Urnas abrem na
Guiné-Bissau com calma e sem incidentes
As urnas abriram às
07:00 na Guiné-Bissau (08:00 em Lisboa) com calma e sem incidentes na votação
da segunda volta das eleições presidenciais, disse o representante das Nações
Unidas no país, José Ramos-Horta, à agência Lusa.
"Das
informações que nos têm chegado, desde antes da abertura das urnas, nas regiões
onde temos elementos e observadores, tudo está calmo com milhares de pessoas a
caminharem até ao centro da votação", referiu.
Ramos-Horta falava
junto a mesas de voto no centro da capital, Bissau, onde acompanhou a abertura
da votação.
"Além de
rumores e alegações de intimidação, de pequena monta e sem sequer confirmação",
nada mais há a assinalar, acrescentou.
O representante das
Nações Unidas disse ter conversado no sábado com o Chefe de Estado-Maior
General das Forças Armadas, general António Indjai, que lhe terá garantido que
os militares "estão a observar com total isenção e naturalidade" o
processo eleitoral.
Há dois anos, um
golpe de Estado militar interrompeu o processo eleitoral, mas desta vez, as
forças armadas "vão acolher quem for eleito e esperam que esta segunda
volta seja ainda mais civilizada que a primeira", disse José Ramos-Horta.
"Não há
receios por parte de seja quem for, todos vão aceitar os resultados",
sublinhou.
José Mário Vaz,
apoiado pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC),
candidato mais votado na primeira volta, e Nuno Nabian, apoiado pelo Partido da
Renovação Social (PRS), principal partido da oposição, são os dois candidatos
nas eleições presidenciais de hoje.
Lusa, em Notícias
ao Minuto
Indjai defende que
país deve voltar "à ordem constitucional"
O chefe das Forças
Armadas da Guiné-Bissau, António Indjai, disse hoje, depois de votar para a
segunda volta das presidenciais, que o país deve retornar à ordem
constitucional.
"Apelo a todos
os guineenses para que vão votar, o país deve regressar à ordem
constitucional", afirmou Indjai, depois de exercer o seu direito de voto
numa assembleia de voto próxima da sua residência particular no bairro de
Plubá, arredores de Bissau.
Acompanhado de
soldados da guarda pessoal, o general, vestido à civil, disse sentir-se
"contente" por ter votado logo nas primeiras horas após a abertura
das assembleias de voto.
Em abril de 2012,
no dia em que se devia iniciar a campanha eleitoral para a segunda volta das
presidenciais, António Indjai liderou um golpe militar, destituindo os poderes
eleitos e o primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior, candidato que tinha sido
mais votado na primeira volta.
Desde então a
Guiné-Bissau tem sido dirigida por um Governo e um presidente de transição.
Cerca de 800 mil
guineenses vão decidir hoje quem deve ser presidente: José Mário Vaz, apoiado
pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), candidato
mais votado na primeira volta, ou Nuno Nabian, que conta com o apoio do Partido
da Renovação Social (PRS), principal partido da oposição.
Lusa, em Notícias
ao Minuto
1 comentário:
Alguém, por mais optimista que seja, consegue acreditar que é com estas eleições que a paz vai reinar na Guiné-Bissau(GB)? Bruxo não sou, muito menos ainda um profeta da desgraça mas com o mínimo de bom senso consigo dizer que cedo ou, não muito mais, tarde a merda vai estoirar no saco podre destas eleições e o regresso à ordem constitucional.
http://mrvadaz.blogspot.pt/2014/05/profeta-da-desgraca.html
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