Pequim,
23 set (Lusa) -- Um tribunal chinês condenou hoje o intelectual uigure Ilham
Tohti a prisão perpétua, depois de considerá-lo culpado de
"separatismo", confirmou o seu advogado Li Fangping.
Ilham
é o ativista uigur mais conhecido da China e uma das poucas vozes desta
comunidade que criticou abertamente e de forma moderada a política do regime
comunista na região ocidental de Xinjiang, onde vive a maior parte da minoria
uigure e palco de confrontos étnicos, os quais têm aumentado nos anos recentes.
lham
Tohti, antigo professor de Economia numa universidade de Pequim, foi detido em
janeiro depois de ter criticado a resposta do Governo chinês a um ataque
suicida na Praça de Tiananmen, em
Pequim. As autoridades centrais culparam os militantes de
Xinjiang pelo ataque.
Os
Estados Unidos, a União Europeia e diversas organizações de Direitos Humanos
tinham pedido a libertação de Ilham Tohti, um forte crítico das políticas da
China para com os uigures.
No
último ano, Xinjiang tem assistido a um escalar da violência entre a população
local e as forças de segurança, resultando em centenas de mortos.
A
violência, que se estendeu a outras zonas, também resultou em atentados e
episódios violentos que, só este verão, causaram uma centena de vítimas
mortais.
A
situação já levou Pequim a lançar uma campanha de repressão sobre os
separatistas.
FV
(IGS) // DM
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