quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Moçambique: TRÁFEGO DE ÓRGÃOS, BARRAGENS DO ZAMBEZE RESISTEM, CRESCIMENTO

 


Autoridades de Manica em "alerta vermelho" por causa de tráfico de órgãos
 
19 de Setembro de 2012, 14:46
 
Chimoio, 19 set (Lusa) As autoridades de justiça em Manica, centro de Moçambique, consideram "alarmante" a subida de casos de tráfico de pessoas e de órgãos humanos, o que coloca a província em "alerta vermelho", disse à Lusa fonte oficial.
 
"A província de Manica apresenta um quadro negro no que se refere ao tráfico de pessoas. Esta situação constitui um alerta para todos da necessidade de assumir um papel proativo na luta contra este mal", disse à Lusa Firmino Emílio, porta-voz da Procuradoria de Manica.
 
Estatísticas da Procuradoria indicam que este ano foram registados seis casos de tráfico de pessoas e de órgãos humanos, que já foram encaminhados para o tribunal. Dos processos que transitaram do ano passado, quatro foram julgados, dois dos quais com condenações, um absolvido e outro a aguardar sentença.
 
Novas barragens no rio Zambeze não resistirão a choques das mudanças climáticas -- estudo
 
19 de Setembro de 2012, 15:48
 
Maputo, 19 set (Lusa) - As novas barragens projetadas para o rio Zambeze, o quarto maior da África Austral, não estão preparadas para resistir aos choques das mudanças climáticas, revela um estudo sobre os riscos hidrológicos naquela Bacia divulgado hoje.
 
O relatório, da autoria do hidrólogo norte-americano Richard Beilfuss, refere que o resultado da construção desses projetos na bacia do Zambeze, no centro de Moçambique, "poderá ser barragens economicamente não viáveis".
 
Richard Beilfuss considera que as futuras barragens poderão ter "um desempenho abaixo do esperado face às secas mais extremas, e que podem também constituir um perigo pois não foram projetadas para lidar com cheias cada vez mais destrutivas".
 
"As barragens que estão atualmente a ser propostas e construídas serão negativamente afetadas (pelas mudanças climáticas) e o planeamento energético para a bacia do Zambeze não está a ter em consideração medidas sérias para enfrentar estas enormes incertezas hidrológicas", afirma o estudioso norte-americano.
 
Atualmente, estão a ser propostos 13.000 megawatts de capacidade geradora para o Zambeze e seus afluentes, mas o relatório revela que as barragens já existentes e as que foram propostas "não estão a ser adequadamente avaliadas em relação aos riscos da variabilidade hidrológica natural (que é extremamente elevada no Zambeze), e muito menos em relação aos riscos inerentes às mudanças climáticas".
 
"Devemos evitar investir biliões de dólares em projetos que podem vir a ser elefantes brancos", até porque, adianta o relatório, a região "caminha em direção a um precipício hidrológico", considera Richard Beilfuss.
 
"Os planos para dois dos maiores projetos de barragens para o Zambeze - as barragens de Batoka Gorge (da Zâmbia) e de Mphanda Nkuwa (Moçambique) -, são baseados em arquivos hidrológicos históricos e não foram avaliados em relação aos riscos associados à redução do fluxo anual médio e de ciclos mais extremos de cheias e secas", considera.
 
Para o estudioso, "é improvável que estas estações hidroelétricas, baseadas em registos de fluxos do último século, forneçam os serviços esperados durante o seu tempo de funcionamento, tendo em conta os futuros cenários climáticos".
 
Citando o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, Richard Beilfuss garante que "a Bacia do Zambeze apresenta os piores efeitos potenciais das mudanças climáticas, quando comparada às 11 principais bacias hidrográficas da África subsaariana, e vai enfrentar a redução mais substancial da precipitação e de escoamento".
 
Vários estudos estimam que a precipitação ao longo da Bacia do Zambeze vai diminuir entre "10 e 15 por cento", pelo que "a Bacia irá, provavelmente, sofrer um aquecimento significativo e maiores taxas de evaporação no próximo século".
 
"Uma vez que as grandes albufeiras apresentam maior evaporação que os rios naturais, as grandes barragens podem piorar os défices locais de água e reduzir a quantidade de água disponível para a energia hídrica", afirma.
 
MMT
 
Governo prevê crescimento económico de 8,4 por cento em 2013
 
19 de Setembro de 2012, 15:57
 
Maputo, 19 set (Lusa) - O Governo moçambicano aprovou terça-feira a proposta do Orçamento de Estado para 2013 que vai submeter à Assembleia da República, prevendo um crescimento económico de 8,4 por cento e uma inflação de 7,5 por cento.
 
Em conferência de imprensa na terça-feira à noite, que se seguiu à sessão semanal do Conselho de Ministros, o porta-voz do órgão, Alberto Nkutumula adiantou que a proposta do Orçamento de Estado que será defendida no parlamento projeta um aumento de 14 por cento nas exportações do país.
 
Sem apontar números, Alberto Nkutumula indicou que o Governo aposta para 2013 no aumento das reservas internacionais líquidas, criação de emprego e promoção das oportunidades de investimento interno e externo.
 
O aumento da produção e da produtividade agrária e pesqueira, o desenvolvimento humano e social, bem como o combate à pobreza estão também inscritos no Orçamento Geral do Estado e no Plano Económico e Social (PES) aprovados.
 
PMA
 
*O título nos Compactos de Notícias são de autoria PG

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