Svetlana Kalmykova –
Voz da Rússia
É
a falta banal de dinheiro e não uma posição pacifista do novo líder ucraniano
que pode parar as ações militares no sudeste da Ucrânia. Economicamente, a
operação transformou-se num fardo pesado para as autoridades ucranianas,
exigindo diariamente milhões de dólares.
Será
que Piotr Poroshenko se encontra desnorteado ou simplesmente tenta ganhar
tempo? Ou, talvez, já não controla a situação? Os votos do presidente da
Ucrânia recém-empossado de acabar até o fim-de-semana com a violência no leste
do país foram acompanhados de ataques de lançadores múltiplos de foguetes Grad.
Contudo,
o comandante supremo não expressa votos, mas dá ordens que devem ser cumpridas
imediatamente e não durante uma semana.
Entretanto,
como se declara no Ministério da Defesa da Ucrânia, os militares nas regiões de
Donetsk e Lugansk começarão a receber a partir do fim-de-semana coletes à prova
de balas de alta proteção e acréscimos salariais de combate. Essas declarações
são feitas em condições quando o tesouro público está vazio e Kiev vive
esperando novos créditos do Fundo Monetário Internacional e de instituições
internacionais.
Por
sua vez, o chefe do Ministério do Interior da Ucrânia, Arsen Avakov, havia
prometido lançar para o sudeste do país todo o pessoal combativo e os destacamentos
de patrulhamento de seu departamento. Tal testemunha que ninguém pretende
terminar a operação antiterrorista, em que como terroristas se subentendem
milícias voluntárias não subordinadas a Kiev.
Vale
a pena perguntar se o presidente ucraniano está controlando suas forças? Os
últimos acontecimentos evocam uma resposta negativa. A retórica pacifista de
Poroshenko é fútil visando apenas agradar aos seus patrocinadores do Ocidente.
Líderes europeus recomendam que sejam encetadas conversações com a Rússia – por
favor, o Pentágono exige que sejam reforçadas as fronteiras – às suas ordens!
E
se os Estados Unidos prometem doar à Ucrânia adicionalmente 48 milhões de
dólares para estes fins – com grande prazer! Em sua primeira entrevista após
tomar posse como presidente, concedida à revista americana Time, o novo líder
ucraniano declarou estar disposto a receber qualquer ajuda da parte do
Ocidente. Agora está claro quem paga a música na Ucrânia…
Foto:
AP/Andrei Petrov
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