Jornal de Angola
O Presidente
norte-americano admitiu ontem a possibilidade de uma intervenção militar da
NATO contra a Rússia. Barack Obama garante que a organização transatlântica vai
fazer tudo para defender os membros europeus, caso sejam alvo de uma tentativa
de anexação russa.
Obama expressou
preocupação com o avanço da Rússia sobre a Ucrânia e alertou o Presidente
russo, Vladimir Putin, de que essa seria uma “má escolha”, reforçando a ameaça
de sanções por parte do Ocidente. Acrescentou que Putin precisa “entender que
há uma escolha a ser feita”.
Obama, que falava durante uma conferência de imprensa conjunta com o
primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, assinalou que os líderes ocidentais
criaram uma estrutura capaz de gerar custos adicionais a serem impostos à
Rússia, se Moscovo continuar a avançar sobre a Ucrânia. De acordo com Obama, a
Rússia arrisca-se a sanções nos sectores de energia, finanças, armas e no
comércio internacional com outras nações.
Obama manifestou-se preocupado com a concentração de tropas russas ao longo da
fronteira com a Ucrânia. “Somos contra o que parece ser um esforço de
intimidação”, salientou Obama, admitindo que a Rússia tem o direito legal de
movimentar as suas tropas no seu território, mas insistiu que a Crimeia
continua a ser parte da Ucrânia, mesmo depois do novo governo de Kiev, apoiado
pelos EUA, ter ordenado a retirada das suas tropas do território. “Nós não
reconhecemos a anexação da Crimeia”, disse Obama, rejeitando “a noção de que um
referendo organizado de forma descuidada em apenas duas semanas” possa “de
alguma forma ser um processo válido”. Obama disse ainda acreditar que, se os
ucranianos tiverem escolha, vão procurar manter boas relações tanto com a
Europa como com a Rússia.
Foto AFP
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