Os
que continuam na zona de conflito alegam motivos pessoais, "medo, ou não
ter para onde ir", diz relatório Representação do Brasil na ANP
Opera
Mundi, São Paulo, 26 julho 2014
Mesmo
com a escalada de violência entre Israel e Hamas, na Faixa de Gaza, iniciada no
começo de junho, 31 brasileiros permanecem em suas casas. De acordo com o
Escritório de Representação do Brasil na Autoridade Nacional Palestina, em
Ramala, na Cisjordânia, os que continuam na zona de conflito alegam motivos
pessoais, familiares, "ou não ter para onde ir e até medo de sair de
casa".
Outros 12 brasileiros que moram no local – sendo 11 de duas famílias, primas entre si, e uma mulher cuja família já estava no Cairo – atravessaram a fronteira para o Egito. Uma freira brasileira foi para Belém, na Cisjordânia, e mais duas mulheres, mãe e filha, serguiram para a Jordânia. Quando o conflito se iniciou, a representação brasileira entrou em contato com os brasileiros na região e, em seguida, com a Organização das Nações Unidas (ONU) e as autoridades dos países para onde os brasileiros pretendiam se deslocar.
Outros 12 brasileiros que moram no local – sendo 11 de duas famílias, primas entre si, e uma mulher cuja família já estava no Cairo – atravessaram a fronteira para o Egito. Uma freira brasileira foi para Belém, na Cisjordânia, e mais duas mulheres, mãe e filha, serguiram para a Jordânia. Quando o conflito se iniciou, a representação brasileira entrou em contato com os brasileiros na região e, em seguida, com a Organização das Nações Unidas (ONU) e as autoridades dos países para onde os brasileiros pretendiam se deslocar.
Entre
os brasileiros, poucos são nascidos no Brasil e os outros herdaram a cidadania
brasileira por serem filhos de brasileiros ou de palestinos que viveram no
Brasil e conquistaram a cidadania depois de um tempo. Com exceção das duas mulheres
que foram para Amã, na Jordânia, os demais brasileiros tiveram de se deslocar
por conta própria até a fronteira. Mãe e filha tiveram auxílio da ONU e foram
transportadas em um comboio com vários estrangeiros. Todos os deslocamentos são
feitos em “janelas de oportunidade” ou “tréguas humanitárias”, como são
chamados os curtos períodos de cessar-fogo.
Vários
relatos, no entanto, indicam que muitos estrangeiros, incluindo brasileiros que
permanecem em Gaza, têm medo de sair de casa até mesmo para deixar a região. O
risco de se tornarem alvos existe. Das mais de 950 mortes registradas até o 19º
dia do conflito, mais de 70% referem-se a civis, segundo a ONU. Escolas e
igrejas, que servem de refúgio, estão lotadas. Com 41 quilômetros (Km) de
cumprimento e de 6 km
a 12 km
de largura, a Faixa de Gaza tem área total de 365 km², quatro vezes menor do
que o município de São Paulo.
Poucos minutos antes de Israel e Hamas darem início às 8h locais (2h de Brasília) de hoje (26) um cessar-fogo humanitário de 12 horas, pelo menos 12 civis morreram e outros 50 ficaram feridos durante um bombardeio israelense contra um edifício residencial ao sul da Faixa de Gaza.
Ainda nesta madrugada, a escalada de violência na Cisjordânia – território palestino situado à leste de Israel – resultou na morte de pelo menos 5 palestinos que protestavam contra o Exército de Tel Aviv e contra a atual operação “Margem Protetora”, em funcionamento desde 8 de julho.
Durante a trégua humanitária, serviços de emergência encontraram na manhã deste hoje ao menos 130 corpos de homens, mulheres e criançasem escombros. Tais
buscas elevaram o número de mortos para 1.030, aponta o Ministério da Saúde de
Gaza, citada pela Efe.
Paralelamente, a Cisjordânia foi palco de diversas manifestações de repúdio às medidas tomadas pelo governo e pelo Exército israelenseem Gaza. Segundo a Al
Jazeera, milhares tomaram as ruas em cidades como Hebron e Belém. Em resposta,
as Forças Armadas de Tel Aviv usaram gás lacrimogêneo e outros mecanismos para
dispersar a multidão.
(*) Com Agência Brasil
Poucos minutos antes de Israel e Hamas darem início às 8h locais (2h de Brasília) de hoje (26) um cessar-fogo humanitário de 12 horas, pelo menos 12 civis morreram e outros 50 ficaram feridos durante um bombardeio israelense contra um edifício residencial ao sul da Faixa de Gaza.
Ainda nesta madrugada, a escalada de violência na Cisjordânia – território palestino situado à leste de Israel – resultou na morte de pelo menos 5 palestinos que protestavam contra o Exército de Tel Aviv e contra a atual operação “Margem Protetora”, em funcionamento desde 8 de julho.
Durante a trégua humanitária, serviços de emergência encontraram na manhã deste hoje ao menos 130 corpos de homens, mulheres e crianças
Paralelamente, a Cisjordânia foi palco de diversas manifestações de repúdio às medidas tomadas pelo governo e pelo Exército israelense
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