CLI – JMR - Lusa
Cidade da Praia, 05
Nov (Lusa) - As Fundações Amílcar Cabral, de Cabo Verde e Agostinho Neto, de
Angola, assinaram hoje na capital cabo-verdiana um protocolo para a preservação
da memória histórica das lutas de libertação dos dois países.
O presidente da Fundação
Amílcar Cabral e ex-presidente de Cabo Verde, Pedro Pires, disse que o
protocolo é a institucionalização das relações que já existem há muito tempo
entre as duas fundações, que têm um programa de recuperação e conservação da
memória das personalidades de quem recebem o nome, mas também das lutas que
protagonizaram.
"A questão da
memória é o lado mais importante, a minha ideia é estabelecer relações de
cooperação com outras fundações. Algumas já nos fizeram sugestões no sentido de
trabalharmos em rede porque a documentação está um bocadinho espalhada por todo
o lado", disse.
Pedro Pires
garantiu que há já perspetivas de o Centro de Documentação Samora Machel vir a
tornar-se num dos parceiros da Fundação Amílcar Cabral e da Fundação Agostinho
Neto, mas defendeu que o trabalho destas instituições "não pode centrar-se
excessivamente no passado", devendo sim refletir sobre os desafios
presentes e do futuro.
A presidente da
Fundação Agostinho Neto, Maria Eugénia Neto, considerou que com este protocolo
fica reforçada a amizade entre Angola e Cabo Verde, a fixar o passado e
cimentar o futuro.
"Que a nossa
cooperação seja frutífera, que os povos africanos ocupem o seu lugar no mundo e
caminhem com voz igual para a fraternidade das nações", desejou a viúva de
Agostinho Neto, que se encontra de visita ao arquipélago.
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