Manuel José – Voz da América
Autoridades
angolanas queriam apenas saber endereço e telefone de Adriano Parreira
envolvido em acção jurídica contra políticos angolanos
Primeiro
confiscaram-lhe os passaportes. Agora as autoridades angolanas dizem que
queriam apenas saber da sua morada e telefone.
Este o cenário do caso envolvendo Adriano Parreira cujos passaportes angolano e
português lhe foram confiscados no aeroporto de Luanda quando se preparava para
embarcar para Europa há poucos dias atrás.
Parreira esteve envolvido numa queixa em tribunal contra conhecidas personalidades políticas angolanas.
O caso poderá agora ter chegado ao fim atendendo as palavras do próprio Parreira, citando o procurador-geral adjunto da república, junto da Direcção Nacional de Investigação e Acção Penal Beato Manuel Paulo.
Segundo Adriano Parreira que não conseguiu saír de Angola, por lhe terem retirado os seus passaportes, tratou-se apenas de um procedimento que as autoridades consideram de “normal”.
O procurador-geral adjunto junto da DNAP queriam apenas saber informações sobre o endereço actual e o contacto telefónico de Adriano Parreira. Adriano Parreira que preferiu não gravar entrevista, alegando estar ainda chocado com o sucedido disse á VOA que o procurador Beato Manuel Paulo desculpou-se pelo acontecido e garantiu que estava resolvido o problema e dentro de 24 horas Parreira teria de volta os seus documentos e a respectiva autorização para sair do país.
O que não ficou garantido, segundo Adriano Parreira e qualquer tipo de indemnização pelos prejuízos causados.
Já que Parreira tinha viagem marcada e paga para Espanha dia 3 de Dezembro mas isso não aconteceu porque os serviços de emigração impediram, alegando possuírem ordens para que Parreira se apresentasse à Direcção Nacional de Investigação de Acção Penal.
Questionado se vai apresentar qualquer pedido de indemnização, Parreira respondeu que primeiro quer os seus documentos de volta, esfriar a cabeça só depois vai pensar sobre que passos dar.
Adriano Parreira insiste em afirmar que este episodio só está a acontecer como forma de represália a sua pessoa, pelo facto de ele ter feito um pedido de averiguação a Procuradoria Geral da República portuguesa sobre eventuais casos de corrupção praticados por altas figuras da nomenclatura angolana, como o vice-presidente da república Manuel Vicente, o general Hélder Vieira Dias Kopelipa entre outras.
De recordar que em 1992 Adriano Parreira era presidente do extinto partido politico angolano PAI (Partido Angolano Independente).
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