O líder da
Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), o principal partido da oposição do país,
Afonso Dhlakama, disse estar "disposto a encontrar-se com o chefe de
Estado moçambicano, Armando Guebuza, para debater a tensão política
prevalecente no país.
A sociedade moçambicana encara um provável encontro entre Armando
Guebuza e Afonso Dhlakama com grande expectativa, devido à crise política que
se verifica no país, na sequência da decisão da Renamo de boicotar as eleições
autárquicas de 20 de novembro.
O movimento
contesta a atual lei eleitoral, considerando-a favorável à Frelimo (Frente de
Libertação de Moçambique), partido no poder, e assumiu a autoria de ataques no
centro do país, alegadamente para impedir a concentração de membros das forças
de defesa e segurança moçambicanas na região onde Afonso Dhlakama se reinstalou
em finais do ano passado em protesto contra a suposta ditadura imposta no país
pelo partido no poder.
Em declarações à
emissora pública Rádio Moçambique (RM), após encontrar-se com membros do
Observatório Eleitoral (OE), o presidente da Renamo disse estar
"disposto" a reunir-se com o chefe de Estado para a resolução do
diferendo político que persiste no país.
"Para não
dizerem que eu é que estou a negar, garanti (aos membros do OE) que estou
disposto a ir a Maputo", declarou Afonso Dhlakama.
O presidente da
Renamo afirmou que pretende debater com Armando Guebuza a revisão pontual da
lei eleitoral, a despartidarização das instituições do Estado, bem como a
situação económica e política do país.
Na semana passada,
o chefe de Estado moçambicano acusou a Renamo de criar obstáculos a um encontro
com Afonso Dhlakama, reiterando a sua disponibilidade para que a reunião
aconteça.
Lusa
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