terça-feira, 4 de março de 2014

Vice PM da Guiné Equatorial sublinha assinatura de dispositivo legal contra a pena de morte




O governo da Guiné Equatorial confirmou hoje a assinatura de um decreto contra a pena de morte, dia 13 de fevereiro, numa declaração perante o Conselho das Nações Unidas em Genebra de um dos vice-primeiros ministros do país.

"O meu governo (...) acaba de assinar o decreto número 426/2014, da data de 13 de fevereiro, pelo qual se concede a amnistia temporária contra a pena de morte na República de Guiné equatorial", declarou hoje o Alfonso Nsue Mokuy, terceiro vice-primeiro-ministro encarregado dos direitos humanos em Guiné Equatorial.

Este dispositivo legal constitui um primeiro passo para satisfazer as exigências da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) para a adesão do país ao bloco lusófono, pedida em 2010.

Alfonso Nsue Mokuy também indicou que o governo equato-guineense aprovou uma lei para castigar, proibir e prevenir os atos de tortura com o fim de harmonizar a legislação nacional com os tratados e convenções internacionais ratificados pela Guiné Equatorial.

Acrescentou que a "reforma da lei fundamental (...) prevê a limitação do mandato presidencial a dois mandatos consecutivos e a criação de órgãos novos como o Senado, o Conselho da República etc."

No entanto, a decisão final sobre a adesão da Guiné Equatorial irá ser tomada na próxima cimeira da chefes de Estados da CPLP em Díli, Timor-Leste, em julho.

Durante a intervenção, o oficial equato-guineense também revelou a intenção do governo de "diversificar a suas fontes de crescimento para ampliar a exploração de petróleo em suas diferentes transformações industriais e desenvolver os setores pesqueiros, financeiros e mineiros assim como capacitar os recursos humanos".

De acordo com o Alfonso Nsue Mokuy, o objetivo das autoridades é tornar a Guiné Equatorial "um país emergente para 2020".

Para esse objetivo, disse, "o governo está a elaborar as bases de maneira progressiva através de programa e projeto de desenvolvimento (...) e adotou novas orientações políticas, económicas e sociais para reduzir a pobreza".

A Guiné Equatorial é um dos maiores produtores de petróleo de África e liderada por Teodoro Obiang desde 1979 e é considerado um dos regimes mais fechados do mundo por organizações de direitos humanos.

O Conselho dos direitos humanos iniciou o segundo dia da sua 25ª. Sessão que termina dia 28 de março 2014.

A sessão do Conselho de Direitos Humanos inclui quatro semanas de negociações, discussões e apresentações de relatórios sobre a violação dos direitos humanos no mundo.

Criado em 2006 por uma resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas, o Conselho de Direitos Humanos é um órgão intergovernamental que junta 47 Estados, competindo-lhe a promoção dos direitos humanos no mundo.

Lusa

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