Macau,
China, 15 ago (Lusa) - Os bancos de Macau emprestaram em junho 9,17 mil milhões
de patacas (860,1 milhões de euros) em novos empréstimos hipotecários para
habitação, uma subida homóloga de 207,4%.
Dados
oficiais hoje divulgados indicam que em junho os residentes locais contraíram
empréstimos no valor de 6,92 mil milhões de patacas (649 milhões de euros),
mais 140% do que no mesmo mês de 2013.
Os
não residentes pediram aos bancos locais 2,25 mil milhões de patacas (211
milhões de euros), um valor 2000% acima do registado em junho do ano passado.
Segundo
a Autoridade Monetária, os números são explicados pela entrada em vigor do
regime jurídico da promessa de transmissão de edifícios em construção em julho
do ano passado. A nova lei introduziu uma série de limitações à aquisição deste
tipo de imóveis, reduzindo significativamente os pedidos de empréstimo em 2013. A maioria dos
investidores no imobiliário não é residente.
Em
termos globais e com o imobiliário de Macau a não dar sinais de arrefecimento,
os bancos tinham concedido 137,75 mil milhões de patacas (12,9 mil milhões de
euros) - mais 29,5% do que em junho de 2013 - com os residentes locais a
deverem aos bancos 129,44 mil milhões de patacas (12,13 mil milhões de euros),
mais 29,5%, enquanto os não residentes terão ainda de pagar 8,31 mil milhões de
patacas (779,16 milhões de euros), ou mais 28,7%.
O
imobiliário em Macau registou desde 2004 uma forte subida depois da entrada no
mercado dos novos operadores de jogo e constitui neste momento um dos
principais problemas da sociedade, pela dificuldade em comprar casa e pelos
valores elevados do arrendamento porque, sendo um mercado livre, não há um
limite mínimo ou máximo para aumentos das rendas.
ISG
(JCS)// JMR - Lusa
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