Fula
Martins – Jornal de Angola
A
jornalista e deputada à Assembleia Nacional, Luísa Damião, apelou em
Luanda aos jornalistas a respeitarem a ética e a deontologia profissional
durante o exercício da profissão, assim como a continuarem a praticar um bom
jornalismo, no sentido de educar os cidadãos e ajudarem no desenvolvimento do
país.
No
final da palestra sobre “O jornalista e a liberdade de imprensa”, promovida
sexta-feira pela União dos Jornalistas Angolanos (UJA), Luísa Damião afirmou
que a classe jornalística deve exercer com rigor, objectividade e isenção a sua
nobre profissão que é de informar a sociadade.
A deputada Luísa Damião recordou que ser jornalista é uma “grande responsabilidade” que impõe o aprimoramento diário dos seus conhecimentos académicos de forma a compreender melhor os fenómenos políticos, económicos e sociais e informar melhor os cidadãos.
A jornalista considerou pertinente o tema discutido, acrescentando que o mesmo permitiu perceber a vontade dos profissionais. “Tivemos um prelector que deixou algumas lições para os jornalistas. Ficaram também algumas sugestões, como por exemplo, se os jornalistas têm algum conhecimento sobre o direito para não atropelarem efectivamente algumas das normas”, disse.
Luísa Damião felicitou a UJA pela brilhante iniciativa de congregar os jornalistas numa tarde de conhecimento, tendo sublinhado que o conhecimento é um valor ético e cultural que promove o desenvolvimento.
A palestra foi positiva, disse, e encorajou a UJA a prosseguir com esse tipo de acções, no sentido de ajudar na educação, não só do ponto de vista jurídico. “Os jornalistas conseguiram tirar algumas dúvidas que tinham relativamente à liberdade de imprensa e ao exercício da sua profissão.”
Adelino de Almeida acredita que a partir de agora, com maior disponibilidade dos corpos directivos, vai assistir-se à revitalização da UJA, para a criação de programas específicos que intensifiquem o nível de prestação dos jornalistas, elevar o nível de profissionalismo e encarar a possibilidade de gizar programas que possam ajudar e assistir os jornalistas nas suas necessidades.
Relativamente às condições sociais dos jornalistas, Adelino de Almeida disse que podem ser encontradas outras vias que levem a que as necessidades materiais possam ser realizadas.
Adelino de Almeida defendeu que se crie um cofre de previdência para a Comunicação Social, à semelhança do que acontece em alguns sectores, como forma de ajudar nos casos de reforma ou morte do jornalista.
“É preciso que se desenvolvam esforços para que os jornalistas se sintam suficientemente apoiados, quer no exercício da sua profissão, quer quando não estejam capacitados”, disse.
Manuel Vieira, jornalista da Rádio Ecclésia, disse que o tema colocado à discussão foi bastante sugestivo. “Julgamos que os jornalistas saem daqui mais esclarecidos a propósito destes pontos bastante desafiantes para a profissão”, disse.
Vieira afirmou que, mais do que o tema proposto para discussão, o mais importante foi a redinamização da União dos Jornalistas Angolanos, que é a primeira grande organização sócio-profissional em Angola.
“A UJA teve alguns períodos de letargia. Agora vemo-la um tanto ou quanto
dinâmica e essa primeira actividade relança-nos naquilo que é o dinamismo da
profissão e a defesa que a classe merece ao longo dos tempos modernos”, disse
Manuel Vieira, mostrando-se particularmente optimista com o futuro da UJA.
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