Sondagem
Universidade Católica
Hugo Filipe Coelho
– Diário de Notícias, ontem
Uma semana depois
do anúncio de mais austeridade e depois de Portas revelar as suas divergências,
o PSD surge a cair a pique nas intenções de voto dos portugueses. Os
sociais-democratas perderam 12 pontos percentuais face a junho e recebem o
apoio de 24% dos eleitores, o mesmo que PCP e BE juntos, de acordo com uma
sondagem da Universidade Católica para o DN, JN, Antena 1 e RTP hoje publicada.
A penalização
eleitoral do PSD não é partilhada pelo parceiro de coligação, o CDS, que, em
relação ao começo do verão, até sobe um ponto percentual, para os 7%, mas
também não é aproveitada pelos socialistas que caem também eles dois pontos nas
estimativas de resultados. Devido à queda do PSD,o PS, mesmo perdendo intenções
de votos (dois pontos percentuais), passa para a frente (com 31%).
Quem mais ganha com
a descida do partido de Passos Coelho são os partidos anti memorando da troika.
O Partido Comunista sobe de 9% para 13%, enquanto que o Bloco de Esquerda - que
está a discutir a sucessão de Francisco Louçã - sobe dos mesmos 9% para 11%.
Ao mesmo tempo
disparam o número de votos bancos e nulos. A percentagem de eleitores que
admite votar dessa forma passou de 4% em junho para 11% - mais do que os que
dizem que vão votar no CDS. Não há, nos últimos anos, uma sondagem com uma
percentagem tão elevada.
23% dos inquiridos
respondeu que de certeza que não iria votar ou que não tenciona ir votar, enquanto
que quase um em cada quatro disse não saber em qual partido votaria.
Ficha técnica para
a imprensa (DN e JN):
Esta sondagem foi
realizada pelo Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade
Católica Portuguesa (CESOP) para a Antena 1, a RTP, o Jornal de Notícias e o
Diário de Notícias nos dias 15, 16 e 17 de setembro de 2012. O universo alvo é
composto pelos indivíduos com 18 ou mais anos recenseados eleitoralmente e
residentes em Portugal Continental. Foram selecionadas aleatoriamente dezanove
freguesias do país, tendo em conta a distribuição da população recenseada
eleitoralmente por regiões NUT II (2001) e por freguesias com mais e menos de
3200 recenseados. A seleção aleatória das freguesias foi sistematicamente
repetida até os resultados eleitorais das eleições legislativas de 2009 e 2011
nesse conjunto de freguesias, ponderado o número de inquéritos a realizar em
cada uma, estivessem a menos de 1% do resultados nacionais dos cinco maiores
partidos. Os domicílios em cada freguesia foram selecionados por caminho
aleatório e foi inquirido em cada domicílio o mais recente aniversariante
recenseado eleitoralmente na freguesia. Foram obtidos 1132 inquéritos válidos,
sendo que 60% dos inquiridos eram do sexo feminino, 34% da região Norte, 22% do
Centro, 29% de Lisboa e Vale do Tejo, 8% do Alentejo e 7% do Algarve. Todos os
resultados obtidos foram depois ponderados de acordo com a distribuição de
eleitores residentes no Continente por sexo, escalões etários, região e habitat
na base dos dados do recenseamento eleitoral. A taxa de resposta foi de 40,1%*.
A margem de erro máximo associado a uma amostra aleatória de 1132 inquiridos é
de 2,9%, com um nível de confiança de 95%.
PASSOS COELHO É O
POLÍTICO COM AVALIAÇÃO MAIS NEGATIVA
Sondagem Universidade
Católica
Hugo Filipe Coelho
– Diário de Notícias, ontem
Os portugueses
estão cada vez mais desiludidos com Passos Coelho. Mais de seis em cada dez
fazem hoje uma avaliação negativa do primeiro-ministro, que com uma nota média
de 6,3 pontos em 20 bateu no fundo da tabela de popularidade dos principais
líderes políticos.
O chefe do Governo
sofreu um desgaste acentuado face a junho quando ainda não eram conhecidas
medidas de austeridade do Executivo para 2013. Nessa altura Passo recolhia 48%
de opiniões positivas e com uma nota média de 8,1 estava à frente de Paulo
Portas.
O Presidente da
República e os outros líderes partidários também não escapam à tendência de
descida. Cavaco Silva, que convocou o Conselho de Estado no primeiro dia da
sondagem, recolhe mais de metade das opiniões negativas e uma nota média de 8 -
menos oito décimas que em junho.
António José Seguro
surge com uma nota de 8,4 - queda de três décimas -, mas garante mais de metade
de opiniões positivas. Jerónimo de Sousa e Francisco Louçã ficam-se pelos 8,1
valores, mais um do que Paulo Portas, que fecha a tabela.
O desgaste do
primeiro-ministro tem um reflexo correspondente na avaliação do Executivo. A
percentagem de inquiridos que avalia como muito mau o desempenho do Governo
subiu de 30% para 42%. O número dos que fazem uma avaliação positiva desceu,
por contraste, de 25% para 16%.
O pessimismo também
aumentou. Hoje, 37% dos inquiridos têm expectativas negativas quanto à
governação, quando em junho eram 27%. Também aumentou, mesmo que ligeiramente,
de 58% para 60%, a percentagem de inquiridos que não olha para a oposição como
uma alternativa.
Ficha técnica para
a imprensa (DN e JN)
Esta sondagem foi
realizada pelo Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade
Católica Portuguesa (CESOP) para a Antena 1, a RTP, o Jornal de Notícias e o
Diário de Notícias nos dias 15, 16 e 17 de setembro de 2012. O universo alvo é
composto pelos indivíduos com 18 ou mais anos recenseados eleitoralmente e
residentes em Portugal Continental. Foram selecionadas aleatoriamente dezanove
freguesias do país, tendo em conta a distribuição da população recenseada
eleitoralmente por regiões NUT II (2001) e por freguesias com mais e menos de
3200 recenseados. A seleção aleatória das freguesias foi sistematicamente
repetida até os resultados eleitorais das eleições legislativas de 2009 e 2011
nesse conjunto de freguesias, ponderado o número de inquéritos a realizar em
cada uma, estivessem a menos de 1% do resultados nacionais dos cinco maiores
partidos. Os domicílios em cada freguesia foram selecionados por caminho
aleatório e foi inquirido em cada domicílio o mais recente aniversariante
recenseado eleitoralmente na freguesia. Foram obtidos 1132 inquéritos válidos,
sendo que 60% dos inquiridos eram do sexo feminino, 34% da região Norte, 22% do
Centro, 29% de Lisboa e Vale do Tejo, 8% do Alentejo e 7% do Algarve. Todos os
resultados obtidos foram depois ponderados de acordo com a distribuição de
eleitores residentes no Continente por sexo, escalões etários, região e habitat
na base dos dados do recenseamento eleitoral. A taxa de resposta foi de 40,1%*.
A margem de erro máximo associado a uma amostra aleatória de 1132 inquiridos é
de 2,9%, com um nível de confiança de 95%.
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