FCJ – TÉLA NÓN
Realizou-se na passada segunda-feira, dia 10 de Outubro, na Sala de Conferências das Nações Unidas, o encontro do Programa de Cooperação Sul-Sul para Países Lusófonos (PCSS – Lusófonos), com organizações da sociedade civil santomense, tendo em vista o arranque da Rede Nacional de Educação para Todos – STP.
Pretende-se assim organizar uma rede consistente e sustentável composta por representantes da sociedade civil, que procura actuar junto dos governos, com o intuito de alcançar os grandes objectivos das políticas nacionais da educação, nomeadamente a reafirmação da luta pelo Direito Humano a Educação nos Países lusófonos.
O primeiro passo de São Tomé e Príncipe rumo à integração no Programa, que tem o apoio da Open Society Foundations, e da qual fazem parte a Campanha Nacional de Direito à Educação do Brasil, bem como as redes de Moçambique, Angola, Cabo-Verde e Guiné Bissau, aconteceu em Maio do corrente ano, com a participação do país na Oficina de Articulação com Países Lusófonos, em São Paulo, no Brasil, onde foram discutidos os principais desafios e prioridades específicas ao contexto político e social de cada país participante, dando início a um processo de troca de experiências e cooperação entre as diferentes redes.
Nesse sentido, e de acordo com a agenda do programa, esta semana São Tomé e Príncipe recebeu a visita de uma comitiva, a Dra. Cleusa Repulho, Dra. Maité Gauto, ambas representantes da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, e a Dra. Trine Petersen, da Open Society Foundations, dando seguimento ao diagnóstico e conhecimento da nossa realidade local, através da auscultação de representantes de organizações da sociedade civil e do Governo.
Neste primeiro encontro, de arranque efectivo e constituição da Rede Nacional de Educação no país, ficaram definidos os desafios e prioridades iniciais da mesma, após aceso debate, considerações, consensos e conclusões das mais de 20 organizações representadas. Importa primeiramente fazer o levantamento exaustivo dos reais dados estatísticos sobre a população em relação à educação, bem como criar uma relação de influência e parceria com o governo, com vista a um cada vez maior financiamento público, que garanta o direito básico à educação de qualidade para todos, independentemente dos apoios financeiros privados que surjam.
Referiu-se ainda a necessidade de formação dos professores, bem como a sensibilização das famílias para a importância da educação, entre outras questões, que sabemos serem sempre muitas e de grande relevância, mas que têm de ser priorizadas no sentido da eficácia e sustentabilidade da Rede e seus objectivos.
Texto – Fundação da Criança e da Juventude
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