Futuro da presença
militar neozelandesa na Força de Estabilização Internacional em discussão
20 de Setembro de
2012, 15:10
Díli, 20 set (Lusa)
- O chefe da diplomacia da Nova Zelândia, Murray McCully, disse hoje que a
presença de militares neozelandeses na Força de Estabilização Internacional em
Timor-Leste está a ser discutida com as autoridades timorenses e aquele grupo.
O chefe da
diplomacia da Nova Zelândia falava aos jornalistas em Díli, onde chegou na
quarta-feira para uma visita oficial, e depois de um encontro com o
primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão.
A Nova Zelândia
coopera com as autoridades timorenses desde 1999 e integra a Força de
Estabilização Internacional, destacada no país e liderada pela Austrália, com
cerca de 100 militares, bem como a Missão Integrada da ONU (UNMIT), que termina
em dezembro.
Questionado pela
agência Lusa sobre o futuro da presença de militares da Nova Zelândia na Força
de Estabilização Internacional, Murray McCully disse que é um "assunto que
está a ser trabalhado entre o governo (timorense) e o grupo
internacional".
"Trabalharemos
no período de tempo que o governo decidir. Queremos estar aqui a ajudar
enquanto for necessário, mas quando o elemento de estabilização não for
necessário continua a haver necessidades de apoio ao nível de
desenvolvimento", afirmou.
Sobre a visita, que
hoje terminou, o chefe da diplomacia neozelandesa disse que serviu para
"perceber o enorme progresso que foi feito em Timor-Leste".
"A Nova
Zelândia tem orgulho em ter feito parte dos progressos que foram feitos, mas
sabemos que começou um novo capítulo da história deste país e desejamos
continuar a apoiar Timor-Leste", acrescentou.
Na quarta-feira, o
ministro neozelandês assinou com o seu homólogo timorense, José Luís Guterres,
um acordo para aumentar a cooperação existente entre os dois países,
nomeadamente ao nível da segurança, pescas, pecuária, educação e gestão
florestal.
MSE.
Força de
Estabilização Internacional também acaba no final do ano - Xanana Gusmão
20 de Setembro de
2012, 20:08
Díli, 20 set (Lusa)
-- O primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, disse hoje que a Força
Internacional de Estabilização (ISF) destacada no país também vai acabar no
final do ano, à semelhança da Missão Integrada da ONU (UNMIT).
"Já falei com
a Austrália e com a Nova Zelândia. A ISF veio conjuntamente, não ao mesmo
tempo, mas conjuntamente com a UNMIT, num contexto próprio. Como já vamos
quebrar esse capítulo da nossa história, eles vão todos regressar. As relações
bilaterais vão continuar", afirmou.
Questionado pela
agência Lusa sobre se há data para a saída daquela força, o primeiro-ministro
timorense disse que será no final do ano.
"Tudo a andar
para o fim do ano. Pode haver questões técnicas, mas depois do fim do ano
acabou a missão", explicou.
Xanana Gusmão
falava à Lusa depois de uma reunião na Presidência timorense durante a qual as
autoridades timorenses informaram o representante do secretário-geral da ONU
sobre a cooperação que pretendem com as Nações Unidas após o final do mandato
da UNMIT, previsto para 31 de dezembro.
"Nós, na carta
que escrevemos, dizemos que não a missões, nem políticas, nem de paz, nós
gostaríamos de estabelecer com as Nações Unidas umas relações inovadoras de
cooperação", afirmou o primeiro-ministro timorense.
A Força de
Estabilização Internacional, liderada pela Austrália, entrou no país na
sequência do conflito político e militar de 2006, e é composta por cerca de 450
militares australianos e neozelandeses.
MSE.
*O título nos
Compactos de Notícias são de autoria PG
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