; de facto, não tem, mas a vida de um partido sem ideologia, como o Chega, que vive do protesto do momento, depende da sua exposição mediática e, de alguma forma, da sua capacidade em conseguir marcar a agenda.

Líderes com ideias e ideais vivem do seu pensamento. Sem qualquer uma delas, sobra apenas o barulho como acto contínuo de sobrevivência -é esse exactamente o caso de André Ventura e do Chega, um partido de um homem só, apesar das tentativas de espalhar alguns deputados, os menos grunhos, nos painéis de debate dos diferentes canais de informação.

Com o tempo de antena dispensado pelas televisões às guerras na Ucrânia, Gaza e agora Líbano, sobra menos do que o habitual para os disparates do Ventura. Mas ninguém o pode condenar por falta de activismo na busca de um holofote, de um microfone ou de um conflito.

Se o país arde, o bombeiro André convoca conferências de imprensa para exigir penas maiores para os pirómanos. Não vai pegar num balde para ajudar, falar de eucaliptos ou da limpeza das matas. Nada de coisas que possam dar trabalho. Vai apenas criar mais um alvo para o ódio; neste caso, quatro ou cinco malucos que puxam fogo à mata. Sobre o negócio que, posteriormente, se faz na zona ardida… fica para outra altura.

Mas, enfim, o drama real é mesmo ver as casas em chamas, mortes de bombeiros e aldeias arrasadas. Os holofotes não se fixam no Ventura, e isso é uma chatice.

Surge então o Orçamento de Estado (OE) e uma nova oportunidade de brilhar. Desde as eleições que o Chega se queixa do ‘cordão sanitário’ imposto pela AD e, em cada oportunidade, faz o possível para que o PSD se arrependa dessa decisão. Por exemplo, na aprovação de medidas impostas pelo PS no Parlamento contra o Governo.

Também nas discussões do OE, o nosso André não conseguiu estar no centro da decisão. O PSD andou a namorar toda a gente, desde logo o PS e até a IL. E, no fim, deu algum tempo de antena ao Chega, para ver se o PS mordia o isco. Percebeu-se agora que o PS não estava disponível para aceitar o IRS Jovem e, mesmo assim, o Governo parece ter pouca vontade de falar com o Chega, preferindo ir novamente para eleições. O ‘pastor’ André e os seus 49 discípulos ficam naquela situação caricata de serem a terceira força no Parlamento, mas continuarem sem contar para o Totobola. Não há quem veja nessa gente um parceiro fiável. Porque será?

O Presidente da República veio dar uma mãozinha à decência e meteu-se na discussão, avisando que o impasse nas negociações poderia deixar o Governo nas mãos do Chega. O André ficou possesso e toca de convocar nova conferência de imprensa para cascar no Marcelo. “Até parece que ficar nas mãos do Chega é algo negativo”, disse ele com ar ternurento aos jornalistas. Então não é, rapaz? Não achas que Portugal tem já problemas com fartura?

Falando em problemas, e com os israelitas a continuarem a ocupar espaço de antena com as preparações para a invasão do Líbano, eis que o bom do André se lembrou de criar problemas onde não existem. Tudo em nome da agenda mediática onde o Chega está com dificuldades em pontuar.

A Economia portuguesa depende, neste momento, fortemente da mão-de-obra imigrante. A Segurança Social engordou com as contribuições dos estrangeiros; a hotelaria, a restauração, a construção e a agricultura dependem muitíssimo dos que escolhem Portugal para trabalhar. E essa fatia da população ronda os 10% daqueles que habitam o nosso país. Até o Governo, mesmo infiltrado com conservadores do calibre de Nuno Melo, já assumiu que a imigração é fundamental para manter o país a funcionar.

Aliás, convenhamos, não é preciso ser um Einstein para entender a problemática. Num país envelhecido, com baixa natalidade, baixos salários e que exporta boa parte das pessoas com maior formação, quem esperam que trabalhe por 800 euros? Noruegueses, alemães e belgas? Ou nepaleses, paquistaneses e brasileiros?

Meus amigos, à partida, o fluxo migratório dá-se na direcção de países mais ricos. Encontrar alguém mais pobre do que Portugal, entre louros e arianos que agradem ao Chega, não parece ser tarefa fácil.

Portanto, sendo a imigração algo positivo para Portugal, o que decide André Ventura? Agendar uma manifestação para os mandar embora e “devolver Portugal aos portugueses”. Com isso conseguiu criar um momento político, mais umas horas de emissão e inventar uma agenda que não existia. E, claro, conseguiu agradar aos seus eleitores com um discurso de ódio e racismo primário.

Curiosamente, o Chega convocou esta manifestação para o dia seguinte outra manifestação nacional, esta a propósito de um problema real: o acesso à habitação. Outro tema sobre o qual o Chega não tem nada para dizer porque o ódio, como perceberão, serve para ser direccionado somente para pobres e estrangeiros. Não é para afrontar os poderes instalados e, muito menos, os mais ricos.

Notem até que, apesar de andar sempre com a falácia dos subsídios para os imigrantes, apesar dos números nos dizerem que estes contribuem sete vezes mais do que recebem, André Ventura sugeriu, no passado dia 25 de Setembro, que o Estado deveria subsidiar as empresas para que pudessem aumentar o salário mínimo.

Estão a ver a contradição? Um homem que dizia que era necessário cortar 50% do RSI no Acores – falamos de prestações de aproximadamente 100 euros –, afirma agora que o Governo deve subsidiar empresas para que paguem salários decentes.

André Ventura, ou o Chega (já que são a mesma pessoa), não tem nada contra subsídios estatais; só não gosta é que sejam dirigidos aos mais desfavorecidos.

Enfim, os anos passam, os votos aumentam, o grupo parlamentar cresce e tudo aquilo que o Chega continua a ter para oferecer é ódio, divisão e racismo, e ainda uma aterradora falta de princípios e de ideias.

* Tiago Franco é engenheiro de desenvolvimento na EcarX (Suécia)

Portugal | Falsas ideias claras

Carvalho da Silva* | Jornal de Notícias | opinião

O saudoso economista Mário Murteira disse, em junho de 2002, numa conferência proferida no INDEG/ISCTE, a propósito do conceito globalização: “trata-se de uma falsa ideia clara”, ou seja, a palavra tinha (continua a ter) uma utilização universalizada, mas não unanimidade no entendimento do seu significado.

Na minha tese de doutoramento, trabalhada entre 2002 e 2007, identifico cerca de trinta nuances diferenciadas na interpretação desse “termo quase mágico”. Serge Cordellier chamava-lhe “palavra fetiche”, e o grande economista e humanista (Prémio Nobel) Amartya Sen considerava a onda de globalização desse período caraterizada por ser um mundo em que “o sol nunca se põe no império da Coca-Cola”. No presente há quem considere estarmos no oposto da globalização, mas outros afirmam que agora é que entramos no tempo de efetivo global.

O culto de palavras que são falsas ideias claras ampliou-se e vem carregado de concentrados ideológicos de alto teor. Dois exemplos, “talento” e “mérito”. Governantes de várias sensibilidades desta democracia liberal em que vivemos, empresários e analistas repetem aqueles termos até à exaustão. E muitos académicos entram nesta pretensa modernidade. Stephen Hawking afirmou “O maior inimigo do conhecimento não é a ignorância, é a ilusão do conhecimento”.

Na língua portuguesa, a palavra talento significa “nível superior de certas capacidades particularmente estimadas” e “disposições intelectuais naturais ou adquiridas”. Os seres humanos com obra reconhecida, nas diversas áreas, são os primeiros a afirmar que o talento dá aturado trabalho e exige deitar mão do máximo conhecimento possível que pertence a toda a sociedade. A palavra talento, na boca de um fala-barato, é o oposto dessas exigências.

Uma das grandes conquistas da nossa democracia nas últimas décadas foi a extraordinária melhoria da formação escolar, designadamente de nível superior, dos nossos jovens. Criamos-lhes bases para se poderem qualificar profissionalmente e terem mais e melhor vida para além do trabalho. Para tal é preciso políticas e práticas empresariais e públicas que gerem emprego de qualidade, profissões e carreiras valorizadas, salários bem mais elevados, condições de acesso à habitação, melhor Estado social, valorização da cultura e da participação cívica e política. Só respondendo a estes desafios teremos trabalhadores talentosos e cidadãos excelentes. Chamar aos jovens “talentos” para os iludir e arrastar a resolução dos seus problemas é criminoso.

No conceito “mérito”, tanto cabe valorizar empenho, talento verdadeiro, criatividade, humildade, como o seu oposto, ou seja, falta de solidariedade, esperteza saloia, sobranceria, capacidade de gerar lucro para acionistas mesmo destruindo emprego e empresas. Cabe tudo o que em determinada circunstância der jeito a quem tem o poder de subjugar os outros. Não deixemos que estes vácuos perdurem.

* Investigador e professor universitário

Defesa ucraniana destruída na região de Kursk

South Front | # Traduzido em português do Brasil | Com vídeo

A defesa ucraniana está estourando nas costuras ao longo de toda a frente. Após o reagrupamento, as Forças Armadas da Federação Russa retomaram as operações ofensivas, alcançando novas vitórias em diferentes direções.

O exército russo retomou seu avanço, repelindo as Forças Armadas da Ucrânia da região de Kursk, na fronteira russa. Nos últimos dias, as tropas russas expandiram amplamente sua zona de controle a noroeste de Sudzha.

Depois que as forças russas avançaram em uma ampla frente e a endireitaram ao longo da linha Nikolaevo-Daryino – Lyubimovka, esperava-se que capturassem as forças inimigas restantes em um caldeirão nas áreas ao sul de Korenevo.

Como resultado de uma série de ataques bem-sucedidos nos últimos dias, as forças russas avançaram ao norte de Lyubimovka e cortaram a estrada principal entre Korenevo e Sudzha. Como resultado, a guarnição ucraniana que lutava em Olgovka foi cortada e ameaçada de cerco completo. De acordo com relatórios preliminares da frente, após vários dias de operações de assalto, fuzileiros navais da 155ª brigada da Frota Russa do Pacífico assumiram o controle de Lyubimovka; as forças ucranianas recuaram de Olgovka após prolongadas batalhas posicionais. Os confrontos continuam em Novonikolaevka e vilas próximas localizadas ao longo da estrada para Sudzha.

Ao mesmo tempo, as forças russas avançaram e lançaram um ataque à vila de Nizhny Klin. Como resultado, as forças ucranianas que permaneceram na cidade de Tolsty Lug foram capturadas em uma pinça.

No flanco norte, os russos continuam os ataques, avançando na vila de Malaya Loknya. Assim, os militares russos claramente visavam cercar grandes forças inimigas, ameaçando-as com vários caldeirões.

Por sua vez, os militares ucranianos estão fugindo de suas posições em uma tentativa de evitar o cerco. Como resultado, alguns dos assentamentos e fortalezas ucranianas estão ficando sob controle russo quase sem lutar. Sofrendo perdas, as Forças Armadas da Ucrânia recuaram para Sudzha, onde no flanco sul, os russos lançaram um ataque a Plehovo.

O comandante das forças especiais chechenas Akhmat operando na região de Kursk comentou sobre as hostilidades em andamento. Segundo ele, as forças ucranianas estão perdidas nos campos de batalha, confusas com o ritmo da ofensiva russa. Grandes grupos de militares ucranianos com equipamento militar são vistos escapando sob fogo russo através da fronteira para o território ucraniano.

Observadores militares estrangeiros confirmam a retirada ucraniana na região russa, notando que o pânico nas fileiras do exército ucraniano está crescendo especialmente após a perda de uma das fortalezas estrategicamente importantes de Ugledar. Os ucranianos estão cansados ​​de derrotas constantes e desmoralizados por pesadas perdas.

De fato, o exército ucraniano está recuando em diferentes direções. No entanto, a retirada de grandes forças da região de Kursk pode ser uma manobra dos militares ucranianos visando reagrupar forças para tentar ataques na fronteira russa em outras áreas.

Ler/Ver em South Front:

Guerras de drones sobre a Ucrânia

Israel busca terceira frente de guerra com a Síria

Mais perdas de forças de Kiev em Kursk (vídeos)

Situação militar na região russa de Kursk e nas linhas de frente ucranianas em 12 de outubro de 2024 (atualização de mapas)

Sikorski disse à Ucrânia para dar a polacos genocidas enterro digno, como fez à Wehrmacht

Andrew Korybko * | Substack | opinião | # Traduzido em português do Brasil

Sikorski merece ser aplaudido por se posicionar tão fortemente contra a Ucrânia nesta questão, não importa o que se possa pensar sobre sua abordagem em relação aos outros países.

O Ministro das Relações Exteriores polonês Radek Sikorski fez um ponto poderoso durante uma sessão de perguntas e respostas nas mídias sociais sobre as demandas de seu país à Ucrânia para resolver a disputa do Genocídio de Volhynia , sobre as quais os leitores podem aprender mais nas três análises com hiperlinks anteriores. Ele disse a eles que eles precisam dar aos poloneses genocidas um enterro digno, como já fizeram para a Wehrmacht, que tem cinco cemitérios dedicados a ela na Ucrânia, capazes de enterrar 50.000 restos mortais cada. Aqui estão suas palavras exatas :

“Não recuaremos neste assunto. Porque acreditamos que, antes de tudo, esta não é uma questão política, não deve ser objeto de nenhuma negociação. Este é simplesmente um dever cristão... Exigimos apenas da Ucrânia o que a Ucrânia permitiu que os alemães fizessem aos agressores: 100.000 soldados da Wehrmacht foram exumados e enterrados em sepulturas separadas em território ucraniano. Portanto, acreditamos que nossos compatriotas, que não foram agressores lá, têm pelo menos os mesmos direitos que os soldados da Wehrmacht.”

Analisando o que ele disse, a primeira parte deu credibilidade a relatos anteriores de que Sikorski e Zelensky tiveram uma discussão acalorada sobre isso durante sua última viagem a Kiev, ergo por que ele reafirmou que "Não recuaremos neste assunto". Ele então lembrou a todos que esta não é uma questão política como alguns ucranianos alegaram ao acusar a Polônia de "politizá-la" por razões domésticas. Em vez disso, é "simplesmente um dever cristão", com a insinuação de que a Ucrânia de maioria ortodoxa está se comportando de forma sacrilégia.

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