Macau,
China, 01 out (Lusa) - O chefe do Executivo de Macau disse hoje que a
"reforma e o desenvolvimento" da China "são forte apoio e fonte
de estímulo" para o desenvolvimento de Macau e vincou que alterações ao
sistema político dependem da aprovação de Pequim.
Ao
intervir na receção por ocasião do Dia Nacional da China, Chui Sai On enalteceu
o desenvolvimento da China, os progressos conquistados pelo país, os seus
benefícios para Macau e sem nunca falar em possíveis futuras alterações às leis
eleitorais deixou, implicitamente, o alerta que quaisquer mudanças terão de
ser, de acordo com a lei, aprovadas por Pequim.
"Com
o imprescindível apoio do Governo Central, o Governo de Macau tem vindo a
cumprir rigorosamente a decisão do Comité Permanente da Assembleia Popular
Nacional relativamente ao desenvolvimento do sistema político" local,
disse.
Chui
Sai On referia-se aos aumentos do número de membros da Comissão Eleitoral que
passaram a eleger o chefe do Governo e do número de deputados da Assembleia
Legislativa eleitos pela população, mas não referiu qualquer possível futura
alteração.
Pequim
já decidiu que em Hong Kong ,
a outra Região Administrativa Especial da China, terá o seu líder eleito pela
população em 2017, mas a decisão é contestada pela população porque as
candidaturas carecem de uma "aprovação prévia" de uma comissão
eleitoral onde, habitualmente, a China tem o voto decisivo.
Para
Macau não, ainda, qualquer previsão de novas alterações nem se, em 2019, quando
for escolhido o novo líder de Governo, a receita de Hong Kong seja também
aplicada em Macau.
Na
sua intervenção, Chui Sai On garantiu que as mais de 120 mil opiniões populares
que lhe fizeram chegar na campanha que culminou com a sua reeleição para a
chefia do Governo - era candidato único - serão utilizadas para traçar as
políticas de 2015 e garantiu que a cidade está empenhada em transformar-se num
centro mundial de turismo e lazer ao mesmo tempo que o Governo está atento ao
desenvolvimento e regulação da indústria do jogo, dominante na economia.
Também
nas prioridades governativas está a plataforma de serviços comerciais entre a
China e os Países de Língua portuguesa.
"Está
a ser estudada e empenhadamente promovida a construção do centro de serviços
comerciais para as pequenas e médias empresas dos países de língua portuguesa,
do centro de distribuição de produtos comerciais dos países de língua
portuguesa e do centro de exposições e convenções de cooperação económica e
comercial entre a China e os países de língua portuguesa", sublinhou.
Chui
Sai On espera que os três centros também contribuam de "forma pragmática e
eficaz para o aumento da qualidade do papel de Macau como plataforma de
ligação, e para o reforço das relações de cooperação entre a China e os países
de língua portuguesa".
JCS
// PJA - Lusa
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