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- Lusa
Redação, 06 nov
(Lusa) - Mais de 200 milhões de norte-americanos são chamados hoje a escolher o
próximo Presidente dos EUA, entre o democrata Barack Obama e o republicano Mitt
Romney, a eleger o Congresso e a responder em dezenas de referendos locais.
Após a campanha
mais cara de sempre, interrompida na semana passada pela passagem destruidora
da tempestade Sandy, calcula-se que 40 por cento dos norte-americanos tenham
votado antecipadamente, uma prerrogativa já utilizada, de forma inédita, pelo
Presidente Barack Obama.
Nos últimos dias as
duas candidaturas concluíram uma agenda frenética, que as levou a apostar tudo
nos estados indecisos.
Neste sistema de
eleição indireto, cada um dos 50 estados e o distrito federal de Columbia
(Washington) tem um determinado número de "eleitores", num total de
538, que participarão no Colégio Eleitoral.
O candidato mais
votado fica com todos os eleitores de cada estado, que vão de apenas três nos
menos populosos, como o Montana, Dakota do Norte ou Wyoming (noroeste), aos 55
da Califórnia, 38 do Texas e 29 de Nova Iorque e da Florida.
Nos estados de
Maine e Nebraska, os "eleitores" são repartidos consoante o voto
popular.
Para alcançar uma
maioria de 270 votos eleitorais, as campanhas contam com estados seguramente
democratas a cada quatro anos, como a Califórnia ou Nova Iorque, e outros
garantidamente republicanos, caso do Texas ou a Carolina do Sul, onde colocam
poucos recursos.
Em cada eleição, há
um grupo de estados, conhecidos como "battleground" (campo de
Batalha) em que a luta pelos votos para o Colégio Eleitoral é disputada por
vezes casa a casa.
Na votação de hoje,
este grupo de estados é constituído pela Florida (29 votos), Virgínia (13
votos), Carolina do Norte (15 votos), Wisconsin (10 votos), Ohio (18 votos),
Iowa (6 votos), Colorado (9 votos) e Nevada (6 votos). Nestes oito estados, as
últimas sondagens davam diferenças por vezes de apenas um ponto percentual.
Para o Congresso,
as sondagens indicam que as atuais maiorias republicana na Câmara dos
Representantes (câmara baixa), onde estão em jogo todos os 435 assentos, e
democrata no Senado (câmara alta), onde se elegem 33 dos cem lugares, deverão
permanecer, obrigando o próximo Presidente a lidar com um Capitólio dividido.
Dezenas de
candidatos luso-americanos vão também a votos, incluindo três para o Congresso
- os republicanos David Valadao e Devin Nunes e o democrata Jim Costa, todos da
Califórnia.
A nível estadual,
uma das eleições mais importantes é a de Jack Martins, que em 2010 se tornou no
primeiro luso-americano a chegar ao Senado de Nova Iorque na história recente.
Ao longo de todo o
país, os eleitores vão ainda pronunciar-se em dezenas de referendos estaduais,
como a legalização da marijuana no Colorado, Washington e Oregon.
Os eleitores de
Washington, Maine e Maryland vão ser questionados sobre a legalização do
casamento entre pessoas do mesmo sexo, enquanto no Minnesota a opção é a
contrária, podendo os eleitores escolher que a constituição estadual defina
casamento como uma união entre um homem e uma mulher.
Na Califórnia, a
eliminação da pena de morte é um dos 12 referendos no estado e, se for
aprovada, as sentenças de mais de 700 pessoas no ‘corredor da morte’ serão
substituídas pela prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional.
Os Estados Unidos
têm quatro fusos horários, não contando com Alasca e Havai, e prevê-se que as
assembleias de voto abram às 06:00 na costa leste [11:00 em Lisboa] e quatro
horas depois na costa oeste.
O encerra
mento das
urnas deverá acontecer às 20:00 locais [01:00 de quarta-feira em Lisboa] na
maioria dos estados na costa leste e três horas mais tarde na costa oeste.
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