sábado, 15 de junho de 2013

Portugal: PROFESSORES MANIFESTAM-SE EM LISBOA ANTES DA GREVE NACIONAL



Milhares de professores esperados hoje para manifestação em Lisboa

Milhares de professores são esperados hoje pelos sindicatos para uma manifestação em Lisboa, com concentração marcada para as 15:00 na rotunda do Marquês de Pombal, seguida de desfile pela Avenida da Liberdade, contras as políticas do Governo.

A luta dos professores iniciou-se na semana passada, com uma greve ao serviço de avaliações que se prolongará até dia 28, fazendo com que não se realizem as reuniões destinadas a validar a nota dos alunos em muitas escolas, nem a afixação das pautas.

Para segunda-feira, dia em que se iniciam os exames nacionais do Ensino Secundário, está agendada uma paralisação geral dos docentes.

As ações de luta juntam as duas grandes federações do setor: FNE (UGT) e FENPROF (CGTP).

Os sindicatos contestam a aplicação do regime de mobilidade especial aos professores, por temerem despedimentos, e o aumento do horário de trabalho das 35 para as 40 horas semanais.

A mobilidade geográfica, que implica o aumento da distância da residência a que os professores podem ficar colocados, é também motivo de contestação.

As estruturas sindicais esperam milhares de apoiantes, entre educadores, docentes e investigadores, na manifestação nacional de trabalhadores da educação.

AH // CC - Lusa

Braço de ferro entre professores e Governo mantém greve e exames na 2ªfeira

Depois de três rondas negociais falhadas, com trocas de acusações de inflexibilidade de parte a parte, os professores avançam para a greve na segunda-feira, com o ministério a recusar remarcar os exames nacionais agendados para esse dia.

Incerteza é a palavra que vai dominar o fim de semana e as primeiras horas de segunda-feira de milhares de alunos e respetivas famílias.

Depois de semanas de negociações, indefinições e ausência de cedências significativas, os professores mantêm a convocação da greve, afetando os exames nacionais do 12º ano de Português e Latim, provas que o Ministério da Educação e Ciência (MEC) recusou reagendar, incluindo para dia 20, como sugerido pelo colégio arbitral, que recusou a fixação de serviços mínimos.

Os sindicatos garantiram publicamente que não fariam greve nem a 20 de junho nem a outras datas de exames nacionais, mas o MEC contrapôs que nas reuniões algumas estruturas foram menos assertivas, não se comprometendo em relação a futuras greves.

Foto: Manuel de Almeida - Lusa

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