Secretário
Executivo da CPLP pede calma aos guineenses
04 de Abril de
2014, 22:19
Lisboa, 04 abr
(Lusa) -- O secretário executivo da CPLP apelou hoje aos guineenses que
mantenham a calma após a morte do ex-presidente da Guiné-Bissau Kumba Ialá e
que vão a votos "com a consciência tranquila e o dever cumprido".
"Encorajamos
os guineenses a manterem a calma e irem a votos com a consciência tranquila e
dever cumprido", disse Murade Murargy à Lusa após receber na sede da
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Lisboa, o ministro da
saúde de Moçambique, Alexandre Jaime Manguele.
Lamentando a morte
do ex-chefe de Estado guineense, Murargy reiterou que "o povo guineense
tem de manter a calma para levar a cabo este processo eleitoral de forma muito
civilizada e ordeira".
"Ele era uma
peça importante no processo, se estivesse vivo havia de manter a mesma
serenidade" dos restantes atores políticos da Guiné-Bissau, afirmou.
Numa nota de pesar
entretanto enviada à Lusa, o secretário executivo da CPLP apresenta as suas
condolências aos familiares e realça "o papel que o ex-presidente Kumba
Iálá desempenhou na política do seu país".
"Reitero a
nossa convicção no sucesso do processo eleitoral em curso, que todos queremos
que seja livre, transparente e participado, conducente à restauração da ordem
constitucional na Guiné-Bissau, à retoma da estabilidade e ao início de um novo
ciclo que permita materializar as reformas necessárias ao desenvolvimento do
país", conclui ainda Murargy na mesma nota.
A Guiné-Bissau vive
um período de campanha eleitoral com vista às eleições gerais de 13 de abril,
sucessivas adiadas desde o ano passado, que será o primeiro ato eleitoral desde
o golpe de Estado de abril de 2012.
O ex-Presidente da
Guiné-Bissau Kumba Ialá morreu hoje, aos 61 anos, devido a problemas de saúde.
O corpo encontra-se na morgue do hospital militar de Bissau, vigiado por
militares.
De etnia balanta, o
político guineense fundou o Partido da Renovação Social em 1992, a segunda
maior força política do país, e foi Presidente da República entre 2000 e 2003,
tendo sido deposto por um golpe militar.
Kumba Ialá, que fez
61 anos a 15 de março de 2014, renunciou à vida ativa política a 01 de janeiro
deste ano, alegando "haver um tempo para tudo", decidindo apoiar o
candidato independente às presidenciais Nuno Nabian.
FPA // APN
Ramos-Horta ONU
pede que não se politize morte de Kumba Yalá
O representante das
Nações Unidas na Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, apelou hoje para que não haja
nenhum aproveitamento político da morte do ex-Presidente Kumba Ialá, provocada
por uma crise cardíaca.
"É preferível
que ninguém politize a morte de Kumba", referiu hoje aos jornalistas.
Ramos-Horta falava
em reação às palavras do médico particular e sobrinho do ex-presidente, que o
acompanhou na última noite.
Martinho Nhanca
referiu hoje que Kumba "pediu para ser sepultado só depois da vitória de
Nuno Gomes Nabian", candidato presidencial que apoiava na campanha para as
eleições gerais de 13 de abril.
Questionado sobre a
possibilidade de Nabian não vencer, o médico foi perentório: "vai ganhar.
Morre o Kumba Ialá, outro Kumba Ialá está de pé".
Da mesma forma,
Martinho Nhanca remeteu para depois das eleições quaisquer esclarecimentos
sobre as circunstâncias da morte: "só falo depois da vitória de Nuno
Nabian", referiu aos jornalistas à porta de casa do ex-presidente, no
Bairro Internacional, em Bissau.
José Ramos-Horta
refere que cabe às autoridades de saúde prestarem informação sobre o falecimento
que terá sido provocado "por um ataque de coração".
Por outro lado,
"os vivos devem continuar a fazer a campanha eleitoral, sabendo sempre que
é vital que as eleições decorram em total tranquilidade", referiu.
"A melhor
forma de todos, sobretudo os seus apoiantes, honrarem a sua memória, é
respeitarem todo este processo eleitoral e contribuírem para que o processo que
tem estado a correr tão bem possa continuar assim", concluiu.
O ex-presidente da
Guiné-Bissau morreu hoje, aos 61 anos, devido uma crise cardíaca, contaram os
familiares aos jornalistas à porta da residência de Kumba.
O corpo encontra-se
na morgue no Hospital Militar de Bissau, em instalações guardadas por militares.
União
Africana espera que morte de Kumba Yalá não afete eleições
O representante da
União Africana (UA) na Guiné-Bissau, Ovídeo Pequeno, disse hoje esperar que a
morte do ex-presidente guineense Kumba Ialá não perturbe o processo eleitoral
em curso no país
"Foi uma morte
por paragem cardíaca. Tudo depende de como a informação vai ser gerida e de
como as pessoas a vão receber", referiu Ovídeo Pequeno, adiantando esperar
que a situação "não seja aproveitada para criar perturbação no processo eleitoral".
Ovídeo Pequeno
lamentou a morte de Kumba Ialá, recordando que ainda há três dias o ouviu num
comício de Nuno Nabian, candidato independente à presidência apoiado pelo
fundador do Partido da Renovação Social (PRS).
A Guiné-Bissau vive
o período de campanha eleitoral para as eleições gerais (legislativas e
presidenciais) de 13 de abril.
O ex-presidente da
Guiné-Bissau morreu hoje aos 61 anos, devido uma crise cardíaca, contaram os
familiares a jornalistas à porta da residência de Kumba Ialá.
O corpo encontra-se
na morgue no Hospital Militar de Bissau, em instalações guardadas por militares.
Médico diz que
Kumba Ialá pediu para ser sepultado após eleições
04 de Abril de
2014, 19:29
O corpo do
ex-presidente da Guiné-Bissau, Kumba Ialá, só deve ser sepultado após a
proclamação dos resultados das eleições gerais de 13 de abril, defendeu hoje o
seu médico e sobrinho, Martinho Nhanca.
Questionado sobre as
causas da morte ocorrida cerca da meia-noite passada, Martinho Nhanca, que
assistiu o ex-presidente, afirmou apenas Kumba lhe pediu que fosse sepultado
"depois das eleições".
O médico contou que
o político guineense lhe terá pedido para não morrer em casa, à frente dos
filhos, pelo que, adiantou, foi assistido na clínica do sobrinho no bairro de
Bôr, arredores de Bissau.
Mesmo após a
insistência dos jornalistas, Martinho Nhanca recusou-se a adiantar as causas
prováveis da morte de Kumba Ialá: "não se fala do diagnóstico de um fulano
publicamente, enquanto médico pessoal", disse.
No entanto, várias
fontes familiares referiram esta manhã aos jornalistas, à porta da residência
de Kumba Ialá, no Bairro Internacional, que o ex-presidente morreu de crise
cardíaca.
Segundo
descreveram, o político guineense sentiu-se mal quando regressou a Bissau na
quinta-feira, depois de ter participado numa ação de campanha de Nuno Nabian,
candidato independente à presidência da Guiné-Bissau, no sul do país.
Face à
indisposição, decidiu deslocar-se a partir de casa ao encontro de Martinho
Nhanca para lhe pedir assistência, mas acabaria por não resistir.
Segundo os mesmos
familiares, Kumba vivia a um ritmo mais acelerado e com menos descanso desde o
início da campanha eleitoral, alimentando-se mal e sujeito a várias doses de
medicamentos.
O corpo do ex-presidente
guineense encontra-se na morgue do hospital militar em Bissau sob vigilância de
militares.
Kumba Ialá, que fez
61 anos a 15 de março de 2014, renunciou à vida ativa política a 1 de janeiro
deste ano, alegando "haver um tempo para tudo", decidindo apoiar o
candidato independente às presidenciais, Nuno Nabian.
Sapo TL/SIC/Lusa
*Título PG
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