quarta-feira, 20 de novembro de 2024

A Cidade dos Livros -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Tombuctu era a cidade dos livros numa época em que a Europa vivia no analfabetismo. Mais de 14 séculos antes de Cristo os fenícios criaram o primeiro alfabeto. Esse prodígio aconteceu nas terras da Palestina e Líbano. Ali mesmo onde os nazis de Telavive matam crianças em cada minuto que passa, às ordens da Casa dos Brancos.

 Os reis e nobres das cortes europeias eram analfabetos quando Tombuctu, ali ao lado do Níger, império do Mali, preciosidade dos Mandingas, era a cidade dos livros. Que maldição se abateu sobre África e o Médio Oriente desde então? Respondam os deuses empedernidos, invadidos pela caspa que afoga a inteligência.

Sejamos realistas, a nobreza que tinha o exclusivo da personalidade e dos direitos humanos na Europa, não sabia ler e escrever porque tinha o Clero que lia e escrevia por ela. Criadagem de sotaina que dura e perdura. Um conluio fatal!

Hoje venho simplesmente dizer-vos que choveu. Pouco mais tenho para revelar. Talvez deixe uma ameaça. Estou cansado de viver no reiuno das cavalgaduras. Já não suporto os assassinos dos livros. Quero voltar para Tombuctu.

Quando o Burro era Homem e o Homem era Burro eu preferia ser solípede. Os homens quando brincam apontam logo a arma ao coração da Terra e matam a mãe. 

Os burros zurram de alegria e espojam-se na erva húmida, quando o Sol lança brilhos de liberdade sobre os condenados à tristeza. Às vezes, os burros relincham de cinzento, mas nada de grave. Eu sou burro. Macaco, nem pensar. Homem, nunca!

Buzinão em Maputo: Moçambicanos de luto exigem mudanças

Romeu da Silva (Maputo) | Deutsche Welle

O candidato presidencial Venâncio Mondlane pediu e centenas de populares na cidade de Maputo cumpriram. Às 12h00, os cidadãos vestiram-se de preto e, durante 15 minutos, pararam as viaturas e buzinaram em protesto.

Jovens e mulheres, sobretudo vendedoras, vestiram-se de preto e fizeram soar apitos. Os que tinham viaturas pararam por 15 minutos e buzinaram, em protesto.

O som das buzinas ouviu-se por quase toda a cidade.

Juvenália Coane, vendedora, explica porque acedeu ao pedido do candidato presidencial Venâncio Mondlane: "Porque levam os votos e vão dar a outra pessoa. Porque já estamos cansados desta vida", resume.

"O arroz antigamente custava 800 meticais [11 euros] e agora compramos a 2000 meticais [29 euros]. Nós que não temos dinheiro, vamos terminar aonde com esta vida?"

O candidato Venâncio Mondlane e outros políticos da oposição e membros da sociedade civil denunciaram uma "megafraude" nas eleições gerais de 9 de outubro. Mondlane convocou protestos, que já vão na sua quarta fase.

Juvenália Coane apela aos políticos que resolvam os seus diferendos para que o povo possa viver em paz. "Estamos a pedir que se sentem e conversem, porque, para nós, a situação está péssima", afirma.

O espírito BRICS: vivo e bem na África do Sul

Pepe Escobar * | Strategic Culture Foundation | # Traduzido em português do Brasil

A África agora precisa essencialmente de vontade política para combater problemas de infraestrutura, um déficit de capital humano e um déficit institucional.

JOANESBURGO – Na cúpula anual da APEC em Lima, o camarada Xi Jinping foi praticamente coroado como o Rei do Peru, enquanto uma animada festa móvel celebrava a nova Rota da Seda Marítima Chancay-Xangai, de US$ 1,3 bilhão, através do Pacífico.

Dificilmente poderia haver uma contrapartida mais auspiciosa para a ação na América do Sul do que reunir-se na África do Sul, membro do BRICS, para discutir a Unidade Africana em um Mundo Multipolar, bem como as pragas perenes do racismo, fascismo, russofobia e outras formas de discriminação. As reuniões foram coordenadas pelo Mouvement Russophile International (MIR), que não é apenas russófilo, mas, acima de tudo, multi-nodal-phile (itálico meu).

É como se isso fosse uma extensão da memorável cúpula do BRICS 2024 em Kazan .

Em Kazan, o BRICS de fato expandiu-se de 9 membros, adicionando 13 membros-parceiros e alcançando 22 nações (Arábia Saudita, um caso imensamente complexo, continua em cima do muro). O BRICS+ agora supera amplamente a influência – minguante – do G20, cuja cúpula anual está em andamento no Rio, pelo menos focada em questões sociais e na luta contra a pobreza e a fome, e não na guerra. Ainda assim, o G7/OTAN, assolado pela crise, tentou sequestrar a agenda.

CAMINHO PARA A LIBERDADE


PARA MEMÓRIA FUTURA DA DECADÊNCIA OCIDENTAL

José Goulão | AbrilAbril | opinião

Os BRICS relacionam-se em plano de igualdade, valorizam acima de tudo a independência e a soberania de cada Estado de alguma maneira envolvido no processo e negoceiam entre si segundo perspectivas mutuamente vantajosas, a negação absoluta do espírito imperial ainda dominante no sistema de vida no planeta.

cimeira dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) realizada no dia 25 de Outubro em Kazan, na Federação Russa, conseguiu reunir cerca de 50 delegações de alto nível de outros países, foi a primeira com a participação dos quatro novos membros de pleno direito – Egipto, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Irão – e criou um grupo de parceiros em situação de elevada sintonia com o espírito da organização: Argélia, Bielorrússia, Bolívia, Cuba, Indonésia, Cazaquistão, Malásia, Nigéria, Turquia (membro da NATO), Uganda, Uzbequistão e Vietname.

Isto não é coisa pouca no panorama mundial. Olhemos para a elevadíssima percentagem da população planetária que o grupo e os seus parceiros albergam, incluindo dois países que somam mais de três mil milhões dos oito mil milhões de habitantes do planeta; e também para o peso da maioria destas nações nos respectivos continentes. Atentemos ainda no facto, de significado transcendente, de o primeiro-ministro da Índia e o presidente da África do Sul terem optado pela presença na reunião dos BRICS em vez da cimeira da Commonwealth ou Comunidade Britânica, realizada simultaneamente em Samoa – uma ruptura ostensiva com a herança colonial, que é exactamente uma das essências do grupo como base de uma nova ordem mundial em desenvolvimento.

A cimeira de Kazan deu mais algumas machadadas no dólar como moeda franca e de extorsão do império criando o BRICS Pay, uma alternativa ao sistema interbancário de domínio ocidental SWIFT e acelerando as trocas comerciais em moedas dos Estados membros e parceiros do grupo, marginalizando assim, e cada vez mais, o colete de forças da divisa norte-americana.

Guerra? Gouveia e Melo aconselha Governo a "esclarecer" portugueses

Melo, o almirante pró presidente da República, resplandecente no seu narcisismo e impingido pela mídia nacional PSD/CDS

Para o almirante, Portugal deve preparar-se para uma escalada da guerra, sem "exagerar", à semelhança do que estão a fazer os países nórdicos.

O Chefe do Estado-Maior da Armada, Henrique Gouveia e Melo, defendeu, esta terça-feira, que o Governo deve "esclarecer" e preparar os portugueses para uma escalada da guerra na Ucrânia, mas sem "exagerar", à semelhança do que estão a fazer os países nórdicos como a Suécia, Noruega e Finlândia.

"A população deve estar informada. Essa discussão, num regime democrático, deve ser aberta e de forma esclarecida e esclarecedora. Não se deve, de alguma forma, minimizar esse risco. Também não se deve exagerar, criando preocupações exageradas, mas também não se pode minimizar ao ponto de isso não ser sequer uma preocupação", explicou Gouveia e Melo, em declarações aos jornalistas, à margem de uma conferência com os chefes dos três ramos das Forças Armadas.

A Suécia, a Finlândia e a Noruega estão a avisar os respetivos cidadãos para se prepararem para uma potencial guerra, dado o agravamento da situação no conflito entre a Rússia e a Ucrânia, avançou hoje a BBC.

O almirante afirmou também concordar com a autorização concedida pelos Estados Unidos à Ucrânia para usar mísseis de longo alcance.

A 'luz verde' dada a Kiev pelos Estados Unidos para utilizar os seus mísseis de longo alcance contra a Rússia "poderá mudar o jogo" da guerra, realçou esta segunda-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Andriï Sybiga.

"O que impede? É o medo da reação? Se for, mais vale baixarmos os braços e entregarmos desde já a vitória ao opositor que usa isso de forma psicológica contra nós", justificou o Chefe do Estado-Maior da Armada.

Já sobre a ameaça nuclear de Putin, Gouveia e Melo duvida que venha a ser concretizada.

"Um conflito nuclear traria tantas desvantagens a todos os atores que não me parece que esteja no horizonte de ninguém", acrescentou.

Notícias ao Minuto

Ler/Ver em NM:

Países nórdicos aconselham cidadãos a prepararem-se para uma guerra

Uso de mísseis de longo alcance pode "mudar o jogo" da guerra na Ucrânia

EUA não têm "nenhuma indicação" de que Rússia vá usar armamento nuclear

ESTE MUNDO NÃO É PARA CRIANÇAS, NEM PARA NADA OU ALGUÉM

O Curto do Expresso já. Cá está ele nesta manhã cinzenta e escura. O sol foi de ‘férias’, talvez de tão triste ao constatar a aproximação de uma guerra nuclear e/ou em pleno da proximidade da Terceira Guerra Mundial. Tudo estará a um passo pequenino do primeiro lançamento de uma ogiva nuclear, depois virá então o holocausto nuclear, a destruição plena, as contaminações contidas nas explosões e os milhões de mortes e de contaminados à espera de morrerem. O legado então ficará à solta neste planeta durante muitas décadas. Será a transformação da humanidade que se habituará aos nascimentos de aberrações antes dita humanas… A fatura a pagar será muitíssimo alta. Nada a pagará. Adeus.

Estas novas gerações de políticos, de cientistas, de militares, de pseudo sábios, etc., está a fim de nos transportar para o Armagedão. Todos pensam e têm a certeza que são superes humanos, inteligentíssimos, capacitados, competentes e escudados na doutrina condicente do que ‘eles é que sabem’. Encanotados por universidades ditas ‘superes’ e de contas bancárias recheadas pensam-se deuses, incapazes de quando se vêem refletidos em espelhos constatarem que são miseráveis de mentes feias, porcas e más, desumanas em toda a sua plenitude… É o que temos. Eis a miserabilidade dos ditos líderes nacionais e globais.

Nós estamos prontos, a maioria não. Com alguma sorte de preservarmo-nos numa espécie de subvida e conscientes teremos o bónus de assistir à extinção das espécies num planeta destruído, contaminado, mortal e futuramente deserto – como a lua e outros planetas conhecidos.

Muito bem, asquerosos e criminosos pseudo sábios. O nuclear quando eclodir será para todos, sem apelo nem agravo. Sois os inimigos de nós/vós próprios, da fauna, da flora, de todo o planeta que é a nossa única casa.

Bom dia excelentes mentecaptos, excelentíssimos e soberbos dirigentes néscios. Esta foi a abertura para o Curto do Expresso. Vão lê-lo.

António Veríssimo | PG (título Expresso ligeiramente alterado por PG)


Este mundo não é para crianças

Raquel Moleiro, jornalista | Expresso (curto)

Bom dia.

Antes de mais um convite: hoje, às 14h, “Junte-se à Conversa” com o David Dinis e a Ana França, para falar sobre se "Ainda há salvação para a Ucrânia?". Inscreva-se aqui.

É quase simbólico que no Dia Mundial dos Direitos da Criança, que hoje se comemora, a atenção mediática e a opinião pública estejam centradas em conflitos bélicos e na potencial escalada para uma guerra nuclear. Comemoram-se os 35 anos da convenção que estabelece os seus direitos, adotada pela ONU, mas as notícias falam invariavelmente dela como vítima.

Há mísseis norte-americanos de longo-alcance, ATACMS e storm shadow, a chegar a território russo e em retaliação Putin muda a sua doutrina nuclear, que pode passar pelo uso de armas de destruição em massa contra a Ucrânia e instalações-chave da NATO. Ameaça com uma III Grande Guerra que, apesar de improvável, alimenta as tensões a nível mundial.

Esta quarta-feira, a embaixada dos EUA em Kiev está encerrada após terem sido recebidas “informações específicas sobre um potencial ataque aéreo significativo". A urgência de negociar a paz acentuou-se de forma dramática.

E pelo meio, desde o início da invasão russa, morreram já 650 crianças na Ucrânia.

Nos subúrbios de Beirute e em Gaza continuam os violentos ataques, mas a declaração final do G20 não inclui qualquer condenação a Israel quando fala do conflito, como era pretendido por alguns países, como a Turquia.

E em apenas dois meses, mais de 200 crianças foram mortas no Líbano. Em Gaza os números (conservadores) falam de, pelo menos, 12 mil vítimas menores.

“Os Estados reconhecem que toda a criança tem direito à vida e devem assegurar ao máximo a sua sobrevivência e desenvolvimento”, diz o artigo 6 da Convenção. Cai por terra todos os dias, como vários outros, mas continuam necessários.

Porém, a centenária Declaração dos Direitos da Criança, adotada em 1924, a primeira a ser aprovada e que depois deu origem à Convenção, já começa a revelar lacunas de atualidade. Os velhos perigos mantêm-se – conflitos armados, pobreza… - mas há novos, decorrentes da transição digital, dos desenvolvimentos tecnológicos ou das alterações climáticas.

Hoje, o Comité dos Direitos da Criança das Nações Unidas juntamente com a Organização Save the Children apresentam uma nova Declaração, com os renovados e necessários direitos e instam os Estados e as organizações governamentais e não governamentais a subscrevê-la: “A sua assinatura é uma demonstração do compromisso que todos devemos assumir para garantir que as gerações futuras possam viver em sociedades mais justas, inclusivas e sustentáveis”.

OUTRAS NOTÍCIAS

Milhões a mais. Mas de prejuízo. Governo enganou-se nas contas e afinal os 1,2 milhões de euros de saldo positivo do SNS em 2025 são 217 milhões negativos.

Salário sem cortes. PSD admite viabilizar fim do corte nos salários dos políticos, mas só para mandados futuros. A proposta é do PS.

A rede do aeroporto. PJ e Polícia espanhola desmantelaram rede de tráfico de droga que operava em vários países. Em Portugal, o clã do golfo, um dos mais importantes cartéis colombianos, subornou funcionários para aterrar jatos com cocaína no Aeroporto de Beja. Há dois polícias entre os detidos.

Condenação a dobrar. O Tribunal Judicial de Leiria condenou a 12 anos e três meses de prisão a jovem de 17 anos acusada de matar a irmã, em 2023, em Peniche. Em Lisboa, no Juízo Central Criminal, foi condenado a 14 anos o terceiro e último suspeito da morte do polícia Fábio Guerra, violentamente agredido à porta da discoteca Mome, em Alcântara, em março de 2022.

Mortes violentas. O Observatório de Mulheres Assassinadas da Associação UMAR divulga hoje os dados preliminares sobre os atentados à vida de mulheres em Portugal entre 1 de Janeiro e 15 de Novembro de 2024. Só em contexto de violência doméstica morreram pelo menos 17, tantas como o ano passado. Este crime ‘matou’ também 4 homens.

Mais um Saramago. O escritor português Francisca Mota Saraiva venceu o Prémio Literário José Saramago 2024, distinguido pela obra “Morramos ao menos no Porto”.

Mau ambiente. Portugal piorou 'performance' climática, alertam ambientalistas: emissões dos transportes e dos incêndios são as razões. Ainda está entre os 20 melhores, mas caiu dois lugares no ranking apresentado esta quarta-feira na COP29, em Baku.

Trump adiado. O gabinete do procurador distrital de Manhattan anuiu adiar a sentença do presidente dos EUA em relação ao suborno à atriz porno Stormy, pelo menos durante quatro anos. Talvez “depois do final do mandato”… Entretanto já há data para o início do plano de deportação em massa de imigrantes indocumentados: 20 de janeiro, daqui a dois meses.

Regularización em massa. O Governo de Espanha aprovou a simplificação dos processos de regularização de estrangeiros que espera beneficiar 300 mil imigrantes por ano, nos próximos três anos. As mudanças têm em conta as necessidades do mercado de trabalho e dos próprios imigrantes, assim como o desafio demográfico de Espanha, marcado pelo envelhecimento, explicou o executivo.

O destino de Tate. É lida esta terça-feira a sentença do influenciador digital Andrew Tate, em Londres. Está acusado de fraude fiscal por receitas de quase 25 milhões de euros provenientes de atividades na internet. O antigo praticante de 'kickboxing', com dupla nacionalidade britânica e norte-americana, está detido preventivamente na Roménia por suspeitas de outros crimes, como crime organizado, tráfico de menores, relações sexuais com menor e branqueamento de capitais.

Quantos são? O Iraque inicia hoje o primeiro censos nacional em 27 anos. Para facilitar a contagem da população foi decretado o recolher obrigatório.

FRASES

“Já é tempo para que a sociedade machista, patriarcal, que banaliza a violação, mude. Está na altura de alterarmos a forma como olhamos para a violação”.
Gisèle Pelicot, a francesa drogada pelo marido e violada por dezenas de homens durante 9 anos, na sua declaração final no Tribunal de Avignon. Esta quarta-feira começam as alegações finais.

“Nos momentos decisivos – e eles chegarão no próximo ano [2025] – não vamos deixar que ninguém no mundo duvide da resiliência de todo um Estado. E nesta fase, está a ser decidido quem vai vencer”
Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, durante a sua participação, por videoconferência, na sessão do Parlamento Europeu que marcou os mil dias de guerra

"Quero que saibas que o teu velho amigo está sempre aqui para animar-te com a mesma força. Para sempre teu fã".
Roger Federer, tenista, numa carta dirigida ao amigo Rafael Nadal, que esta semana despediu-se dos courts na Taça Davis

PODCASTS A NÃO PERDER

Sara Sampaio é a convidada do novo episódio do Geração 90, conduzido por Júlia Palha. A mais internacional das manequins portuguesas, conta que na escola não era popular e apostava na discrição. “Sempre fui uma criança muito sensível e custava-me ler coisas que não eram verdade. Ainda hoje isso me afeta e custa”, conta à atriz Júlia Palha.

O líder do PS dizia-se “livre” para votar contra a descida do IRC no Orçamento, mas acabou com a viola no saco. Marques virou o bico ao prego e já vê a ministra da Saúde de saída. E o PSD fez pela calada, mas propôs o fim dos cortes de salários aos políticos. Esta é a Comissão Política desta semana.

Em mais um “No Princípio era a Bola”, Rui Malheiro e Tomás da Cunha olharam para o regresso das competições de clubes que traz a estreia de João Pereira no Sporting e de Ruben Amorim no Manchester United. Mas também avaliaram o desempenho da seleção na Liga das Nações e os problemas de confiança de Roberto Martinez.

Ler o Expresso

A doutrina nuclear atualizada da Rússia visa impedir provocações inaceitáveis da OTAN

Andrew Korybko * | Substack | opinião | # Traduzido em português do Brasil

O ponto principal que está sendo transmitido por meio desses termos atualizados é que a Rússia não permitirá que a Ucrânia seja usada como representante da OTAN para infligir a esperada derrota estratégica do bloco.

A entrada em vigor da doutrina nuclear atualizada da Rússia, cujo propósito foi analisado aqui no final de setembro, virou manchete no mundo todo porque coincidiu com uma grande escalada da guerra por procuração OTAN-Rússia na Ucrânia. Os EUA permitiram que a Ucrânia usasse seus ATACMS dentro do território russo pré-2014, apesar de Moscou ter alertado sobre o quão perigoso isso seria. Este momento da verdade foi analisado aqui para aqueles que gostariam de aprender mais sobre como isso influenciará os contornos deste conflito.

As circunstâncias em que a Rússia pode recorrer ao uso de armas nucleares podem ser melhor compreendidas depois que o Sputnik publicou uma tradução não oficial desta doutrina aqui . O documento estipula que seu propósito é deter uma ampla gama de ameaças e que elas serão usadas apenas como último recurso. Tais ameaças incluem tudo, desde exercícios militares de larga escala próximos por inimigos da Rússia até o bloqueio de ligações críticas de transporte em um provável aceno para Kaliningrado entre outras bem conhecidas, como ataques convencionais esmagadores, et al.

Além disso, a Rússia considerará tais ameaças de países com o apoio de outros como atos conjuntos de agressão, colocando assim os patronos desses proxies em sua mira se eles cruzarem suas linhas vermelhas mais sensíveis. O ponto principal que está sendo transmitido por meio desses termos atualizados é que a Rússia não permitirá que a Ucrânia seja usada como proxy da OTAN para infligir a esperada derrota estratégica do bloco sobre ela. O momento de sua publicação sugere que a onda de provocações desde fevereiro de 2022 remodelou o pensamento da Rússia.

Alvos como o Kremlin, sistemas de alerta precoce, campos de aviação estratégicos, usinas nucleares e ligações críticas de transporte como a Ponte da Crimeia eram considerados proibidos em qualquer conflito por procuração. Em vez disso, cada um deles foi bombardeado pela Ucrânia com o apoio da OTAN, mas a Rússia repetidamente se recusou a responder dramaticamente por preocupação de que as tensões pudessem então se transformar em uma Terceira Guerra Mundial. Cada exemplo, no entanto, poderia teoricamente se qualificar para um ataque nuclear retaliatório sob os novos termos.

Para ter certeza, é improvável que Putin abandone sua cautela anterior ao bombardear repentinamente a Ucrânia em resposta a outro ataque de drone apoiado pela OTAN contra uma das usinas nucleares da Rússia, por exemplo, quando ele nem mesmo autoriza a destruição de uma única ponte importante sobre o Dnieper, mas ele pode ter provocações ainda maiores em mente. Pode ser que ele tenha concluído que sua contenção anterior foi interpretada como fraqueza em vez de apreciada e que algo muito mais perigoso está sendo planejado agora.

Se for esse o caso, então faria sentido que ele quisesse transmitir a ampla gama de ameaças que a doutrina nuclear de seu país supostamente deve dissuadir, legitimando assim a escalada recíproca da Rússia na preparação para que elas se materializem e neutralizando percepções de que isso pode ser apenas (outro) "blefe". Em busca desse objetivo potencial, faria sentido publicar o documento em vez de mantê-lo classificado para que o público possa estar ciente dos riscos envolvidos, ergo a tradução não oficial do Sputnik.

Com isso em mente, a doutrina nuclear atualizada da Rússia tem como objetivo influenciar os formuladores de políticas ocidentais e o público, o primeiro em termos de, esperançosamente, dissuadi-los de quaisquer provocações maiores que eles possam estar planejando, enquanto o segundo pode pressioná-los de baixo para complementar esse esforço. A conclusão é que a Rússia está muito preocupada com futuras escaladas e quer que o mundo saiba que ela realmente recorrerá às armas nucleares como último recurso em autodefesa se suas linhas vermelhas mais sensíveis forem cruzadas.

* Analista político americano especializado na transição sistémica global para a multipolaridade

Andrew Korybko é regular colaborador em Página Global há alguns anos e também regular interveniente em outras e diversas publicações. Encontram-no também nas redes sociais. É ainda autor profícuo de vários livros

EUA aprovam venda de US$ 100 milhões em equipamentos...

...e serviços para manutenção de sistemas de armas na Ucrânia

Sputnik Globe | # Traduzido em português do Brasil

WASHINGTON, 19 de novembro (Sputnik) – Os Estados Unidos aprovaram uma possível venda de US$ 100 milhões em equipamentos e serviços para a Ucrânia para manutenção de sistemas de armas fornecidos pelos EUA, informou a Agência de Cooperação em Segurança de Defesa (DSCA) na terça-feira.

"O Departamento de Estado determinou a aprovação de uma possível Venda Militar Estrangeira ao Governo da Ucrânia de Sustentação Geral de Sistemas Fornecidos pelo Exército dos EUA e equipamentos relacionados por um custo estimado de US$ 100 milhões", disse o DSCA em um comunicado.

A DSCA entregou a certificação necessária notificando o Congresso, acrescentou.

A Ucrânia solicitou a compra de equipamentos e serviços para reforma de veículos ; assistência técnica; treinamento; publicações; e outros elementos relacionados de logística e suporte ao programa, de acordo com o comunicado.

Ler/Ver em Sputnik:

Elon Musk acredita que o destino da ajuda dos EUA à Ucrânia merece investigação

Biden aprova envio de minas antipessoais para a Ucrânia - Relatórios

O Grito de Zelensky: Ucrânia Enfrenta Derrota Se os Cordões da Bolsa dos EUA Cortarem

OS ÚLTIMOS FOGUETES -- HenriCartoon


Henrique Monteiro | HenriCartoon

terça-feira, 19 de novembro de 2024

Outro psicopata para secretário de Estado dos EUA

Marco Rubio se juntará a uma longa lista de psicopatas como o próximo secretário de estado dos EUA. Algumas das escolhas do gabinete de Trump podem ter dificuldade em passar pelo Senado, mas não Rubio. Ele é exatamente o tipo de sanguessuga de pântano devorador de sangue que aquelas criaturas do Capitólio adoram.

Psicopatia é quase um requisito de trabalho para secretário de estado, porque o título implica uma responsabilidade de ajudar a implementar a violência e a tirania que servem como a cola que mantém o império dos EUA unido. Como secretário de estado, você é responsável por estimular o consenso internacional para regimes brutais de sanções econômicas, angariar apoio para agressões intensificadas contra os inimigos oficiais de Washington e inventar desculpas para os abusos criminosos dos EUA e seus aliados.

Isso é engraçado de uma forma sombria porque o secretário de estado deveria ser o responsável pela diplomacia dos EUA, o que em teoria deveria significar fazer a paz e resolver conflitos sem violência. O Departamento de Estado dos EUA deveria ser o contrapeso pacificador do Departamento de Guerra dos EUA (renomeado Departamento de Defesa em 1947 porque "Departamento de Guerra" era um pouco honesto demais), mas como os EUA administram um império global que é mantido unido por uma violência sem fim, ele tem pouca utilidade para a manutenção da paz, então o Departamento de Estado é usado principalmente para ajudar a infligir mais violência e abuso. Em teoria, deveria ser o Departamento de Paz, mas na prática os EUA acabaram de ganhar dois Departamentos de Guerra.

O Flagelo de João Lourenço -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

A reunião do G20 no Rio de Janeiro vai acabar como começou Gêzero. Lula da Silva soltou as patacoadas do costume mas não aceitou dizer mal da Venezuela como o demente senil Joe Biden lhe ordenou. Já manda pouco. Quem falou muito foi João Lourenço. Disse que a fome é um flagelo, nos países subdesenvolvidos mas também nos industrializados e muito ricos. Aí saltou-me a tampa. 

A fome não é um flagelo. O sistema em que vivemos sim é um flagelo que dura há séculos. Estou convencido de que está a dar as últimas mas um amigo que sabe destas coisas, diz que não, continua de boa saúde e vai durar mais uns séculos. Garante mesmo que é mais fácil acabar o mundo do que o capitalismo. Por mim marcha já. 

Os participantes na cimeira do G20 aprovaram a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, uma espécie de conversa fiada só para encher o papel do comunicado final. A hipocrisia do banditismo político não tem fim. Quem foi à cimeira do Rio de Janeiro sabe que a fome e a pobreza só existem porque existem milionários opulentos. Existem lucros milionários e salários rastejantes. Há países que não têm nada e roubam tudo aos pobres para terem tudo.

Os ricos que foram à cimeira do Rio de Janeiro e seus convidados sabem que há países que têm muito e os Gês, de sete a 20, roubam-lhes tudo para multiplicarem a fome e a pobreza no mundo. A “aliança global” é uma espécie de samba de enredo que Lula da Silva está a vender aos pobres brasileiros e de todo o mundo. Este é mesmo artista. Inspira-se naquele senhor que construiu os primeiros carros Ford. Olhem para mim, nasci pobrezinho, fui operário metalúrgico e agora falo na cimeira do G20. 

O sistema só recompensa os vigaristas, os sacanas e os vendidos. Para os pobres e deserdados acreditarem neles, vendem os Lulas. Estão a ver este? Subiu a corda a pulso. Todos podem ser ricos e poderosos no nosso sistema. Abaixo o comunismo que só faz pobres. Excluindo os chineses que há 50 anos não tinham uma tijela de arroz por dia e hoje até vendem carros eléctricos aos capitalistas. Os comunistas da Coreia do Norte também têm muito sucesso Os propagandistas da Casa dos Brancos dizem que já exportam militares para a Federação Russa, um dos paraísos do capitalismo pós comunista. O mundo está perigoso mas é uma maravilha!

Holismo e Matumbismo -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Desta vez é a sério. Temos burros holísticos e matumbice holística. Um presidente holístico e políticas holísticas que desaguam nas fossas a céu aberto. Existem desvios gigantescos de dinheiro dos cofres públicos mas não há maka, têm a marca holística da modernidade. Nos tempos que correm os ladrões são holísticos, os corruptos têm tiques holísticos e ninguém percebe nada de holística. Eu próprio acordei com um pesadelo holístico quando soube que o genocida Biden vai ao Cazenga numa visita de estado holística para coroar o seu mandato excepcional de banditismo engravatado. E mãos cheias de sangue. 

O seu homólogo João Lourenço é o pai do Holismo. Foi ele que ensinou os gregos a olhar o Homem como um todo e não apenas pelo lado do Grupo Carrinho e das comissões dos hospitais gerais e seus equipamentos. Isso de comissões pelo asfalto e betão já era. Estamos na era holística com tanta força que até o Manuel Homem entrou na polícia pela porta grande. Até aqui era empregado do chefe Miala e recebia à peça. Bufaria holística.

Agora é a sério. O Conselho de Ministros só reúne depois dos auxiliares do Poder Executivo tomarem a sua dose de holística! Alguns têm de tomar dose dupla porque estão a ficar tão irrelevantes como as formigas sob as patas dos elefantes. 

Uma novidade. O Orçamento Geral do Estado foi aprovado com o voto contra da UNITA. Nunca tinha acontecido. Os sicários do Galo Negro votam sempre a favor e desta vez, só para destoar holisticamente, mudaram o sentido de voto. Um gesto muito holístico.

Holístico é o futebol angolano. Nos anos 50 tínhamos verdadeiros magos da bola. No Negage era o Barros, mais conhecido por Chapeleta Rei do Congo. Tratava a bola por tu e fazia filmes no campo que nem um artista de cinema conseguia. O Faria marcava golos monumentais. O Santiago, para desmoralizar os adversários, defendia os remates com uma mão.

“Sem dúvida” – Relator Especial da ONU diz que Israel está cometendo genocídio

Equipe do Palestine Chronicle | # Traduzido em português do Brasil

A relatora especial das Nações Unidas sobre direitos humanos nos territórios palestinos ocupados, Francesca Albanese, declarou que todas as investigações que conduziu no ano passado fornecem evidências conclusivas de que Israel está cometendo genocídio na Faixa de Gaza. 

Albanese fez essas observações durante um discurso na segunda-feira no Parlamento espanhol.

Falando sobre “o papel do embargo militar nos processos de construção da paz”, sua palestra fez parte de uma campanha organizada pela organização Rede Espanhola de Solidariedade Contra a Ocupação da Palestina (RESCOP) para interromper as vendas de armas a Israel, com o objetivo de impedir o que ela descreveu como genocídio contra o povo palestino.

Albanese destacou que passou o último ano “documentando o genocídio cometido por Israel na Palestina”, enfatizando que “não há dúvida de que Israel está cometendo genocídio em Gaza, bem como operações intensivas de destruição”.

Ela explicou que suas investigações, conduzidas em colaboração com 30 especialistas da ONU, juntamente com uma decisão de julho da Corte Internacional de Justiça (CIJ), afirmam claramente que Israel está cometendo genocídio nos territórios palestinos ocupados. 

O TIJ decidiu em 19 de julho que os territórios palestinos ocupados constituem uma “unidade territorial única” que deve ser protegida e respeitada.

De acordo com Albanese, as ações de Israel causaram “danos irreparáveis” às vidas dos palestinos na Faixa de Gaza. Ela enfatizou que a adesão às decisões do ICJ é obrigatória para todos os estados-membros da ONU e alertou que continuar a negociar armas com um estado que comete genocídio constitui uma violação da Carta da ONU.

O Relator Especial também abordou a operação do Hamas em assentamentos e bases militares perto da Faixa de Gaza em 7 de outubro de 2023, afirmando que ela “não justifica de forma alguma o genocídio cometido por Israel”. 

Ela argumentou que “impor um embargo de armas por si só (a Israel) não é suficiente” e pediu medidas adicionais, incluindo “cortar todas as relações militares, acadêmicas e diplomáticas com Israel”.

Ao concluir seu discurso, Albanese ressaltou que Israel está perpetrando “crimes de guerra e crimes contra a humanidade”, particularmente nos territórios palestinos ocupados.

Genocídio em andamento

Desrespeitando uma resolução do Conselho de Segurança da ONU exigindo um cessar-fogo imediato, Israel enfrentou condenação internacional em meio à sua contínua ofensiva brutal em Gaza. 

Atualmente sendo julgado pelo Tribunal Internacional de Justiça por genocídio contra palestinos, Israel vem travando uma guerra devastadora em Gaza desde 7 de outubro.  

De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, 43.972 palestinos foram mortos e 104.008 ficaram feridos no genocídio israelense em Gaza, que começou em 7 de outubro de 2023.

Além disso, pelo menos 11.000 pessoas estão desaparecidas, presumivelmente mortas sob os escombros de suas casas em toda a Faixa. 

Israel diz que 1.200 soldados e civis foram mortos durante a Operação Inundação de Al-Aqsa em 7 de outubro. A mídia israelense publicou reportagens sugerindo que muitos israelenses foram mortos naquele dia por "fogo amigo". 

Organizações palestinas e internacionais dizem que a maioria dos mortos e feridos são mulheres e crianças.

A guerra israelense resultou em uma fome aguda, principalmente no norte de Gaza, resultando na morte de muitos palestinos, principalmente crianças. 

A agressão israelense também resultou no deslocamento forçado de quase dois milhões de pessoas de toda a Faixa de Gaza, com a grande maioria dos deslocados forçada a se mudar para a cidade densamente povoada de Rafah, no sul, perto da fronteira com o Egito — no que se tornou o maior êxodo em massa da Palestina desde a Nakba de 1948.

Mais tarde na guerra, centenas de milhares de palestinos começaram a se mudar do sul para o centro de Gaza em uma busca constante por segurança. 

Ler/Ver em Palestine Chronicle:   

Mídia Ocidental: Branqueando o Genocídio Israelita e Fabricando Consentimento

Fim da empatia: o genocídio em Gaza tornou a ONU irrelevante?

Quatro palestinos, incluindo um adolescente, mortos em meio a incursões israelenses na Cisjordânia 

Situação militar nas linhas de frente ucranianas em 18 de novembro de 2024 (atualização)

South Front | # Traduzido em português do Brasil

Ataques russos foram relatados na região de Kiev;

Ataques russos destruíram alvos na região de Sumy;

Ataques russos destruíram alvos na região de Odessa;

Ataques russos foram relatados em Dnipropetrovsk;

Um civil ficou ferido em consequência de ataques ucranianos na RPD em 17 de novembro;

O Ministério da Defesa russo confirmou o controle de Novoalekseevka;

As forças russas avançaram na direção de Pokrovsk;

As forças russas avançaram na direção de Kurakhovo;

As forças russas avançaram em Toretsk;

As forças russas eliminaram 50 militares e dois veículos motorizados na área de Kharkiv;

As forças russas eliminaram 450 militares, um veículo blindado, seis veículos motorizados, um Krab, um Bogdana, um M198 na área de Stelmakhovka;

As forças russas eliminaram 695 militares, dois tanques, um veículo blindado, 12 veículos motorizados, um Msta-B, quatro D-20 na área de Chasov Yar;

As forças russas eliminaram 500 militares, um M113, um M-777, uma picape, um sistema Krab e dois obuses D-20 na região de Donetsk;

As forças russas eliminaram até 135 militares, um veículo blindado, dois veículos motorizados, um Akatsiya, um M777 na área sul de Donetsk;

As forças russas eliminaram até 70 militares, quatro veículos motorizados, seis estações de guerra eletrônica e um radar AN/TPQ-50 na região de Kherson;

As forças de defesa aérea russas interceptaram 106 drones ucranianos no último dia;

As forças de defesa aérea russas lançaram quatro bombas aéreas guiadas Hammer de fabricação francesa e quatro projéteis HIMARS MLRS no último dia.

As forças russas avançaram ao norte de Selidovo;

As forças russas avançaram ao norte de Grigorovka;

Os confrontos continuaram em Lysivka;

Os confrontos continuaram perto de Vozdvyzhenka;

O Ministério da Defesa russo confirmou o controle de Novoalekseevka;

Conflitos estão acontecendo em Pustynka;

Conflitos estão acontecendo em Yurievka;

Até 500 militares, um M113, um M-777, uma picape, um sistema Krab e dois obuses D-20 foram destruídos na área.

As forças russas avançaram ao sul de Dalne;

As forças russas avançaram perto de Berestky;

Os confrontos continuam em Elizavetovka;

Conflitos estão acontecendo em Sontsivka;

Os confrontos continuaram na parte oriental de Kurakhovo;

Os confrontos continuaram perto de Trudovoe;

Até 500 militares, um M113, um M-777, uma picape, um sistema Krab e dois obuses D-20 foram destruídos na área.

As forças russas avançaram nos arredores norte e oeste de Novopokrovka;

As forças russas protegeram áreas nos arredores do norte de Rabotino;

Até 135 militares, um veículo blindado, dois veículos motorizados, um Akatsiya e um M777 foram destruídos na área.

Ler/Ver em South Front, com vídeos:

Direção Norte Esperando Renascimento. Ucrânia Esgota Suas Reservas

Declaração dura do representante permanente russo no briefing do Conselho de Segurança da ONU sobre a Ucrânia

Em vídeo: Grupo de soldados ucranianos destruídos por drones russos na região de Kursk 

Rússia muda sua doutrina nuclear: o que mudou e por que o Ocidente deveria ser cauteloso?

A nova doutrina nuclear russa assinada recentemente pelo presidente Vladimir Putin apresenta vários artigos notáveis ​​que estavam ausentes nas versões anteriores da doutrina, disse o analista militar russo aposentado Coronel Viktor Litovkin à Sputnik.

Spunik Globe | # Traduzido em português do Brasil

“Primeiramente, a edição de 2020 da doutrina não continha nenhuma menção à Bielorrússia, onde implantamos nossas armas nucleares e a quem tínhamos tomado sob nosso 'guarda-chuva nuclear'”, explica Litovkin. “Em segundo lugar, a versão anterior da doutrina não continha nenhuma menção à Rússia sendo autorizada a usar armas nucleares se atacada por um estado não nuclear apoiado por uma potência nuclear.”

Segundo ele, a Rússia envia assim um aviso direto aos Estados Unidos e à OTAN, que fornecem mísseis de longo alcance à Ucrânia e instam Kiev a usá-los, efetivamente travando uma guerra contra a Rússia por procuração.

“Este é um aviso sério de que, se eles forem longe demais e mísseis de longo alcance forem usados ​​contra território russo — e esses mísseis de longo alcance forem programados por especialistas da OTAN porque os especialistas ucranianos não têm o equipamento e a experiência necessários, sem mencionar as aeronaves da OTAN e os UAVs pesados ​​guiando esses mísseis — teríamos o poder de atacar os locais de onde esses mísseis são lançados", acrescenta.

Dmitry Stefanovich, do Instituto de Economia Mundial e Relações Internacionais da Academia Russa de Ciências, sediado em Moscou, também ressalta que a nova edição da doutrina nuclear afirma que armas nucleares podem ser usadas em caso de ameaça à "integridade territorial e soberania" da Rússia, em vez de em caso de ameaça à "própria existência do país", como antes.

A doutrina serve, portanto, como uma reação a “processos globais na esfera político-militar, nem todos relacionados à Ucrânia”, observa Stefanovich.

“Mais importante, o documento ainda mantém que a dissuasão nuclear funciona apenas até que armas nucleares sejam usadas. Só podemos imaginar o que aconteceria 'além do limite nuclear' e espero que essas especulações permaneçam puramente hipotéticas”, ele observa.

Ler mais em Sputnik:

Defesas aéreas russas abateram 5 mísseis ATACMS sobre a região de Bryansk 

Vazamentos expõem célula militar britânica secreta ativa para 'manter a Ucrânia lutando'

Arquivos vazados mostram que importantes figuras militares do Reino Unido conspiraram para realizar o bombardeio da ponte de Kerch, treinar secretamente forças de permanência no estilo "Gladio" na Ucrânia e preparar o público britânico para uma queda nos padrões de vida causada pela guerra por procuração contra a Rússia.

Kit Klarenberg* | Strategic Culture Foundation, em The Grayzone | # Traduzido em português do Brasil

E-mails e documentos internos revisados ​​pelo The Grayzone revelam detalhes de uma conspiração de veteranos militares e de inteligência britânicos que conspiraram para escalar e prolongar a guerra por procuração na Ucrânia "a todo custo". Convocada sob a direção do Ministério da Defesa britânico logo após a invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022, a célula se referiu a si mesma como Projeto Alquimia. Enquanto a liderança britânica sabotava as negociações de paz entre Kiev e Moscou, a célula apresentou uma série de planos "para manter a Ucrânia lutando" impondo "dilemas estratégicos, custos e atritos à Rússia".

Os vazamentos obtidos pelo The Grayzone expõem uma mão oculta por trás da política britânica na Ucrânia, mostrando em detalhes extraordinariamente granulares como ela pretendia arquitetar uma guerra longa e desgastante por meio de operações secretas que ultrapassavam os limites da legalidade.

Os esquemas propostos pelo Projeto Alchemy abrangeram todos os campos concebíveis de guerra, de ataques cibernéticos a “operações discretas” e terrorismo direto. A célula secreta até apresentou um plano para “perseguir agressivamente” e “desmantelar” veículos de mídia independentes – incluindo The Grayzone – por meio de uma campanha agressiva de assédio legal e censura online, para que eles “fossem forçados a fechar”. Os projetos incendiários foram alimentados aos mais altos níveis do estado britânico e da estrutura de segurança nacional, onde foram aparentemente bem recebidos.

Fundado por um alto funcionário do Ministério da Defesa britânico, o Projeto Alchemy é composto por militares veteranos e agentes de inteligência unidos pelo desejo de uma guerra total entre o Ocidente e a Rússia. Alguns treinaram forças ucranianas em táticas clandestinas de sabotagem.

Membros da cabala de segurança nacional reconheceram tacitamente que suas operações propostas esticavam os limites da lei britânica. Assim, eles sugeriram que Londres deveria estar “preparada para usar criativamente a lei” para atingir seus objetivos, e até mesmo estar disposta a apagar “restrições legais sobre operações negáveis ​​do Reino Unido” contra a Rússia.

Algumas das recomendações mais extremas do Projeto Alchemy já foram implementadas, frequentemente com resultados calamitosos. Isso inclui a proposta da célula de atacar  a Ponte Kerch da Crimeia , o que provocou uma escalada russa que viu ataques punitivos à infraestrutura de eletricidade da Ucrânia. A Alchemy também imaginou a construção de um  exército secreto, estilo Gladio,  de combatentes guerrilheiros ucranianos para realizar missões de assassinato, sabotagem e terror atrás das linhas inimigas.

Parece que o premiê britânico, Keir Starmer, caiu sob a influência da cabala do Projeto Alquimia logo após sua eleição em julho, quando ele  abraçou avidamente  o papel de “primeiro-ministro em tempo de guerra”. Depois de prometer apoiar a Ucrânia “pelo tempo que for preciso”, no entanto, Starmer está silenciosamente se afastando da política maximalista. Em Kiev, os ucranianos são deixados para refletir sobre como seus “amigos” em Londres os colocaram nessa confusão, e por que eles não podem, ou não vão tirá-los dela.

Os espiões britânicos que se reuniram em torno do Projeto Alquimia raciocinaram que quanto mais a guerra por procuração continuasse, mais a “credibilidade do presidente russo Vladimir Putin em casa e no exterior cairia, e sua capacidade de lutar contra a OTAN seria degradada”. Hoje, a jogada do Projeto Alquimia claramente saiu pela culatra, já que Putin continua popular na Rússia, enquanto um exército ucraniano em ruínas perde território a cada dia, apesar do rearmamento constante do Ocidente. Mas os planejadores de guerra em Londres permanecem firmemente comprometidos com a escalada, recusando-se a arquivar suas propostas diabólicas.

VAMOS CAVAR ABRIGOS NUCLEARES?

Pedro Tadeu | Diário de Notícias, opinião

O novo secretário-geral da NATO, o holandês Mark Rutte, parece ser ainda mais irresponsável que o anterior e classifica como inimigos perigosos, para além da Rússia, a China, o Irão e a Coreia do Norte, preparando assim as nossas cabecinhas para a Terceira Guerra Mundial.

A presidente da Comissão Europeia secunda Rutte no protesto contra o envolvimento de tropas da Coreia do Norte na guerra, em Kursk, que é território russo e não ucraniano. Von der Leyen acha que essa é uma “escalada significativa da guerra” e uma “ameaça à paz mundial”.

Se for verdade (já nem sei...) ela até terá razão, mas Von der Leyen e Josep Borrel contradizem-se, porque aplaudem, entusiasmados, a ideia de permitir que mísseis da NATO possam ser utilizados para bombardear locais russos o que, no campeonato das ameaças à paz mundial, me parece evidente ir muito mais à frente do que a “ameaça norte-coreana” à Ucrânia.

Entretanto o Washington Post garantia ontem que Joe Biden, a menos de dois meses de deixar a Presidência dos Estados Unidos da América, decidira autorizar a utilização pela Ucrânia de mísseis norte-americanos para atingir alvos na Rússia, nomeadamente na Região de Kursk.

Vladimir Putin já dissera, a 13 de setembro, interpretar essa hipótese desta forma: “Isso significará que os países da NATO, os Estados Unidos da América e os Estados europeus estarão em guerra com a Rússia”... Achamos todos que isto é só retórica?!

Também ontem soubemos da distribuição pelo Governo sueco de um manual: “Se a guerra chegar” explica ao povo ignaro o que é essencial ter em casa, como serão difundidos os alertas de ataque e como identificar abrigos subterrâneos. O manual avisa: em caso de guerra todos os suecos, dos 16 aos 70 anos, podem ser chamados para o Serviço Militar. A Finlândia, a Dinamarca e a Noruega estão a fazer um trabalho semelhante.

Só falta mesmo vermos a repetição de uma tristemente famosa campanha do Governo britânico, em 1980, ainda na Guerra Fria, a Protect and Survive. Essa propaganda aconselhava as pessoas a telefonarem para a polícia caso vissem uma explosão nuclear, pedia a colocação de fita adesiva nas janelas para impedir a propagação de estilhaços, aconselhava a tapar os ouvidos e a fechar os olhos no momento da explosão, fomentava a construção de abrigos nos quintais, lembrava que se devia evitar a chuva radioativa e ordenava que se embrulhassem os parentes mortos em sacos de polietileno antes de os enterrar, assinalando devidamente o local da sepultura... Uma macabra e patética inutilidade face a um ataque nuclear.

Nessa época, apesar da “ameaça comunista”, muitos ingleses protestaram por se estar a popularizar a ideia de que era possível sobreviver a uma guerra nuclear, o que tornava mais fácil a sua aceitação pela opinião pública e, portanto, aumentava as probabilidades de um cataclismo atómico mundial.

Essa campanha, em 1980, foi cancelada. Nos nossos dias, anestesiados, nem reagimos contra a demência dos nossos líderes e, alguns, até aplaudem.

Irão as autoridades, daqui a uns tempos, dar-nos uma enxada para cavarmos um abrigo nuclear? Ou, quiçá, a nossa própria sepultura?...

Portugal | Governo tem três ministros em "desgaste". MAI é um "caso perdido"

Para Miguel Relvas, "admitir o princípio da greve nas forças policiais é uma incompatibilidade total", o que faz com que Margarida Blasco não possa continuar à frente da pasta da Administração Interna

Miguel Relvas defendeu, na segunda-feira, na CNN Portugal, que o Governo tem três ministros em "desgaste" e que há um que é mesmo já "um caso perdido".

"Há aqui uma ideia do desgaste da ministra da Saúde, da ministra da Administração Interna, do ministro dos Negócios Estrangeiros. Há desgaste, há. Particularmente a ministra da Administração Interna, que é um caso perdido", atirou o social democrata.

Para o ex-ministro dos Assuntos Parlamentares de Passos Coelho  "um ministro da Administração Interna admitir o princípio da greve nas forças policiais é uma incompatibilidade total de software e hardware".

Por isso, Miguel Relvas não tem dúvidas: "Aquela ministra não pode estar ali. Esta é uma questão de princípio. Muito clara e se há questão que ficou clarificada nas eleições foi essa, até pela manifestação dos polícias, que houve no dia do debate entre Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro".

Recorde-se que tanto Margarida Blasco, como Ana Paula Martins e Paulo Rangel já se viram envolvidos em várias polémicas desde que assumiram as respetivas pastas.

Margarida Blasco disse, recentemente, que a discussão da greve nas polícias estava em cima da mesa. O que levou a que o próprio MAI fizesse um desmentido horas depois.

Já Ana Paula Martins, além do fecho das urgências obstétricas no verão, está a lidar com uma crise no INEM sem precedentes, que terá provocado mesmo a morte de, pelo menos, 11 pessoas.

Por sua vez, Paulo Rangel terá, alegadamente, insultado e ofendido vários militares no Aeroporto de Figo Maduro, no dia 4 de outubro, aquando da chegada de cidadãos portugueses repatriados do Líbano.

Notícias ao Minuto 

Leia em NM: Eduardo Cabrita acusa MAI de "desnorte" e "falta de ponderação"

Da guerra às taxas sobre os super-ricos. O que disse Montenegro no G20

Um dos anúncios do primeiro-ministro português foi a realização de uma cimeira luso-brasileira, em fevereiro do próximo ano, no Brasil.

O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, participa esta terça-feira no último dia da cimeira do G20, que se realiza no Rio de Janeiro, no Brasil.

No primeiro dia, as discussões dos chefes de Estado e de Governo estiveram centradas na inclusão social e na reforma das instituições de governação global. Hoje, o grupo vai debater temas como o desenvolvimento sustentável e a transição energética.

O arranque da cimeira do G20 do Rio de Janeiro ficou marcada pelo lançamento da Aliança contra a Fome e Pobreza, pelo presidente Lula da Silva. Portugal aderiu à mesma como fundador e anunciou um "contributo inicial" de cerca de 300 mil dólares, qualquer coisa como 284 mil euros anuais até 2030, o que corresponde a 10% das despesas administrativas de funcionamento da iniciativa.

Para Luís Montenegro, o lançamento desta Aliança, "representa um sinal de inconformismo e da vitalidade do multilateralismo, bem como do valor do diálogo e da cooperação internacional para enfrentar desafios comuns e de natureza global".

"Contem connosco para contribuir para um mundo mais solidário, justo e próspero, que não 'deixa ninguém para trás'", acrescentou sobre o tema.

Além desse anúncio, Luís Montenegro aproveitou anda para divulgar a realização de uma cimeira luso-brasileira em fevereiro do próximo ano, no Brasil, e uma nova visita a este país, em data a acertar.

Para o Chefe de Governo português esta cimeira é mais um exemplo que a interação entre Portugal e Brasil "está mais viva que nunca" e que, para além das ligações culturais, históricas e das parcerias económicas, a ligação entre os dois países tem uma dimensão humana "verdadeiramente notável".

Mil dias não bastam para aprender o bem

Rui Gustavo, jornalista | Expresso (curto)

Bom dia,

Convite prévio: amanhã, às 14h00, "Junte-se à Conversa" com o David Dinis e a Ana França, para tentar perceber se "Ainda há salvação para a Ucrânia". Inscreva-se aqui.

Confúcio foi um sábio que viveu na China feudal e criou uma corrente filosófica baseada na ética. Acreditava na bondade intrínseca do ser humano, mas não era ingénuo. Completou a frase que dá título a este curto com uma constatação que é a raiz do seu pensamento: “Mas para aprender o mal, uma hora é demais”.

Passam hoje mil dias desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, dando origem a uma guerra que está longe do fim e que já teve várias fases, avanços e recuos. Vladimir Putin julgou que bastariam duas semanas para quebrar a resistência do vizinho, os peritos ocidentais acreditavam que bastariam quatro dias para os russos chegarem a Kiev. Quase três anos depois, a guerra ainda se trava no Donbass e há dezenas de milhares de mortos dos dois lados da trincheira.

Luís Montenegro, que não é um filósofo, está no Brasil na qualidade de observador da cimeira que junta os países mais poderosos do mundo e constatou o óbvio: “Não estamos a falar da paz, não estamos a falar do mecanismo diplomático que tem de se colocar em cima da mesa”.

Donald Trump, que não é um pensador, prometeu acabar com esta guerra “em 24 horas”. Toma posse como Presidente dos Estados Unidos dentro de dois meses e terá de lidar com uma herança armadilhada de Joe Biden. O presidente lame duck, que já viveu mais do que Confúcio, autorizou as forças ucranianas a utilizarem os mísseis americanos para ataques ao território russo. O que tornará mais difícil a solução mágica de Trump.

O Presidente eleito poderá sempre alegar que não estava a ser literal e até pode anular a decisão de Biden. Mas o presidente Zelensky ganhou dois meses de energia e armamento extra.

Os 27 países da União europeia desuniram-se nas reações e a Alemanha, por exemplo, voltou a rejeitar o envio de mísseis de longo alcance para a Ucrânia. A Itália já disse que não autorizará a utilização de mísseis para atacar a Rússia e só a França deixou em aberto essa hipótese. Josep Borrell, chefe da diplomacia europeia, concorda com a utilização de mísseis de longo alcance por parte de Kiev.

O Kremlin diz que irá culpar quem deu autorização a Kiev para atacar a Rússia, e o ditador coreano, Kim Jong-un, que mandou tropas para o terreno, acusa o Ocidente de provocar a "Terceira Guerra Mundial".

E, sim, de paz ninguém falou.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que é mais sagaz do que se julgou a pensar, participa hoje à distância numa sessão especial do Parlamento Europeu e terá oportunidade para o fazer.

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