O
problema no BES tem, como se diz em linguagem popular, estado na ‘berlinda’ nos
últimos dias, semanas e meses. Os tentáculos da gestão de Ricardo Salgado são
tão amplos que parece ainda não se conhecer completamente a profundidade das
questões por baixo do tapete de um dos maiores bancos portugueses. Hoje,
escreve o Expresso, sabe-se que também no caso dos submarinos houve mão do GES.
Descubramos ‘onde’.
A
Comissão de Inquérito Parlamentar relativo à compra de submarinos e outros
equipamentos militares está próxima de chegar ao fim – 8 de outubro. Porém, se
a expetativa inicial era grande relativamente ao que se poderia descobrir,
quando a data de fecho se aproxima, mais parece que serão mais as dúvidas a
nascer do que a certezas que se vão apresentar.
A
8 de outubro, já deverão ser conhecidos os depoimentos de António Guterres e Durão
Barroso, mas entre as 46 pessoas ouvidas e os mais de 400 documentos recebidos,
uma dúvida parece ter ficado, concretamente, no ar. Qual a implicação do Grupo
Espírito Santo (GES) neste processo.
Até
agora sabe-se, escreve o Expresso, que a Escom recebeu 30 milhões de euros da
Ferrostaal para pagar a ‘consultores e advogados’, mas não se sabe quem foram.
Sabe-se também que foi o GES quem ganhou o contrato de financiamento dos
submarinos, mas aqui, também, há aspetos pouco claros.
Neste
âmbito, o BES Investimento apresentou uma proposta com o spread mais baixo
(0,19%), mas depois de ter vencido o concurso, sem qualquer explicação até ao
momento, subiu o valor para 0,25%.Neste ‘caso’, está ainda por satisfazer
também o pedido de documentação sobre o leilão bancário para o financiamento, o
que permitiria perceber o que se terá passado.
Agora,
com o BES em processo de ‘desmembramento’ e ‘encerramento’, certamente será
difícil apurar a totalidade da verdade, conquanto, quando forem apresentadas as
conclusões do inquérito, será de espera que alguma luz possa surgir à tona de
água deste processo sobre a implicação do grupo da família Espírito Santo
nestes processos.
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