Autoridades de
Manica em "alerta vermelho" por causa de tráfico de órgãos
19 de Setembro de
2012, 14:46
Chimoio, 19 set
(Lusa) As autoridades de justiça em Manica, centro de Moçambique, consideram
"alarmante" a subida de casos de tráfico de pessoas e de órgãos
humanos, o que coloca a província em "alerta vermelho", disse à Lusa
fonte oficial.
"A província
de Manica apresenta um quadro negro no que se refere ao tráfico de pessoas.
Esta situação constitui um alerta para todos da necessidade de assumir um papel
proativo na luta contra este mal", disse à Lusa Firmino Emílio, porta-voz
da Procuradoria de Manica.
Estatísticas da
Procuradoria indicam que este ano foram registados seis casos de tráfico de
pessoas e de órgãos humanos, que já foram encaminhados para o tribunal. Dos
processos que transitaram do ano passado, quatro foram julgados, dois dos quais
com condenações, um absolvido e outro a aguardar sentença.
Novas barragens no
rio Zambeze não resistirão a choques das mudanças climáticas -- estudo
19 de Setembro de
2012, 15:48
Maputo, 19 set
(Lusa) - As novas barragens projetadas para o rio Zambeze, o quarto maior da
África Austral, não estão preparadas para resistir aos choques das mudanças
climáticas, revela um estudo sobre os riscos hidrológicos naquela Bacia
divulgado hoje.
O relatório, da
autoria do hidrólogo norte-americano Richard Beilfuss, refere que o resultado
da construção desses projetos na bacia do Zambeze, no centro de Moçambique,
"poderá ser barragens economicamente não viáveis".
Richard Beilfuss
considera que as futuras barragens poderão ter "um desempenho abaixo do
esperado face às secas mais extremas, e que podem também constituir um perigo
pois não foram projetadas para lidar com cheias cada vez mais
destrutivas".
"As barragens
que estão atualmente a ser propostas e construídas serão negativamente afetadas
(pelas mudanças climáticas) e o planeamento energético para a bacia do Zambeze
não está a ter em consideração medidas sérias para enfrentar estas enormes
incertezas hidrológicas", afirma o estudioso norte-americano.
Atualmente, estão a
ser propostos 13.000 megawatts de capacidade geradora para o Zambeze e seus
afluentes, mas o relatório revela que as barragens já existentes e as que foram
propostas "não estão a ser adequadamente avaliadas em relação aos riscos da
variabilidade hidrológica natural (que é extremamente elevada no Zambeze), e
muito menos em relação aos riscos inerentes às mudanças climáticas".
"Devemos
evitar investir biliões de dólares em projetos que podem vir a ser elefantes
brancos", até porque, adianta o relatório, a região "caminha em
direção a um precipício hidrológico", considera Richard Beilfuss.
"Os planos
para dois dos maiores projetos de barragens para o Zambeze - as barragens de
Batoka Gorge (da Zâmbia) e de Mphanda Nkuwa (Moçambique) -, são baseados em
arquivos hidrológicos históricos e não foram avaliados em relação aos riscos
associados à redução do fluxo anual médio e de ciclos mais extremos de cheias e
secas", considera.
Para o estudioso,
"é improvável que estas estações hidroelétricas, baseadas em registos de
fluxos do último século, forneçam os serviços esperados durante o seu tempo de
funcionamento, tendo em conta os futuros cenários climáticos".
Citando o Painel
Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, Richard Beilfuss garante que
"a Bacia do Zambeze apresenta os piores efeitos potenciais das mudanças
climáticas, quando comparada às 11 principais bacias hidrográficas da África
subsaariana, e vai enfrentar a redução mais substancial da precipitação e de
escoamento".
Vários estudos
estimam que a precipitação ao longo da Bacia do Zambeze vai diminuir entre
"10 e 15 por cento", pelo que "a Bacia irá, provavelmente,
sofrer um aquecimento significativo e maiores taxas de evaporação no próximo
século".
"Uma vez que
as grandes albufeiras apresentam maior evaporação que os rios naturais, as
grandes barragens podem piorar os défices locais de água e reduzir a quantidade
de água disponível para a energia hídrica", afirma.
MMT
Governo prevê
crescimento económico de 8,4 por cento em 2013
19 de Setembro de
2012, 15:57
Maputo, 19 set
(Lusa) - O Governo moçambicano aprovou terça-feira a proposta do Orçamento de
Estado para 2013 que vai submeter à Assembleia da República, prevendo um
crescimento económico de 8,4 por cento e uma inflação de 7,5 por cento.
Em conferência de
imprensa na terça-feira à noite, que se seguiu à sessão semanal do Conselho de
Ministros, o porta-voz do órgão, Alberto Nkutumula adiantou que a proposta do
Orçamento de Estado que será defendida no parlamento projeta um aumento de 14
por cento nas exportações do país.
Sem apontar
números, Alberto Nkutumula indicou que o Governo aposta para 2013 no aumento
das reservas internacionais líquidas, criação de emprego e promoção das
oportunidades de investimento interno e externo.
O aumento da
produção e da produtividade agrária e pesqueira, o desenvolvimento humano e
social, bem como o combate à pobreza estão também inscritos no Orçamento Geral
do Estado e no Plano Económico e Social (PES) aprovados.
PMA
*O título nos
Compactos de Notícias são de autoria PG
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