i online - Lusa
O Banco de Portugal
alertou hoje para um "elevado nível de incerteza e um conjunto de
riscos" associados à evolução das finanças públicas esperada pelo Governo
no Orçamento para 2013, estando preocupado com a reação das famílias à
austeridade.
"Importa
referir que as estimativas para a evolução das finanças públicas em 2013
apresentadas no Relatório do OE2013 têm associados um elevado nível de
incerteza e um conjunto de riscos. Com efeito, a reação das famílias ao elevado
montante de medidas com impacto no seu rendimento disponível é particularmente
difícil de prever, acentuando a incerteza relativa ao cenário
macroeconómico", diz o banco central.
No Boletim
Económico de Outono hoje divulgado, a instituição liderada por Carlos Costa
explica ainda que a estratégia de consolidação subjacente ao Orçamento do
Estado para 2013 está, como no orçamento deste ano, "muito focada num
imposto em particular" e sublinha os riscos associados.
"Embora a
receita de IRS seja, à partida, mais fácil de projetar do que a receita de IVA
(na qual assentava a estratégia do lado da receita para 2012), o risco inerente
à quantificação do impacto das medidas não deverá ser descurado", diz a
instituição.
O banco central diz
ainda que existe algum risco também associado à diminuição da despesa em
rubricas que têm já apresentado diminuições desde o início do programa.
"A previsão de
diminuição da despesa em rubricas que têm evidenciado quedas desde o início da
vigência do Programa comporta igualmente algum risco para a execução do
OE2013", acrescenta.
A instituição
liderada por Carlos Costa divulgou hoje novas previsões que apontam para uma
recessão de 1,6% em 2013. O banco diz ainda que o défice orçamental de 2012,
sem medidas temporárias, será de 6,2% do PIB.
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