domingo, 18 de maio de 2014

ELEIÇÕES NA GUINÉ-BISSAU DECORREM NORMALMENTE




Urnas abrem na Guiné-Bissau com calma e sem incidentes

As urnas abriram às 07:00 na Guiné-Bissau (08:00 em Lisboa) com calma e sem incidentes na votação da segunda volta das eleições presidenciais, disse o representante das Nações Unidas no país, José Ramos-Horta, à agência Lusa.

"Das informações que nos têm chegado, desde antes da abertura das urnas, nas regiões onde temos elementos e observadores, tudo está calmo com milhares de pessoas a caminharem até ao centro da votação", referiu.

Ramos-Horta falava junto a mesas de voto no centro da capital, Bissau, onde acompanhou a abertura da votação.

"Além de rumores e alegações de intimidação, de pequena monta e sem sequer confirmação", nada mais há a assinalar, acrescentou.

O representante das Nações Unidas disse ter conversado no sábado com o Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, general António Indjai, que lhe terá garantido que os militares "estão a observar com total isenção e naturalidade" o processo eleitoral.

Há dois anos, um golpe de Estado militar interrompeu o processo eleitoral, mas desta vez, as forças armadas "vão acolher quem for eleito e esperam que esta segunda volta seja ainda mais civilizada que a primeira", disse José Ramos-Horta.

"Não há receios por parte de seja quem for, todos vão aceitar os resultados", sublinhou.

José Mário Vaz, apoiado pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), candidato mais votado na primeira volta, e Nuno Nabian, apoiado pelo Partido da Renovação Social (PRS), principal partido da oposição, são os dois candidatos nas eleições presidenciais de hoje.

Lusa, em Notícias ao Minuto

Indjai defende que país deve voltar "à ordem constitucional"

O chefe das Forças Armadas da Guiné-Bissau, António Indjai, disse hoje, depois de votar para a segunda volta das presidenciais, que o país deve retornar à ordem constitucional.

"Apelo a todos os guineenses para que vão votar, o país deve regressar à ordem constitucional", afirmou Indjai, depois de exercer o seu direito de voto numa assembleia de voto próxima da sua residência particular no bairro de Plubá, arredores de Bissau.

Acompanhado de soldados da guarda pessoal, o general, vestido à civil, disse sentir-se "contente" por ter votado logo nas primeiras horas após a abertura das assembleias de voto.

Em abril de 2012, no dia em que se devia iniciar a campanha eleitoral para a segunda volta das presidenciais, António Indjai liderou um golpe militar, destituindo os poderes eleitos e o primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior, candidato que tinha sido mais votado na primeira volta.

Desde então a Guiné-Bissau tem sido dirigida por um Governo e um presidente de transição.

Cerca de 800 mil guineenses vão decidir hoje quem deve ser presidente: José Mário Vaz, apoiado pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), candidato mais votado na primeira volta, ou Nuno Nabian, que conta com o apoio do Partido da Renovação Social (PRS), principal partido da oposição.

Lusa, em Notícias ao Minuto

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1 comentário:

mrvadaz disse...

Alguém, por mais optimista que seja, consegue acreditar que é com estas eleições que a paz vai reinar na Guiné-Bissau(GB)? Bruxo não sou, muito menos ainda um profeta da desgraça mas com o mínimo de bom senso consigo dizer que cedo ou, não muito mais, tarde a merda vai estoirar no saco podre destas eleições e o regresso à ordem constitucional.

http://mrvadaz.blogspot.pt/2014/05/profeta-da-desgraca.html

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